Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
O ano que vem já deve começar com a abertura de capital de novas empresas. Mas sem IPOs: a expectativa é que, inicialmente, elas emitam títulos de dívidas, e não listem ações.
Em parte, esse movimento deve ser impulsionado pela chegada de companhias de menor porte, de até R$ 500 milhões de faturamento por ano, devido ao novo Regime Fácil da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 15 empresas que podem abrir capital em 2026. Entre 15 participantes, 10 serão as as ganhadoras do Rota Fácil, projeto da startup que subsidiou os custos de listagem. Veja a lista das participantes do programa:
- Santa Angela, consultoria
- Arrazantty, na indústria
- 3-e, de serviços
- Escad, de serviços,
- Grupo Vellore, na indústria
- GBI, de comércio
- Stoque, de tecnologia
- Plastifluor, na indústria,
- Wittel, de tecnologia,
- Vapza, de alimentação
- Safer, de tecnologia,
- Lux, de serviços,
- Habitare, de serviços
- Grupo Rao, de serviços,
- Tutors Participações, de serviços.
A BEE4 já tem quatro empresas listadas e com ações negociadas — Eletron Energia, Plamev Pet, Mais Mu e Clínica Engravida. As ações são negociadas, normalmente por grandes investidores corporativos, nas corretoras do Itaú Private Bank e na Genial.
A B3, bolsa de valores brasileira, também espera que novas companhias abram capital para emissão de dívidas.
Rodrigo Fiszman, cofundador e presidente do conselho da BEE4, afirma que o objetivo da startup não é concorrer com a bolsa tradicional. "É a B3 que concorre com a gente. A gente já nasceu com o propósito de atender as pequenas e médias empresas", declarou.
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Crédito difícil e caro para PMEs
Embora o segmento das PMEs seja o que mais emprega no Brasil e tem uma representatividade relevante no PIB, é também o segmento com mais dificuldade de acesso a crédito.
“A maior parte do empreendedorismo brasileiro está nessas empresas que faturam de R$ 50 a R$ 300 milhões, são quem realmente geram emprego no Brasil e estão no dia a dia dos brasileiros”, afirmou Josué Guedes, fundador e CEO do Market Makers, em evento promovido pela BEE4.
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Segundo estudos do Banco Mundial citados por Fiszman, faltam US$ 500 bilhões em crédito para elas —cerca de R$ 2,6 trilhões.
“Por isso, o mercado de capitais é um propulsor para essas empresas terem acesso a crédito além dos canais tradicionais”, afirma o executivo.
Porém, até então, era inviável para organizações desse porte acessarem a bolsa, para emissão de ações, ou o mercado de balcão, para emissão de dívidas. O custo para abrir capital pode chegar a R$ 10 milhões, entre auditorias, ajustes na governança, criação de conselho de administração, documentação e outros custos.
A BEE4 surgiu em 2018. Já em 2020, inscreveu-se para o ambiente de testes da CVM para viabilizar esse acesso para PMEs, e entrou em operação em 2022. Em setembro do ano passado, a comissão abriu uma consulta pública para a criação de uma nova norma para as companhias de menor porte e, em julho deste ano, foi publicado o Regime Fácil.
Esse regime, que passa a valer em janeiro do ano que vem, facilita algumas regras e permite que empresas de até R$ 500 milhões de faturamento anual, classificadas como Companhias de Menor Porte, tenham acesso ao mercado, tanto para fazer IPOs e ter suas ações negociadas na bolsa de valores, quanto para emitir dívida.
A vantagem para as PMEs é um custo menor: acessar crédito dessa forma é mais barato que em bancos ou instituições financeiras. Além disso, há uma oportunidade para acessar novos investidores — alguns, com muito dinheiro no bolso. Segundo dados da Anbima, há R$ 2,5 trilhões em fundos que só podem investir ou comprar crédito de empresas abertas.
Hoje, há 700 companhias registradas na CVM. Na B3, são 415 listagens — dessas, apenas 369 têm ações negociadas.
Oportunidades para pequenas e médias empresas
"Somos um país de oportunidades enormes, e vejo isso no mercado de capitais", afirmou o economista Pedro Malan, ex-presidente do Banco Central e ex-Ministro da Fazenda, em evento da Bee4.
Com o fim da hiperglobalização, haverá uma enorme reconfiguração e cadeias de suprimento, diz ele. O mundo buscará reduzir a dependência de grandes fornecedores em setores chave, o que abre janelas para pequenas e médias empresas cresçam, acredita.
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