Um ‘respiro’ para Shein e Temu: Trump vai manter a isenção de impostos para as ‘blusinhas’ e outros produtos das varejistas chinesas – mas medida deve ser temporária
Presidente assinou uma ordem executiva que mantém a isenção até que seja implementado um sistema para coletar as tarifas de forma completa e rápida

As varejistas chinesas que importam produtos para os Estados Unidos devem estar aliviadas. Isso porque o presidente Donald Trump anunciou que vai primeiro “organizar a casa” para depois mudar a política de tarifação diferenciada da qual essas empresas se beneficiam.
Por ora, companhias como Shein, Temu e Alibaba continuarão isentas de impostos no envio de remessas até US$ 800 para os EUA.
Na esteira da taxação de 10% imposta à China, o republicano havia suspendido também a isenção tarifária da regra “de minimis”, que vigora há quase um século no território.
Agora, Trump voltou atrás e assinou uma ordem executiva retomando a isenção, até que "sistemas adequados estejam implementados para processar e coletar a receita tarifária de forma completa e rápida”.
O sistema alfandegário norte-americano poderia ficar sobrecarregado repentinamente, uma vez que há uma grande quantidade de remessas de baixo valor já a caminho do país.
Caso a regra parasse de valer agora, essas encomendas teriam que ser todas processadas, sem a estrutura adequada.
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O que é a regra ‘de minimis’ e por que ela beneficia as varejistas chinesas
A “de minimis” foi uma das regras de importação que ajudou as empresas chinesas a manter os preços baixos e ganhar relevância no varejo on-line – um fenômeno semelhante ao que aconteceu no Brasil, antes da “taxa das blusinhas”.
- Juntas, a Shein e a concorrente Temu representaram mais de 30% de todos os pacotes enviados para os EUA diariamente sob a regra de minimis, disse o comitê do Congresso dos EUA sobre a China em um relatório de 2023.
Em 2024, a autoridade alfandegária dos EUA afirmou que processou mais de 1,3 bilhão de remessas “de minimis”.
Críticos da isenção afirmam que ela deu uma vantagem injusta às empresas de e-commerce chinesas e criou um fluxo de pacotes "sujeitos a documentação e inspeção mínimas", levantando preocupações sobre produtos falsificados e inseguros.
Tanto a Temu quanto a Shein tomaram medidas para expandir suas operações nos EUA à medida que as discussões sobre a regra “de minimis” começaram a ficar mais acaloradas.
No ano passado, a Temu começou a integrar vendedores chineses em seu site que possuem estoque em armazéns nos EUA, permitindo o envio mais rápido de pacotes para os consumidores americanos.
Já a Shein abriu centros de distribuição em estados como Illinois e Califórnia em 2022, e um hub de cadeia de suprimentos em Seattle no ano passado.
* Com informações da CNBC.
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