Morgan Stanley rebaixa recomendação para o mercado de ações no mundo
Banco avalia que mercado subestima o impacto do ambiente de baixo crescimento apostando nos cortes de juros do Fed e Banco Central Europeu
Os analistas Morgan Stanley apresentaram, em relatório, algumas das razões que levaram o banco a rebaixar sua recomendação para o mercado de ações mundiais de “na média do mercado” para “abaixo da média” ou “underweight”.
Indo direto ao ponto, o banco está recomendando cautela a seus clientes, dizendo que no ambiente atual, a posição no mercado de ações não é a melhor opção disponível. Antes de apresentar as razões da instituição, adiantamos que recomendação é se manter líquido (cash). No mercado de dívida, a preferência é para os papéis emergentes.
A principal razão para rebaixar a recomendação em ações é simples: os retornos esperados são baixos. Para os próximos 12 meses, o potencial de alta esperado para os preços alvos dos índices S&P 500, MSCI 500, MSCI Europa, MSCI Emergentes e Topix (Japão) é de apenas 1%. Mesmo fazendo outro exercício de estimação de resultados, que considera as particularidades de cada mercado, o potencial de alta não é nada brilhante, coisa de 3%.
Retorno baixo mesmo com juros menores?
Mesmo projetando cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano, e Banco Central Europeu (BCE) os retornos esperados para o mercado de ações são baixos por um motivo histórico.
Segundo o banco, nos últimos 30 anos quando se contrasta menores taxas de juros com um ambiente de menor crescimento é a variável crescimento que acaba determinando o resultado do mercado. “Corte de juro funciona melhor quando acompanhado de dados econômicos melhores”, diz a instituição.
Por que mudar agora?
A mudança de recomendação feita neste domingo tem duas razões. A temporada de balanços do segundo trimestre e a sazonal redução de liquidez que se observa nos mercados durante o período de verão no hemisfério norte.
Leia Também
No lado dos balanços, o Morgan Stanley avalia que o mercado está subestimando o risco de revisões para baixo nas projeções de resultado de 2019. As razões para isso passam pela demora na solução da guerra comercial entre EUA e China e pela contínua queda nos índices de atividade globais (PMIs).
Além disso, um indicador interno sobre como os analistas do banco avaliam os diferentes setores econômicos acompanhados teve a maior retração já registrada no mês de junho. “Acreditamos isso sinaliza riscos para o mercado de ações.”
No lado da liquidez, o banco traz um dado histórico interessante. O período de 90 dias 13 de julho e 12 outubro tem sido o pior em termos de retorno para o mercado de ações desde 1990. Para o banco, isso pode ser explicado pela queda de liquidez e menor apetite ao risco depois da divulgação de resultados do segundo trimestre.
O banco pondera que pode estar errado de diversas maneiras, mas o maior risco avaliado pela equipe é de que os dados de crescimento apresentem melhora, mas ainda assim os BCs continuem cortando juros. Tal cenário deve levar a uma elevação nos juros futuros, maiores expectativas de inflação e aumento no preço das commodities. É nisso que os analistas da instituição ficarão de olho para fazer as próximas recomendações.
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
