Dólar rouba a cena em dia de feriado nos EUA
Moeda norte-americana renova máxima histórica pela terceira vez seguida, mas feriado de Ação de Graças nos EUA reduz ímpeto do mercado financeiro

Não será por falta de notícias que o mercado financeiro terá uma sessão arrastada nesta quinta-feira, feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o que mantém as bolsas de Nova York fechadas. A convocação do Banco Central para mais um leilão de venda de dólares e o apoio de Trump aos protestos em Hong Kong podem agitar os negócios hoje.
Ainda assim, a ausência da principal referência aos negócios pode distorcer a movimentação dos ativos globais, em meio a um volume financeiro mais fraco, com os investidores evitando maior exposição ao risco. E pode esperar o mesmo para amanhã, quando Wall Street fecha mais cedo.
Isso significa que o dólar tende a orbitar ao redor da faixa de R$ 4,25, podendo buscar novas marcas, após encerrar as três sessões desta semana renovando as máximas históricas frente ao real. A moeda norte-americana volta a roubar a cena hoje, após o BC anunciar para hoje cedo (9h30) a oferta de até US$ 1 bilhão das reservas internacionais.
O desempenho do dólar vem encurtando o fôlego de alta da Bolsa brasileira em direção a topos inéditos, ao mesmo tempo em que os juros futuros engordam os prêmios, diante dos sinais de pressão inflacionária. O receio de repasse (pass-through) na inflação e a alta de preços das carnes por causa da demanda chinesa esquenta o debate sobre a Selic.
Muitos defendem o fim do ciclo de cortes em dezembro, mas há quem diga que há espaço para ajustes adicionais, de menor magnitude, no início de 2020. Já o Ibovespa pode ser influenciado pelas ações de bancos hoje, após o BC limitar o juro do cheque especial a 8% ao mês, a partir de janeiro. Com isso, o juro anual será de 150% ao ano, no máximo.
Tensão no exterior
Ou seja, os mercados domésticos podem ter uma sessão agitada por fatores locais, apesar da pausa nos negócios em Wall Street. Lá fora, os ativos também têm um dia movimentado, após o presidente norte-americano, Donald Trump, assinar lei em apoio aos manifestantes em Hong Kong, provocando a ira de Pequim.
Leia Também
A China manteve a ameaça de retaliação e a interferência de Washington em questões internas pode prejudicar a assinatura de um acordo comercial com os EUA, que parecia estar a caminho. Os investidores resolveram adotar uma postura mais defensiva, esperando para ver o que vai acontecer com a relação entre as duas maiores economias do mundo.
Em reação, as bolsas da Ásia fecharam em queda, com as perdas lideradas por Xangai (-0,5%), ao passo que Hong Kong e Tóquio tiveram perdas moderadas, de -0,1%, cada. As praças europeias também apontam para uma sessão negativa, diante dos riscos de uma piora na relação sino-americana. Já o petróleo recua, apesar da perda de tração do dólar.
A principal dúvida é se as conversas entre EUA e China serão capazes de impedir uma nova rodada de tarifas norte-americanas contra produtos chineses, programada para entrar em vigor em 15 de dezembro, atingindo em cheio vários itens das compras de fim de ano. A esperança é de que Trump adie as sobretaxas, dando mais tempo para as negociações.
Agenda sem graça
A agenda econômica desta quinta-feira está mais fraca, no Brasil e no exterior. Por aqui, merecem atenção os resultados de novembro do IGP-M e da confiança da indústria, ambos às 8h. Antes, lá fora, sai o índice de sentimento econômico do consumidor na zona do euro (7h). Depois, à noite, saem dados sobre a atividade industrial e o desemprego no Japão.
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda