Todos querem ter seu próprio ‘Ozempic’ — incluindo a Pfizer; veja o que a empresa fez para se fortalecer no ramo
Farmacêutica tenta se reerguer depois de queda na venda de vacinas e fracasso no segmento de combate à obesidade
O mercado de fabricantes de medicamentos está agitado desde que a popularidade de remédios contra a obesidade, como as canetas emagrecedoras, cresceu. A farmacêutica americana Pfizer, porém, não conseguiu acompanhar o ritmo de seus rivais. Para reverter a situação, a empresa decidiu buscar um reforço: a startup Metsera.
A Pfizer anunciou, na segunda-feira (22), que tem um acordo fechado para adquirir a Metsera, uma startup especializada em medicamentos de última geração contra a obesidade e doenças cardiometabólicas.
Segundo comunicado da companhia, a transação foi avaliada em US$ 47,50 por ação da Metsera no fechamento. Ou seja, um valor empresarial inicial de US$ 4,9 bilhões.
- LEIA TAMBÉM: Novo episódio do Touros e Ursos no AR! Acompanhe as análises e recomendações de especialistas do mercado; acesse já
Há possibilidade de pagamentos adicionais de até US$ 22,50 por ação ligados a marcos clínicos e regulatórios. Se isso acontecer, o contrato pode chegar ao valor de US$ 7,3 bilhões.
A compra, aprovada pelos conselhos de administração das duas empresas, está prevista para ser concluída no quarto trimestre de 2025. A operação depende ainda de aprovações regulatórias e dos acionistas da Metsera.
Novo portfólio da Pfizer
A farmacêutica informou que a incorporação vai acrescentar quatro programas em estágio clínico de incretina e amilina ao seu pipeline, incluindo potenciais remédios orais e injetáveis.
Leia Também
O MET-097i, um medicamento injetável em estágio intermediário de testes, vai complementar o portfólio da empresa americana.
Junto a ele, está a MET-233i, uma molécula em fase inicial de desenvolvimento. Segundo avaliação recente, a molécula ajudou pessoas a perderem até 8,4% do peso corporal em cerca de um mês.
- VEJA TAMBÉM: Descubra como os gigantes do mercado estão investindo: o podcast Touros e Ursos traz os bastidores toda semana; acompanhe aqui
Por estarem em período de testes e estudos, os remédios devem demorar para chegar às mãos dos pacientes. Mas a Pfizer já avisou que os dados disponíveis sugerem eficácia, tolerabilidade e durabilidade diferenciadas, com potencial de remédios de aplicação mensal. Essa frequência de injeções é menor que as dos medicamentos líderes de mercado.
Razão por trás da compra
A Pfizer tem bons motivos para buscar reforços. As tentativas da farmacêutica de entrar no jogo dos remédios emagrecedores fracassaram, resultando em um baixo retorno financeiro.
As vendas abaixo do esperado afetaram o caixa da empresa, que tenta se reestruturar por causa da queda na demanda por vacinas e outros medicamentos contra a Covid-19. Além disso, os principais remédios oferecidos pela Pfizer estão perto do fim da vida útil da patente.
Concorrência forte e mercado agitado
Recentemente, a Novo Nordisk (N1VO34), fabricante da caneta emagrecedora mais bem sucedida do mercado, o Ozempic, cortou quase 11% da força de trabalho global. O motivo foi justamente a desaceleração no crescimento devido ao ambiente mais competitivo no segmento de combate à obesidade.
- LEIA TAMBÉM: O Lifestyle do Seu Dinheiro quer te trazer novidades sobre gastronomia, viagens e estilo de vida; não fique de fora e receba também
Enquanto isso, a Eli Lilly, produtora do medicamento Mounjaro, tenta ampliar suas opções de tratamento para não ficar para trás.
A multinacional planeja lançar o Mounjaro em pílulas, também conhecido como orforgliprona. Além de tirar a dor da picada do caminho do aumento das vendas, o novo formato do remédio mostrou maior perda de peso que seus concorrentes.
O Brasil tem sua própria produção de remédios contra a obesidade, graças à empresa EMS. O “Ozempic nacional” é vendido em duas versões: a caneta Olire é direcionada ao tratamento de obesidade, e a Lirux, ao tratamento de diabetes tipo 2. Ambos são produzidos à base da substância liraglutida.
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado