🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Semana começa com ruídos políticos

Discussões sobre reforma da Previdência e decisão de juros pelo Copom e Fed são os destaques da semana, encurtada por feriado na quinta-feira

Olivia Bulla
Olivia Bulla
17 de junho de 2019
5:39 - atualizado às 6:09
Pedido de demissão de Joaquim Levy, do BNDES, e troca de farpas entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia agitam Brasília

A semana encurtada por um feriado nacional na quinta-feira divide as atenções dos investidores entre os eventos políticos em Brasília, em meio às discussões no Congresso sobre a reforma da Previdência, e o calendário econômico, que traz como destaque decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, na quarta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas o dia começa com o mercado doméstico avaliando novos ruídos políticos no governo Bolsonaro. O pedido de demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES agitou o fim de semana, que já começou mais tenso após a troca de farpas entre o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao final da última sexta-feira.

Guedes se queixou publicamente da proposta apresentada pelo relator, Samuel Moreira, na comissão especial, com várias mudanças nas novas regras para aposentadoria em relação ao texto original. Maia retrucou, dizendo que o projeto substitutivo faz parte de um processo democrático, ainda mais quando a articulação do Executivo com o Legislativo é fraca.

A fala de Guedes incomodou o mercado doméstico. Afinal, se o ministro se mostrou insatisfeito com o teor do relatório da reforma da Previdência, não há muito o que comemorar. Os debates na comissão nesta semana tendem a deixar os investidores na defensiva, em meio aos riscos de diluição e da eficácia fiscal da proposta (leia mais abaixo).

Fogo amigo

O problema é que o desgaste político também tem se dado dentro do governo. Dias após a queda do então secretário de governo, o general Santos Cruz, as desavenças por falta de alinhamento ideológico deixaram mais uma vítima. Levy pediu para sair, após o presidente Jair Bolsonaro estar “por aqui” com ele, colocando a “cabeça [do economista] a prêmio”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trata-se da primeira baixa dentro da equipe econômica que, até então, vinha sendo blindado dos desgastes políticos, em meio ao alinhamento dos escolhidos por Guedes com a agenda liberal. O estopim da crise foi a indicação de Marcos Barbosa Pinto, ex-assessor do BNDES no governo PT, para a diretoria de mercado de capitais do banco.

Leia Também

Entre os cotados para substituir Levy, estão alguns secretários de Guedes, como Salim Matar. Ou pode ser alguém da iniciativa privada. Mas os investidores terão de aprender a lidar com um governo instável e imprevisível, principalmente do ponto de vista ideológico, o que pode lançar dúvidas sobre o processo de mudanças estruturais e econômicas no país.

Na semana passada, deixaram o governo, os presidentes dos Correios, Juarez Aparecido de Paulo Cunha; e da Funai, Franklimberg Ribeiro de Freitas, além de Santos Cruz e Levy. Desde o início do mandato, também já saíram do governo os ex-ministros Ricardo Vélez (Educação) e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), além de diretores da Apex e do Inep.

Próximos passos

E a política rouba a cena não apenas com mais uma crise desnecessária. Após a leitura do parecer da reforma da Previdência, na quinta-feira passada, a discussão sobre a proposta na comissão especial começa amanhã, elevando a expectativa dos investidores pelo andamento da proposta antes do recesso parlamentar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Todos os 513 deputados podem se inscrever para falar nessa fase. Ao todo, devem ser feitas três sessões até a semana que vem, na tentativa de votar o texto ainda em junho, por volta do dia 25.
Contudo, o fator calendário parece ser o principal risco à votação da matéria na Câmara antes do recesso parlamentar, já que o fim do mês é marcado pelas tradicionais festas juninas. Além disso, mais ajustes podem ocorrer no projeto, mexendo com o humor do mercado doméstico, a depender dos impactos de possíveis mudanças no conteúdo.

Ainda assim, a proposta de novas regras para aposentadoria está caminhando com perspectiva de aprovação, mesmo sem uma base aliada sólida do governo no Congresso. O Legislativo segue com o intuito de angariar os louros pela aprovação da agenda de reformas, mostrando que tem responsabilidade em ajudar o país.

Exterior à espera do G-20

Enquanto o cenário político tende a continuar ditando o rumo dos ativos locais, o mercado internacional não deve ajudar muito a definir uma direção, já que lá fora os investidores estão em compasso de espera pela reunião do G-20, no Japão. Mais que isso, a expectativa é pelo encontro dos líderes Donald Trump e Xi Jinping sobre a guerra comercial.

Porém, o evento só acontece no fim deste mês, o que deixa os mercados na expectativa por outro grande evento, envolvendo o Federal Reserve (leia mais abaixo). Com isso, os investidores adotam a postura de esperar para ver como ficam a taxa de juros norte-americana e a disputa tarifária entre EUA e China.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão em alta. Hong Kong subiu 0,5%, apesar de um novo protesto na ilha contra a lei de extradição chinesa. Os manifestantes exigem, agora, a renúncia da chefe de governo local, Carrie Lam. Xangai e Tóquio tiveram leve avanço.

Em Nova York, os índices futuros das bolsas de Nova York também exibem ganhos moderados, o que deixa a abertura do pregão europeu à deriva. Os investidores mostram cautela, receosos com uma eventual decepção por parte do Fed, que pode se esquivar de indicar um primeiro corte em breve.

Nos demais mercados, o petróleo tem poucas oscilações, após a Arábia Saudita expressar esperança de que o cartel de países exportadores (Opep) concordem em estender os cortes de produção da commodity para o segundo semestre. O dólar e os títulos norte-americanos também estão praticamente estáveis, à espera do Fed.

Decisão de BCs em destaque

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Fed que começam amanhã e terminam, ambas, na quarta-feira é o grande destaque da agenda econômica desta semana. Nos dois casos, espera-se pela manutenção dos juros, mas também é grande a expectativa por sinais firmes de cortes à frente, já em julho.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na última sexta-feira, o mercado doméstico aumentou a pressão e deu um recado claro ao BC, de que não aceitará um comunicado sem alterações mais suaves (“dovish”), indicando que o ciclo de alívio monetário está próximo. Aliás, para o mercado, o processo poderia começar já nesta semana, mas sabe-se que, primeiro, é preciso ajustar a comunicação.

Da mesma forma, a estimativa é de que o Fed sinalize que a flexibilização monetária está chegando, já na virada do primeiro para o segundo semestre. Para o mercado financeiro, trata-se de uma questão praticamente certa, mas há dúvidas de que o BC dos EUA esteja mesmo pronto para reduzir os juros pela primeira vez em mais de uma década.

Afinal, a inflação norte-americana segue muito comportada e o mercado de trabalho nos EUA continua robusto. O Fed, é bom lembrar, tem de cumprir um duplo mandato, sendo que o crescimento econômico não está entre os objetivos perseguidos. Tudo vai depender, então, das projeções contidas no gráfico de pontos, o chamado dot plot.

O mesmo pode-se dizer em relação ao Copom, que tem mandato único, ligado ao controle de preços. Apesar das recentes leituras fracas sobre a inflação e a atividade econômica, as expectativas para os preços neste ano e nos próximos seguem próximas às metas, dando ainda pouca margem para o BC enviar sinais de possíveis afrouxamentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aliás, merece atenção já nesta segunda-feira o relatório de mercado Focus (8h25), que deve trazer novas revisões, para baixo, nas estimativas para a taxa básica de juros (Selic) e o crescimento econômico (PIB) neste ano - pela décima sexta vez seguida - e nos próximos. Já as previsões para o IPCA tende a oscilar, sem grandes alterações.

Ao longo da semana, a agenda econômica está bem fraca, sendo que o feriado na quinta-feira (Corpus Christi) pode adiar para a próxima semana a divulgação dos dados de maio sobre a arrecadação federal e sobre a geração de emprego formal. No exterior, o calendário está igualmente esvaziado.

Além do Fed, destaque também para as reuniões de política monetária dos BCs inglês (BoE) e japonês (BoJ), na quinta-feira. Já na região da moeda única, sai a leitura final da inflação ao consumidor (CPI), amanhã. Na sexta-feira, é a vez de dados de atividade no bloco comum e nos EUA, que traz também dados do setor imobiliário, ao longo da semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MARKET MAKERS

Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia

3 de agosto de 2022 - 15:47

Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset

SÓ O AMOR…

Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers

3 de agosto de 2022 - 14:35

A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes

DESVIANDO DO FOGO

Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)

3 de agosto de 2022 - 11:36

Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden

CRIPTO-GUERRA

Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda

2 de agosto de 2022 - 15:48

Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros

EXCLUSIVO

Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado

2 de agosto de 2022 - 11:41

Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil

PONTES DESTRUTÍVEIS

Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?

2 de agosto de 2022 - 11:39

Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras

29 de julho de 2022 - 8:03

Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil

ESQUENTA DOS MERCADOS

Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva

22 de julho de 2022 - 7:24

Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar

Esquenta dos mercados

Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale

21 de julho de 2022 - 7:21

Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos

15 de julho de 2022 - 7:06

Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk

20 de maio de 2022 - 8:11

Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia

DESTAQUE NEGATIVO DO DIA

Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%

17 de maio de 2022 - 13:29

Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida

SEU DIA EM CRIPTO

Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas

17 de maio de 2022 - 11:49

Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo

SEU DIA EM CRIPTO

Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda

16 de maio de 2022 - 11:16

Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo

SEU DIA EM CRIPTO

Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito

15 de maio de 2022 - 10:20

Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias

MERCADOS HOJE

Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados

21 de abril de 2022 - 11:54

Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA

BITCOIN (BTC) HOJE

Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda

1 de fevereiro de 2022 - 11:58

Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores

BITCOIN (BTC) HOJE

Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico

31 de janeiro de 2022 - 11:46

A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica

semana em cripto

Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana

28 de janeiro de 2022 - 9:56

Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques

BITCOIN (BTC) HOJE

Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda

27 de janeiro de 2022 - 13:28

O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar