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Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercado recebe ata do Copom, atento ao exterior

Ata do Copom, hoje, relatório trimestral de inflação e IPCA, no fim da semana, devem calibrar apostas sobre Selic e influenciar dólar e Ibovespa

Olivia Bulla
Olivia Bulla
17 de dezembro de 2019
5:28 - atualizado às 7:46
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Enquanto isso, no exterior, ativos tentam ampliar rali após fase um do acordo comercial

O dia começa cedo para o mercado financeiro doméstico. Antes mesmo da abertura do pregão, os investidores recebem, às 8 horas, a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), quando o Banco Central ousou, mais uma vez, ao não fechar a porta para novos cortes na Selic em 2020. 

No documento, os investidores devem buscar pistas que confirmem a possibilidade de um corte residual, de 0,25 ponto porcentual (pp), em fevereiro. Porém, a ata pode falhar em trazer novidades em relação à mensagem deixada no comunicado que acompanhou a decisão de renovar a taxa básica de juros, para 4,50%, prolongando o suspense. 

Novos ajustes podem acontecer na quinta-feira, quando o BC volta à cena para publicar o relatório de inflação referente ao quarto trimestre deste ano. O chamado RTI deve trazer previsões de inflação baixa e perspectivas mais positivas para o crescimento econômico. Mas também é improvável que o documento traga qualquer informação mais relevante.

Com isso, os ajustes finais em relação às expectativas sobre o rumo da Selic no ano que vem podem ser adiados para sexta-feira, quando sai a prévia de dezembro da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15). Ontem, o primeiro IGP do mês, o IGP-10 veio mais “salgado”, contaminado pela alta nos preços das carnes bovinas. 

Ou seja, de hoje até o fim desta semana, a agenda econômica deve ditar o rumo dos ativos locais, com as apostas sobre a Selic influenciando também o comportamento do dólar e do Ibovespa. Aliás, ontem, a moeda norte-americana encostou-se à faixa de R$ 4,05, diante da perspectiva de pausa no ciclo de cortes, com o juro básico baixo por um longo período. 

Já a Bolsa brasileira não teve forças para cravar o 35º recorde histórico de pontuação do ano - o terceiro consecutivo - e acabou fechando em queda, distante da máxima dos 113 mil alcançada durante a sessão. Sem motivo aparente para a realização de lucros nas duas horas finais de negócios, o movimento ocorreu às vésperas do vencimento de índice futuro.

Exterior tenta ampliar rali

O rali dos mercados domésticos será testado hoje, com o sinal positivo tentando prevalecer nos mercados internacionais nesta manhã. Os investidores ainda ensaiam uma comemoração do acordo comercial entre Estados Unidos e China, anunciada ao final da semana passada, mas há dúvidas sobre a concretização dessa primeira etapa.

Na Ásia, as principais bolsas pegaram carona na alta recorde em Wall Street na véspera e subirem firme. Os ganhos foram liderados pela bolsa de Xangai (+1,3%), que foi acompanhada de perto pela praça financeira em Hong Kong (+1,1%), ao passo que Tóquio subiu 0,5%. Ainda na região, no Pacífico, a Bolsa de Sydney ficou de lado.    

O mercado financeiro recebeu um grande impulso ao final da semana passada, depois que EUA e China chegaram ao tão esperado acordo. O pacto comercial removeu parte da incerteza, mesmo que sem uma assinatura formal do termo ou escassez de detalhes sobre o conteúdo dessa primeira fase. Também não há nada sobre os planos para uma fase dois.

O importante é que houve uma aceleração nas negociações, esfriando a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. Esse sentimento tenta sustentar os índices futuros das bolsas de Nova York no azul nesta manhã, mas há sinais de fôlego curto para ampliar o rali, testando também a abertura do pregão na Europa, que já está no vermelho.

Há a suspeita sobre se o acordo comercial, de fato, se sustenta. Parece que Washington e Pequim adiaram as discussões sobre temas mais delicados e aceleraram as negociações, tendo em vista o prazo final de 15 de dezembro para uma nova rodada de taxações, e o andamento do processo de impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump.

Aliás, a Câmara dos EUA, de maioria democrata, deve aprovar ainda nesta semana o pedido de impeachment de Trump. Mas isso não significa que ele será afastado da presidência. A decisão final depende da votação no Senado, de maioria republicana. Para perder o mandato, dois terços dos senadores devem votar a favor do impeachment. 

Nos demais mercados, a libra esterlina devolve parte dos ganhos recentes, diante das investidas do primeiro-ministro britânico, Boris Jonhson, de impedir qualquer tentativa de atraso para o Brexit. O dólar australiano também cai firme. Entre as commodities, o petróleo ensaia alta, diante da possibilidade de o crescimento global voltar a surgir em 2020, mesmo que não seja imediato.    

Indústria dos EUA em destaque

Com a ata da reunião de dezembro do Copom sendo a única publicação prevista na agenda econômica doméstica desta terça-feira, as atenções se voltam para o calendário de indicadores no exterior, que traz como destaque os dados da produção industrial nos EUA em novembro. Os números serão conhecidos às 11h15 e a previsão é de alta de 1%. 

Antes, às 10h30, saem os dados sobre a construção de moradias nos EUA no mês passado e, depois, às 12h, é a vez do relatório Jolts sobre o número de vagas de emprego disponíveis no país em outubro. No eixo Ásia-Europa, saem os dados da balança comercial na zona do euro em outubro, pela manhã, e no Japão em novembro, no fim do dia. 

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