Senadores dos EUA se organizam para anular tarifas a produtos brasileiros, que levam preços do café e da carne bovina às alturas
Parlamentares democratas e um republicano dizem que tarifas são “impostos corruptos” e “abuso ilegal” do poder presidencial
As tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a produtos brasileiros também não são bem vistas pelos norte-americanos. O que prova isso é uma medida apresentada nesta quinta-feira (18) por integrantes da Câmara Alta do Congresso norte-americano, que é o equivalente do Senado Federal do Brasil.
Os senadores republicano Rand Paul e os democratas Tim Kaine, Chuck Schumer, Jeanne Shaheen e Ron Wyden se uniram para defender um projeto de lei que busca anular as tarifas impostas ao Brasil. O texto teve o apoio de outros parlamentares e obriga o Senado a se pronunciar.
A norma contesta as tarifas decretadas em 30 de julho por meio da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA). Trump justificou a medida dizendo que o governo brasileiro representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA e que há no país uma suposta "perseguição política" ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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A ordem do republicano impôs tarifa adicional de 40% sobre bens como café e carne bovina, além dos 10% iniciais.
O projeto apresentado pelos senadores prevê o cancelamento imediato da declaração de emergência e a revogação das tarifas. Tim Kaine reforçou que o objetivo dessa norma é impedir "guerras comerciais incompetentes e caóticas que tornam bens do dia a dia mais caros".
Por dentro do texto
No comunicado dos senadores norte-americanos, a iniciativa de Trump é considerada um "abuso ilegal" do poder presidencial e um "imposto corrupto" que afeta negativamente as famílias.
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O senador republicano Rand Paul acrescentou que a Constituição não permite que o presidente "unilateralmente imponha tarifas", pois a política comercial é atribuição do Congresso.
Chuck Schumer, líder da minoria, um dos principais cargos do Senado, acusou Trump de usar uma "falsa declaração de emergência" para retaliar por causa do julgamento de Bolsonaro no Brasil.
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O comunicado também ressalta pontos importantes da relação comercial dos dois países na visão dos senadores. É citado que os EUA importam mais de US$ 40 bilhões ao ano do Brasil e que o comércio bilateral sustenta 130 mil empregos nos EUA e gera superávit para os americanos.
Os parlamentares também dizem que uma guerra tarifária elevaria preços, prejudicaria as duas economias e aproximaria o Brasil da China.
Vai um cafezinho aí?
Os Estados Unidos são líderes mundiais no consumo de café, mas o produto quase não tem produção local. Por isso, dos US$ 40 bilhões de gastos em importação de produtos brasileiros ao ano, quase US$ 2 bilhões são destinados à compra de café. Essas informações estão presentes na defesa dos senadores.
Desde que as tarifas foram impostas por Trump, os preços dispararam. De acordo com dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), o custo do café subiu mais de 21% no mês passado em comparação ao mesmo período em 2024. Esse é o maior aumento anual registrado desde 1997.
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No mesmo mês, a libra — quase 450 gramas — do café torrado e moído chegou a custar o preço recorde de US$ 8,872
Com o aumento, o café tornou-se carga valiosa, ocasionando um crescimento de roubos de cargas em portos.
Outros impactos das tarifas na vida dos norte-americanos
Os barbecues e os hambúrgueres não ficaram ilesos. No acumulado de 12 meses, o preço do bife cru aumentou 16,6%. Já na comparação mensal, o avanço foi de 3,6%. A trajetória de alta de preço da carne bovina já dura meses nos Estados Unidos.
A inflação ao consumidor norte-americano ficou em 0,4% em agosto, sendo puxada por itens como o café e a carne. O número está acima das projeções feitas pelo mercado financeiro, que esperavam um avanço de 0,3%. Em um ano, o CPI se distanciou da meta de 2% do Federal Reserve (Fed) e chegou a 2,9%.
Outro setor afetado pelas tarifas é o mercado de trabalho. No mês passado, esperava-se que 75 mil novas vagas de trabalho fossem criadas no país. A realidade é desanimadora: apenas 22 mil empregos abriram em agosto, segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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