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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

BALDE DE ÁGUA FRIA

Juros nos EUA: o que Powell disse que fez o mercado adiar a aposta no corte das taxas neste ano

Presidente do Federal Reserve concede depoimento ao Senado nesta terça-feira (11) e reforçou uma mensagem que vem sendo repetida pelas autoridades de política monetária nas últimas semanas

Carolina Gama
11 de fevereiro de 2025
12:37 - atualizado às 19:54
Montagem de homem de cabelos brancos, camiseta branca e uma camisa marrom segurando um balde azul com água e um fundo gráfico do mercado de ações
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) - Imagem: Montagem Andrei Morais / Adobe Firefly / Federal Reserve

Se havia alguma dúvida, não há mais. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, foi claro: o banco central norte-americano não tem pressa para cortar os juros em meio a uma economia forte, um mercado de trabalho sólido e uma inflação que está desacelerando, mas ainda segue acima da meta de 2% ao ano. 

Powell disse que se essas condições continuarem prevalecendo, o BC dos EUA não precisa agir com rapidez para aliviar a política monetária. 

"Com nossa postura política agora significativamente menos restritiva do que era e a economia permanecendo forte, não precisamos ter pressa para ajustes", disse Powell. 

"Sabemos que reduzir a restrição política muito rápido ou muito pode prejudicar o progresso da inflação. Ao mesmo tempo, reduzir a restrição política muito lentamente ou muito pouco pode enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego", acrescentou. 

Os comentários de Powell acontecem na primeira de duas aparições esta semana no Congresso para depoimentos semestrais. Nesta terça-feira (110 ele fala ao Comitê Bancário do Senado e na quarta-feira (12) ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara.

A reação do mercado ao discurso de Powell foi branda — ele ainda vai responder perguntas dos senadores. Em Wall Street, inicialmente, os principais índices da Bolsa de Nova York seguiram operando em queda. 

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No mercado de dívida, no entanto, os yields (rendimentos) dos títulos de dívida de dois anos do Tesouro dos EUA — mais sensíveis a mudanças na política monetária — renovaram máxima intradia a 4,296%. 

Por aqui, o Ibovespa perdeu um pouco do impulso, subindo 0,48%, aos 126.171,69 pontos. 

No mercado de câmbio, o dólar à vista seguia em queda: -0,25%, cotado a R$ 5,7717. No exterior, a moeda norte-americana também ampliou as perdas em relação a pares mais fortes.

Powell não cita Trump no discurso

Os mercados interpretam as mensagens recentes de Powell e de seus colegas do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) como indicações de que o banco central norte-americano dará uma pausa no corte de juros até pelo menos junho.

Na primeira reunião de 2025, realizada no mês passado, o Fed manteve os juros na faixa atual de 4,25% a 4,50% ao ano. A última vez que o BC dos EUA reduziu a taxa referencial foi no final de 2024.  

“Estamos atentos aos riscos para ambos os lados do nosso mandato duplo, e a política está bem posicionada para lidar com os riscos e incertezas que enfrentamos”, disse Powell.

No discurso, o chefe do Fed não citou as medidas adotadas por Donald Trump e que tem potencial de acelerar a inflação nos EUA, dificultando o trabalho do banco central de trazer os preços para a meta de 2%. 

Vale lembrar que assim que voltou à Casa Branca, Trump disse que exigiria que os juros caíssem “imediatamente”.

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Quando vem o próximo corte de juros nos EUA

Se Powell não dá a resposta exata de quando virá o próximo corte de juros nos EUA, o mercado imediatamente se posiciona sobre o ciclo de aperto monetário por lá.

Em dezembro, quando apresentou as últimas atualizações, o Fomc cortou de quatro para duas as reduções da taxa neste ano

Com o discurso de Powell de hoje, essas chances caíram ainda mais. A probabilidade de apenas um corte de juros em 2025 subiu de 35% para 37%, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. 

Além disso, o momento do próximo afrouxamento também foi postergado: passou de junho para julho.

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