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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

TRUMP ESTÁ DE OLHO

Israel e Irã podem mexer com a política de juros nos EUA? Powell responde

O presidente do Federal Reserve presta depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara e fala dos reflexos da instabilidade no Oriente Médio nas decisões do banco central norte-americano

Barril de petróleo sobre dólares
Imagem: DALL-E/ChatGPT

Os preços do petróleo operam em queda de 5% nesta terça-feira (24) na esteira do cessar-fogo entre Israel e Irã, mas a guerra entre os dois rivais no Oriente Médio ainda não acabou e a commodity corre o risco de disparar mais uma vez caso a trégua seja desrespeitada — e o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, está de olho nessa possibilidade.

Ao falar no primeiro dos dois dias de depoimentos semestrais ao Congresso, Powell reconheceu que a disparada de preços do petróleo é sentida diretamente no bolso dos cidadãos norte-americanos. 

“Os choques do petróleo dependem de fatos e circunstâncias e a disparada de preços é sentida pelas pessoas no dia a dia”, afirmou Powell ao ser questionado por um deputado sobre os efeitos do conflito no Oriente Médio na política monetária. 

O barril do petróleo operava cotado a US$ 60 até o dia 13 de junho, quando Israel iniciou os ataques ao Irã e fez os preços saltarem para US$ 75, acendendo o alerta de que a luta dos bancos centrais ao redor do mundo contra a inflação poderia entrar em uma nova fase. 

Mas na noite de segunda-feira (23), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma trégua entre israelenses e iranianos — em boa parte obtida depois que os EUA entraram na guerra e bombardearam três instalações nucleares do país. 

Powell lembrou que nos anos 70 a guerra no Oriente Médio fez a inflação disparar nos EUA e, embora reconheça que a energia seja uma parte significativa do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, disse que o melhor a se fazer agora é avaliar os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã. 

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“Estamos olhando para esses eventos e, caso se desdobrem, vamos nos perguntar se devemos agir”, afirmou Powell. “Nossas ações mexem no bolso e na vida das pessoas, então não podemos agir diante da primeira instabilidade em uma região volátil — muita coisa muda em 24 horas”, acrescentou. 

A disparada do petróleo alimenta a inflação, que o Fed vem tentando combater desde que iniciou um ciclo agressivo de aperto monetário há três anos. 

O dado mais recente de inflação nos EUA, medido pelo índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) mostrou uma desaceleração para 2,1% em abril. Os números de maio serão divulgados na próxima sexta-feira (27).

Na última decisão de política monetária, que você pode conferir aqui, o Fed manteve a taxa de juros inalterada na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano e foi, mais uma vez, duramente criticado pelo presidente norte-americano, Donald Trump — um defensor declarado de juros baixos. 

Dólar em queda livre: entenda por que a moeda está caindo e como isso afeta seu bolso

O frágil cessar-fogo entre Israel e Irã

Powell tem seu ponto quando diz que os eventos no Oriente Médio mudam a cada 24 horas — ou menos — e nisso até Trump concorda com o presidente do Fed. 

O cessar-fogo estava à beira do colapso na manhã desta terça-feira, quando o republicano acusou Irã e Israel de violarem o acordo logo após sua entrada em vigor. 

Trump exigiu que Jerusalém e Teerã cumprissem a trégua, reservando palavras incomumente duras a Israel.

"Não estou satisfeito com Israel", disse Trump a repórteres a caminho de uma cúpula da Organização do Atlântico Norte (Otan) na Holanda

"Também não estou satisfeito com o Irã, mas estou realmente insatisfeito se Israel" continuar sua campanha de bombardeios na terça-feira, completou. 

Petróleo na berlinda

Antes do cessar-fogo, os negociadores temiam que Israel pudesse ter como alvo os 3,3 milhões de barris de petróleo bruto produzidos por dia pelo Irã, ou que a República Islâmica pudesse atacar a infraestrutura energética dos países do Golfo, incluindo o Iraque.

Os investidores também observavam se o Irã tentaria fechar o Estreito de Ormuz, que liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã

O estreito, usado para transportar 20% do petróleo bruto mundial, é uma rota importante para embarques iranianos e de outros países do Oriente Médio, incluindo a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, os Emirados Árabes Unidos, o Iraque, o Kuwait e o Bahrein.

A China é um dos maiores compradores do petróleo que atravessa o estreito. Trump comentou sobre isso mais cedo: 

“A China agora pode continuar comprando petróleo do Irã”, disse Trump em uma publicação em sua plataforma de mídia social Truth Social. “Espero que eles também comprem bastante dos EUA. Foi uma grande honra para mim fazer isso acontecer!”

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