Como uma missão ultrassecreta de espionagem dos EUA levou à morte de inocentes desarmados na Coreia do Norte
Ação frustrada de espionagem ocorreu em 2019, em meio ao comentado ‘bromance’ entre Trump e Kim, mas só foi revelado agora pelo New York Times

Uma missão ultrassecreta de espionagem realizada por uma tropa da elite militar dos Estados Unidos no litoral da Coreia do Norte terminou em trapalhada e resultou na morte de um número ainda indeterminado de inocentes desarmados. O incidente ocorreu em 2019, mas só veio à tona no decorrer da última semana graças a uma reportagem do jornal norte-americano The New York Times.
O contexto por trás do episódio faria um filme de Austin Powers parecer sério. Tem Donald Trump, Kim Jong-un e até uma praia deserta. Mas o resultado trágico elimina qualquer possibilidade de riso.
Aconteceu em algum momento de 2019, durante a primeira passagem de Trump na Casa Branca, informa o NYT.
O 'bromance' entre Trump e Kim
Na época, Trump e o presidente norte-coreano, Kim Jong-un, viviam um dos bromances mais comentados dos últimos anos no cenário geopolítico.
Entre um encontro de cúpula em Cingapura em 2018 e outro em Hanói no ano seguinte, os dois líderes trocaram a hostilidade por uma série de cartas nas quais explicitavam admiração mútua em meio a negociações sobre o programa nuclear norte-coreano.
A aproximação teve seu ponto máximo em uma visita de Trump a Kim na fronteira entre as Coreias do Sul e do Norte em 30 de junho de 2019.
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A operação frustrada
Em meio ao jogo de cena, Trump autorizou uma equipe de fuzileiros navais a entrar furtivamente na Coreia do Norte para instalar dispositivos eletrônicos capazes de interceptar as comunicações de Kim.
Não se tratava de uma equipe qualquer. Era o esquadrão vermelho da Team 6, mesma unidade de fuzileiros navais que em 2011 assassinou Osama bin Laden no Paquistão.
De acordo com a reportagem, o esquadrão de elite treinou durante meses para a operação.
A ideia era enviar os integrantes da equipe até perto da costa norte-coreana a bordo de um submarino nuclear. Os fuzileiros navais então sairiam do submarino, nadariam até a praia por algumas centenas de metros e instalariam o dispositivo eletrônico especialmente desenvolvido pelos serviços de espionagem dos EUA para tentar interceptar as comunicações de Kim.
No papel, tudo certo. Mas faltou combinar com os... coreanos.
Os membros do esquadrão de elite esperavam chegar a uma praia deserta. E aparentemente não havia ninguém na faixa de areia.
No entanto, eles foram avistados por pessoas a bordo de uma pequena embarcação.
Os norte-coreanos então dispararam sinalizadores e os fuzileiros navais tiveram a impressão de que eles teriam avistado também o minissubmarino.
Os espiões norte-americanos decidiram atirar primeiro e perguntar depois. Abriram fogo e mataram todas as pessoas a bordo da pequena embarcação.
Não se sabe ao certo quantas pessoas morreram na "trapalhada", mas relatos dos envolvidos indicam que as vítimas estavam desarmadas e usavam o barco para alguma atividade relacionada a pesca ou mergulho.
O New York Times afirma que os protocolos operacionais exigem que o presidente em exercício autorize explicitamente a operação. Também informa que a Casa Branca não notificou o Congresso sobre a operação.
Questionado sobre o assunto pela imprensa norte-americana na noite de sexta-feira, Trump limitou-se a dizer: "não sei nada sobre isso, não".
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