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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Análise

Copom: Esqueçam cortes na Selic. Taxa fica em 6,5% ao ano

Em sua primeira reunião, Roberto Campos Neto passa uma mensagem clara de que a avaliação sobre a economia brasileira, depois de choques recentes, demandará tempo e não será concluída no curto prazo

Eduardo Campos
Eduardo Campos
20 de março de 2019
19:20
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central no governo Bolsonaro
Com a proximidade da decisão do Copom, ibovespa recua e opera no vermelho hoje - Imagem: Marcos Corrêa/PR

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comandou sua primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e chegou transmitindo uma mensagem clara: a Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano, vai ficar estacionada onde está por bom tempo. Mesmo com a economia em ritmo aquém do esperado, um balanço de risco simétrico e projeções e expectativas ancoradas ao redor das metas.

O comunicado da decisão desta quarta-feira joga um balde de água fria em parte do mercado que acreditava em redução da Selic ainda em 2019, a depender da agenda de reformas, e também deve acentuar as discussões de parte do mercado e da academia de que haveria sim espaço para redução, mesmo sem reforma da Previdência.

Se a Selic não cai, também não sobe, o que não deixa de ser boa notícia para os ativos de risco, como bolsa de valores e Fundos Imobiliários.

Esse inconteste aceno de estabilidade está no seguinte parágrafo:

“O Comitê julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, com menor grau de incerteza e livre dos efeitos dos diversos choques a que foi submetida no ano passado. O Copom considera que esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo.”

A ata pode trazer melhores avaliações, mas esse tipo de mensagem reforça a indicação já dada que de que a retomada da atividade depende da redução do nível de incerteza e que a política monetária já está suficientemente estimulativa. Entre os choques, podemos citar greve dos caminhoneiros, eleições e período de instabilidade que assolou economias emergentes.

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Pode ser que a estratégia do BC seja esperar para não ter de subir a Selic justamente quando a economia engrenar um ritmo mais forte de crescimento após a possível aprovação da reforma da Previdência e outros ajustes.

Antes de apresentar essa conclusão de que nada acontece no curto prazo, o Copom reconhece que a atividade apresenta ritmo “aquém do esperado”, mas que a economia “segue em processo de recuperação gradual”.

Também há uma mudança com relação ao balanço de risco para a inflação, que está simétrico, ou seja, os riscos de alta e de baixa estão equilibrados. Por um lado, a atividade fraca pode manter o IPCA abaixo da meta. De outro lado, uma frustração com as reformas pode colocar os preços para cima, risco que se intensifica em caso de piora externa.

No lado as projeções, no cenário com Selic em 6,5% e câmbio constante de R$ 3,85, a inflação fecha o ano em torno de 4,1% (contra 3,9% da reunião anterior) e fica em 4% para 2020. As metas são de 4,25% para este ano e de 4% para o próximo.

O comunicado também reitera mensagem que vinha sendo dada por Ilan Goldfajn e que já tinha sido repetida por Campos Neto e suas últimas falas públicas:

“O Copom avalia que cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis, têm sido úteis na perseguição de seu objetivo precípuo de manter a trajetória da inflação em direção às metas.”

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