🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

SD Premium

Segredos da bolsa: Tensão política e ata do Fed dão o tom da agenda enxuta, mas relevante

A tensão política em Brasília, a ata do Fed e a guerra comercial dão o tom de uma semana fraca em termos de volume na agenda de indicadores econômicos e balanços corporativos, mas que nem por isso deve ser relegada ao segundo plano

Ricardo Gozzi
16 de agosto de 2020
20:01 - atualizado às 15:55

Nesses tempos de pandemia, o noticiário como um todo lembra muito os jogos do meu Corinthians nos últimos dois anos. Você sabe como começa e tem muito medo de como vai terminar. No mais das vezes dá certo, mas mesmo se ganha, quando se dá conta, você está muito, muito irritado mesmo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A tensão política em Brasília, a ata com os detalhes da última reunião de política monetária do Federal Reserve Bank (o banco central norte-americano) e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China dão o tom de uma semana fraca em termos de volume na agenda de indicadores econômicos e balanços corporativos, mas que nem por isso deve ser relegada ao segundo plano.

O Ibovespa vem de uma semana pra lá de agitada. O principal índice do mercado brasileiro de ações interrompeu na sexta-feira uma sequência de três pregões seguidos em baixa. Mas a recuperação foi insuficiente para evitar uma queda de 1,38% no acumulado da semana.

Já o dólar, depois de intensa volatilidade no decorrer das últimas sessões, subiu 0,23% no acumulado da semana, chegando ao fim da tarde de sexta-feira cotado a R$ 5,4268.

Na prática, enquanto o cenário internacional puxou o dólar para baixo, as tensões locais pressionaram o real, descolando a moeda brasileira das movimentações observadas no restante do mercado de câmbio. E para a próxima semana há poucos indícios de mudança dos focos de pressão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Alívio imediato – e ilusório

Depois de um aparente – e breve, e ilusório – arrefecimento, a tensão política em Brasília e a questão fiscal seguem mais vivas do que nunca no radar dos investidores. O ministro da Economia, Paulo Guedes, armou um furdúncio na semana passada ao acusar a ocorrência de uma “debandada” em sua equipe.

Leia Também

A ideia era puxar a brasa para sua sardinha e fazer com que o presidente Jair Bolsonaro apoiasse com mais vigor e clareza sua agenda ultraliberal. Se era um plano, deu mais errado do que certo. A começar pelo fato de o ministro ter perdido a companhia, dentro do governo, de defensores ardorosos de sua agenda.

Para ajudar #sqn, o Palácio do Planalto vem emitindo sinais pra lá de contraditórios. Uma hora, Bolsonaro diz que vai manter o teto de gastos e a disciplina fiscal. Na hora seguinte, dá sinais de que manterá os cofres escancarados. E no intervalo entre uma hora outra, apela ao “patriotismo” dos investidores. Tá bem, tá bem... Eu conto ou você conta?

É aqui que entra a mudança no comando do Banco do Brasil

Os papéis do Banco do Brasil começam a semana em destaque com a confirmação da indicação de André Brandão para assumir o cargo de presidente da instituição financeira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Brandão substituirá Rubem Novaes, considerado uma das baixas sentidas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao denunciar a “debandada” de seus aliados na implementação de uma agenda ultraliberal no Brasil.

Ele entrou no Grupo HSBC desde 1999. No início da década de 2000, Brandão assumiu a diretoria de tesouraria. Posteriormente, chegou a diretor-executivo de tesouraria e antes de assumir o comando da unidade brasileira do banco, vendida para o Bradesco em 2016.

A nomeação de Brandão já era esperada por grande parte dos agentes do mercado financeiro. Ainda assim, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

A comunicação formal foi encaminhada pelo Ministério da Economia na sexta-feira. Cabe agora ao BB dar sequência aos procedimentos de governança necessários à confirmação da elegibilidade do executivo para o cargo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

EUA x China: a não-notícia do fim de semana

O representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, deveriam ter protagonizado uma teleconferência no sábado para revisar a implementação do primeiro estágio do precário pacto comercial alcançado entre Washington e Pequim no início do ano.

O sábado marcou o aniversário de seis meses do acordo e a reunião estava prevista havia um bom tempo pra dar aquela repassada básica no que andou ou deixou de andar. Mas no fim não rolou foi coisa nenhuma.

E nem foi por causa do distanciamento social, já que Liu e Lighthizer conversariam via teleconferência, dispensando a necessidade de uma longa e dispendiosa - e agora também arriscada - viagem.

Dizem que o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, também participaria do não-encontro virtual. Mas parece que anda meio complicado arrumar uma sala de reuniões em Washington pra conversar pela internet.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fontes citadas pela agência Reuters disseram que o lado norte-americano adiou a reunião em cima da hora por “conflitos de agenda”. Fontes chinesas asseguraram não haver nenhum problema com o acordo.

O fato – ou não-fato – é que nenhuma nova data para a reunião foi divulgada até o momento.

E enquanto o primeiro estágio do acordo entre EUA e China segue na prateleira, os investidores podem aproveitar para revisar suas apostas em qual será, quando surgirá ou quem protagonizará o próximo acirramento da guerra comercial de Donald Trump contra os chineses.

Uma agenda enxuta, mas nem por isso desimportante

Passado o grosso do calendário de resultados trimestrais das grandes empresas listadas em bolsa, fica a impressão de que a agenda ficou pequena. Mas é melhor não nos iludirmos. A ausência de volume nas agendas de indicadores é compensada pela relevância de alguns dos dados a serem divulgados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A semana nos mercados financeiros internacionais começa com os dados do PIB do Japão no segundo semestre, ainda na noite de domingo. Com isso, os mercados financeiros já começarão reagindo – para o bem ou para o mal – aos novos sinais do andamento da economia japonesa sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 800 mil pessoas em todo o mundo.

Ata do Fed é a cereja do bolo

A ata da reunião de política monetária do Fed realizada no fim de julho é a grande atração da semana entre os eventos internacionais.

No encontro realizado nos dias 28 e 29 de julho, o Fed manteve intacta a taxa de juros e sinalizou a continuidade dessa política por um período prolongado.

A expectativa é de que a ata traga informações um pouco mais detalhadas sobre como as autoridades estão interpretando o impacto da pandemia de covid-19 sobre a economia norte-americana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas também buscam sinais de comentários sobre a possibilidade de a inflação ganhar força no curto prazo por causa das medidas de auxílio financeiro do governo.

A divulgação da ata, como de costume, ocorrerá às 15h (hora de Brasília) da quarta-feira.

No mesmo dia serão conhecidos os índices de preços ao consumidor no Reino Unido e na zona do euro em julho.

Também destacam-se os números semanais de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, previstos para a manhã de quinta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto isso, a Markit divulga entre a noite de quinta e a manhã de sexta-feira os índices dos gerentes de compra da Alemanha, dos Estados Unidos, do Reino Unido, do Japão e da zona do euro referentes a agosto.

No Brasil, onde ocorreram mais de 100 mil das quais quase 800 mil mortes por covid-19 confirmadas em todo o mundo até agora, a agenda de indicadores perde um pouco de vigor em relação às semanas anteriores, mas ainda assim traz novidades sobre a balança comercial, o fluxo cambial e outros sinais sobre a recuperação econômica em tempos de pandemia.

Veja quais são os indicadores que devem agitar a semana no Brasil

Segunda-feira: a semana começa com o boletim Focus e a atualização semanal dos dados da balança comercial;

Terça-feira: a Fipe divulga o IPC referente à segunda quadrissemana de agosto enquanto a FGV publica seu monitor do PIB e a segunda prévia do IGP-M;

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quarta-feira: o Banco Central divulga os números semanais de fluxo cambial;

Quinta-feira: o Tesouro realiza leilão tradicional de LTN e NTN-F enquanto a CNI divulga sua sondagem industrial referente a julho;

Sexta-feira: a FGV divulga os números de expectativa de inflação ao consumidor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar