🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

A visão dos gestores

A bolsa vai subir? Saiba como cinco fundos multimercados estão posicionados em ações

A ameaça de um acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China assustou, mas não mudou a visão positiva de algumas das principais gestoras de fundos multimercados para o desempenho da bolsa brasileira

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
12 de setembro de 2019
5:59 - atualizado às 9:41
Imagem mostra jogo de xadrez com simulações de gráficos
Imagem: Shutterstock

A bolsa vai subir? Quem é (bem) pago para investir bilhões de reais em recursos de clientes diz que sim. A ameaça de um acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China assustou no mês passado, mas as principais gestoras de fundos multimercados seguem otimistas (e compradas) em ações brasileiras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os multimercados – que como diz o nome investem em diferentes classes de ativos – podem aumentar, diminuir ou até mesmo apostar contra a bolsa. Mas das cinco gestoras que eu selecionei para esta reportagem – Adam, Kinea, Legacy, SPX e Verde – nenhuma mantinha posições líquidas vendidas em ações no mercado local no fim do mês passado.

É sempre bom lembrar que os gestores não são meros “palpiteiros”. Nenhum deles vai muito longe se as expectativas traçadas para o mercado não se traduzirem em retorno para os cotistas. Os fundos multimercados, em particular, são ainda mais cobrados porque podem, em tese, ganhar em qualquer cenário.

O mês de agosto foi daqueles típicos em que a convicção dos gestores foi testada. O Ibovespa fechou em queda de 0,67% e o dólar se valorizou mais de 10%. Já o CDI – indicador de referência para o desempenho da maioria dos fundos – ficou em 0,50% em agosto e acumula uma alta de 4,16% no ano.

Em suas cartas mensais, as gestoras destacaram o que sabemos: os mercados no Brasil foram contaminados pela piora no cenário externo ao longo do mês passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além do acirramento da guerra comercial, a surpresa com a vitória da oposição nas primárias das eleições argentinas acabou respingando por aqui. Mas isso não significa que o fim do ciclo de alta das ações no Brasil esteja no fim. Ao contrário, os fundos mantiveram e alguns até aumentaram a exposição à bolsa.

Leia Também

Aliás, a surpresa positiva em agosto veio justamente da economia brasileira, com a divulgação da alta de 0,4% do PIB no segundo trimestre. O resultado veio acima das expectativas do mercado mas em linha com o que algumas gestoras esperavam.

Saiba a seguir como os gestores de fundos multimercados se comportaram em agosto e as principais posições para este mês:

Verde aumenta posição em ações

O lendário fundo de Luis Stuhlberger, teve um mês difícil em agosto, com um retorno de apenas 0,18%, mas continua batendo de longe o CDI no ano, com uma alta de 8,79%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com um total de R$ 42 bilhões sob gestão, a gestora aproveitou a queda da bolsa para aumentar as posições em ações brasileiras em seu fundo clássico, que acumula uma rentabilidade que supera os 17.000% desde o início, em 1997, contra pouco mais de 2.000% do CDI no mesmo período.

“Temos visto mais oportunidades de aumentar do que diminuir o risco dos portfólios, mas a complexidade do ambiente nos mantém permanentemente de sobreaviso”, escreveram os gestores.

Além da bolsa, o Verde aumentou a aposta de queda de dólar ao longo do mês passado e manteve a posição aplicada em juro real.

Legacy vendido em bolsa (americana)

Quem também segue otimista com o cenário local é a Legacy. A gestora fundada no ano passado por ex-profissionais da tesouraria do Santander caiu rapidamente no gosto dos investidores e conta hoje com um patrimônio de R$ 8,2 bilhões

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mês passado, o fundo rendeu 114% do CDI, mesmo com uma queda de 0,40% nas posições em ações na carteira. Apesar do desempenho no mês passado, a Legacy manteve a aposta na bolsa brasileira.

“Na parte local, nossa visão segue otimista, lastreada em nossa convicção quanto a perspectivas de aceleração da atividade econômica à frente e de avanço nas agendas de reformas”, escreveu a gestora, em sua carta mensal.

Para a Legacy, as ações brasileiras devem se descolar do mercado americano. “Mantivemos posições vendidas no S&P [índice da bolsa de Nova York] ao longo de agosto e tencionamos manter essa posição.”

SPX mantém aposta em bolsa e dólar

O estrelado fundo Nimitz da gestora de Rogério Xavier surfou nos mares revoltos do mês passado com um retorno de 1,51% – o triplo do CDI no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A alta em agosto veio principalmente da aposta no dólar. A gestora que possui um total de R$ 38,5 bilhões em patrimônio informou que segue comprada na moeda norte-americana, o que poderá pesar contra o fundo no resultado deste mês se o câmbio mantiver a atual tendência de queda.

Na carta do mês passado, a SPX fala em um cenário de "bear market político" que pode afetar o desempenho dos mercados. Assim como a Legacy, a gestora mantém uma exposição líquida vendida no mercado acionário americano.

Para a SPX, os ativos brasileiros devem seguir o caminho trilhado no resto do mundo. Mesmo assim, o fundo possui alocação comprada na bolsa brasileira, principalmente em ações dos setores de utilities (energia elétrica) e consumo.

Kinea tem ganho com bolsa em agosto

Enquanto boa parte dos multimercados amargou perdas com a exposição em bolsa no mês passado, a aposta no mercado de ações trouxe resultado positivo para os fundos da Kinea.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Chronos, principal produto da gestora controlada pelo Itaú Unibanco, praticamente empatou com o CDI no mês passado, com uma rentabilidade de 0,50%. Nos últimos 12 meses, o fundo rende 153,9% do indicador de referência.

A Kinea segue comprada na bolsa com posições principalmente em ações dos setores de consumo, serviços financeiros e elétricas. Ou seja, aqueles mais ligados à economia doméstica.

A gestora também atua com a estratégia de pares de ações, ou seja, com a compra de uma ação combinada com a venda de outra. "O principal destaque positivo foi para o intersetorial comprado em logística contra indústria, enquanto o principal destaque negativo foi o intrasetorial em educação", escreve a Kinea, no relatório de agosto.

Adam neutra em bolsa

Das cinco gestoras de fundos multimercados que eu selecionei para esta matéria, apenas a Adam, do gestor Marcio Appel, não tinha posição comprada na bolsa brasileira no fim de agosto. Com R$ 26 bilhões sob gestão, a Adam obteve um retorno de 0,50% em seu fundo principal no mês passado e acumula rentabilidade de 5,30% em 2019.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Embora se encontre no início de seu ciclo econômico, não consideramos que o Brasil será capaz de se desvencilhar do cenário global e mantemos visão neutra em relação à bolsa local", escreveu a gestora.

E você, compartilha da visão dos gestores de fundos sobre a bolsa? Conte como está sua posição no mercado de ações nos comentários logo abaixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar