Weg chega ao varejo e amplia projeto de miniusinas solares em condomínios
Abertura dessa relação direta com o cliente pessoa física segue de perto a estratégia adotada por uma de suas principais concorrentes no segmento corporativo, a Siemens
Apesar de ver sua receita proveniente do mercado externo em alta - em 2018, cerca de 60% do faturamento de R$ 12 bilhões vieram de vendas internacionais -, a gigante industrial catarinense Weg também tem se movimentado para crescer no Brasil. Atualmente, desenvolve duas iniciativas para a abertura de áreas no País. A primeira é a aceleração da instalação de miniusinas solares em condomínios residenciais, em parceria com a construtora MRV. A segunda quebra um paradigma da companhia, que sempre forneceu soluções a empresas: a Weg vai lançar sua marca no varejo.
A abertura dessa relação direta com o cliente pessoa física segue de perto a estratégia adotada por uma de suas principais concorrentes no segmento corporativo, a Siemens. A Weg vai estampar sua marca em equipamentos elétricos - como tomadas e interruptores - que estarão disponíveis nas principais lojas de material de construção do Brasil. “A Weg sempre esteve presente na vida das pessoas, com os motores das máquinas de lavar, por exemplo”, diz Manfred Peter Johann, diretor superintendente da Weg Automação. “Agora, será possível (o consumidor final) comprar um produto diretamente da marca.”
Energia própria
Além dessa incursão pelo varejo, a companhia vem abrindo caminho em outra área: a de energia solar, tanto por meio de soluções para grandes usinas quanto organizando o fornecimento de geração solar para condomínios residenciais e empresas. Nessa segunda frente, firmou parceria com a construtora MRV, conhecida principalmente pelos projetos do programa Minha Casa Minha Vida, para a instalação de painéis fotovoltaicos em 55 condomínios, hoje em fase de desenvolvimento.
Enquanto as usinas de grande porte têm os equipamentos e também a operação coordenada diretamente pela Weg, no caso de instalações em edifícios residenciais a empresa produz o maquinário e treina terceirizados para a manutenção do projeto no longo prazo.
As soluções podem variar de R$ 20 mil, no caso da uma residência, a R$ 1 milhão. “No caso dos condomínios, a instalação da geração solar é certamente uma vantagem comercial para a construtora”, afirma Johann.
A parceria comercial não é exclusiva nem da parte da Weg nem do lado da MRV. A construtora mineira afirma que tem hoje 280 empreendimentos selecionados para a instalação de placas fotovoltaicas. Segundo Luís Henrique Capanema, gestor executivo de relações institucionais da companhia, cerca de 80 mil unidades, entre prontas e em construção, já estão incluídas no projeto.
Sustentável. A MRV atua tanto com instalações suficientes para garantir toda a necessidade de consumo dos edifícios quanto com conjuntos de placas que só atendem a energia consumida em áreas comuns - no segundo caso, o mais difundido, a economia na conta de energia prometida gira entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. “A decisão depende do tamanho de espaço do telhado de cada empreendimento”, afirma Capanema. Segundo ele, as instalações, se mostraram viáveis em todo o País, apesar da diferença de incidência solar entre as regiões.
De acordo com a Absolar, associação que representa a geração fotovoltaica no País, a expansão das instalações para um número maior de residências reflete principalmente o preço atual dos equipamentos, cuja queda foi de cerca de 80% nos últimos dez anos. Apesar dos avanços, a energia solar está bem atrás de outras fontes de geração, incluindo outras consideradas “alternativas”: hoje, a fonte eólica representa cerca de 8,7% da matriz energética brasileira, contra 1,2% da fotovoltaica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Lucro da Taurus (TASA4) desaba com “efeito Lula” — mas CEO revela como empresa quer se “blindar” dos ventos contrários em 2024
Salesio Nuhs contou para o Seu Dinheiro as principais apostas da fabricante de armas para este ano — e deu um “spoiler” sobre o que esperar dos dividendos em 2024
Grupo GPS (GGPS3) chega ao “bandejão da firma” com aquisição e adiciona bilhões em receita; ações sobem forte na B3
Com a GRSA, o Grupo GPS amplia a oferta no “cardápio” de serviços que oferece. A empresa vem enfileirando aquisições desde o IPO, em 2021
Conseguiu uma boa grana: Cemig (CMIG4) pode pagar mais dividendos após acordo bilionário com a Vale (VALE3), diz XP
Para a corretora, anúncio de venda da Aliança Energia para a Vale não surpreende, mas valor obtido pode turbinar dividendos da Cemig
Oi (OIBR3) tem prejuízo, queda de receita e Ebitda negativo no 4T23; empresa propõe novo grupamento para deixar de ser “penny stock”
Oi (OIBR3) teve prejuízo líquido de R$ 486 milhões nos últimos três meses de 2023 e fechou o ano com dívida líquida de mais de R$ 23 bilhões
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha
Desse montante, segundo a Cemig, serão abatidos dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação
Klabin (KLBN11) ou Suzano (SUZB3)? Uma delas está barata. Itaú BBA eleva preço-alvo das duas ações e conta qual é a oportunidade do momento
Tanto as units da Klabin como as ações da Suzano operam em alta na bolsa brasileira nesta quarta-feira (27), mas só uma delas é a preferida do banco de investimentos; descubra qual
Finalmente, um oponente à altura da Nvidia? Empresas de tecnologia se unem para combater hegemonia da gigante de IA
A joia da coroa da Nvidia está muito menos exposta: é o sistema plug and play da empresa, chamado CUDA, e é com ele que o setor quer competir
Sete anos após o Joesley Day, irmãos Batista retornam à JBS (JBSS3); ação reage em queda ao resultado do 4T23
A volta de Joesley e Wesley, que foram delatores da Lava Jato, acontece após uma série de vitórias judiciais da JBS e dos empresários
Ficou para depois: Marisa (AMAR3) adia mais uma vez o balanço do 4T23; veja a nova data
Os números da varejista de moda deveriam ser conhecidos hoje, após o fechamento dos negócios na B3, mas a empresa postergou outra vez a divulgação
MRV (MRVE3) vê melhor momento da história para o Minha Casa Minha Vida com novas regras e FGTS Futuro
Maior construtora do programa habitacional, a MRV (MRVE3) se beneficia do momento operacional, mas ação cai com lado financeiro sob pressão, diz CFO
Leia Também
-
Cenário apocalíptico, crise bilionária e centenas de lojas fechadas: o que está acontecendo com os Supermercados Dia?
-
Após prejuízo bilionário, CEO da Casas Bahia está “confiante e animado” para 2024 — mas mercado não compra ideia e ação BHIA3 cai forte na B3
-
Prejuízo bilionário: Por que a Casas Bahia (BHIA3) emplacou sexto trimestre seguido no vermelho — e o que o mercado achou
Mais lidas
-
1
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
2
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha
-
3
A B3 vai abrir na Semana Santa? Confira o funcionamento da bolsa brasileira, dos bancos, Correios e transporte público no feriado