Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva

Depois de ressurgir como um dos principais detratores dos resultados do Banco do Brasil (BBAS3) e pressionar as ações para as mínimas do Ibovespa nesta sexta-feira (16), o agronegócio não deve oferecer trégua para as finanças do banco nos próximos meses, segundo a CEO do BB, Tarciana Medeiros.
Para o próximo trimestre, a projeção da executiva é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural, com um vislumbre de melhora a partir da segunda metade do ano.
“Ainda vamos ver uma inadimplência resistente no segundo trimestre de 2025. A tendência é que, a partir do segundo semestre do ano, depois de já iniciado o novo ciclo do Plano Safra, teremos certeza de números melhores em relação à cobrança e recuperação de crédito”, afirmou Medeiros, em conversa com jornalistas.
Na visão do vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos, Geovanne Tobias, este foi um “balanço de transição”. “Já se previa uma continuidade na deterioração da carteira do agronegócio”, afirmou.
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As perspectivas do Banco do Brasil (BBAS3) para o agronegócio
A presidente do BB destaca que o momento atual do agro é de colheita e comercialização da safrinha do milho, o que sustenta a expectativa de recebimento das dívidas dessas operações.
“Cerca de 80% dos clientes que estão inadimplentes neste momento são clientes que nunca estiveram nessa situação com o banco e que já operam conosco há muito tempo, então há expectativa de honra dessas dívidas ainda neste trimestre”, disse a executiva.
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No entanto, mesmo que os clientes inadimplentes renegociem e paguem as dívidas neste trimestre, os frutos não serão colhidos por agora.
Vale lembrar que os indicadores de inadimplência subiram no primeiro trimestre, impulsionados pelo agronegócio. O índice de devedores acima de 90 dias teve alta de 0,96 ponto porcentual (p.p.) na comparação anual e de 0,54 p.p na base trimestral, a 3,86%.
Entre janeiro e março, houve continuidade da dinâmica agravada da carteira de agronegócios, cuja inadimplência alcançou 3,04%.
Dadas as taxas de inadimplência de empréstimos rurais na sequência da fraqueza vista nos trimestres anteriores, o banco entregou provisões maiores no início de 2025.
As provisões subiram 64,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 15,45 bilhões em perdas previstas no crédito.
Mesmo assim, o Banco do Brasil não quer desacelerar o ritmo de concessão de crédito ao setor rural.
“Nós não vamos arrefecer. Vamos manter o nosso protagonismo no mercado agro e esperamos ter a nossa fatia justa na distribuição dos recursos do Plano Safra. O Banco do Brasil é o banco do agro para todos os momentos e continuaremos assim”, disse a CEO.
Segundo dados do Banco Central, o BB detinha 50,2% de participação nos financiamentos destinados ao agronegócio no fim de março. Já nos créditos direto ao produtor rural, a participação de mercado chega a 56,7%.
Os impactos da nova resolução 4.966 do Banco Central
Apesar de destacar a complexidade da situação do agronegócio, cuja performance foi pior do que o esperado no período, o desempenho do setor não é apontado como o único “culpado” pelos números fracos do Banco do Brasil (BBAS3) no primeiro trimestre, segundo a CEO.
Na avaliação do BB, outro detrator do resultado foi a mudança contábil trazida pela nova resolução 4.966 do Banco Central.
“A causa da piora de resultados não é a resolução, e sim a inadimplência. Só que, sob a nova 4.966, a inadimplência agora é penalizada de duas formas. Antes, ela era penalizada só com a provisão. Hoje, eu penalizo com a constituição de provisão e eu também penalizo com o recolhimento de receitas pelo regime de caixa”, disse o vice-presidente de riscos, Felipe Prince.
“Isso faz efeito na inadimplência e, no nosso caso, como o maior agressor é o agro, o impacto acaba sendo maior. Quando essas operações passarem a ser regularizadas, além de economizar provisão, teremos essas receitas voltando a recompor a carteira”, acrescentou.
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