Reag Investimentos à venda: controle da gestora pode mudar de mãos após investigações sobre megaesquema do PCC
Holding anuncia tratativas para venda do bloco de controle da Reag, enquanto autoridades apuram supostos vínculos de players da Faria Lima em megaesquema do crime organizado
O controle da Reag Investimentos está à venda. Nesta segunda-feira (1º), a holding Reag Holsa anunciou que iniciou “tratativas visando potencial venda do bloco de controle” da gestora com potenciais interessados independentes.
A movimentação acontece apenas alguns dias depois de a Polícia Federal anunciar investigações sobre o suposto envolvimento de fundos da Reag em um megaesquema ligado ao crime organizado e ao PCC.
“As tratativas compreendem, entre outros, a troca de informações sujeitas a acordos de confidencialidade e discussões preliminares sobre termos e condições econômicas e contratuais da possível transação”, escreveu a empresa, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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O anúncio da potencial mudança de controle foi feito logo na abertura do pregão de hoje, por volta das 10h. Desde então, as ações da Reag (REAG3) encontram-se entre leilões na bolsa brasileira. Por volta das 12h57, os papéis marcavam leve alta de 0,34%, cotados a R$ 2,97. Desde o início do ano, porém, a Reag acumula desvalorização de quase 40% na B3.
Controle da Reag Investimentos vai mudar de mãos?
Segundo o documento, até o momento, não há garantia de que as negociações vão avançar para um documento vinculante ou para a conclusão de qualquer transação.
Além disso, a empresa afirma que ainda não há definição de preço, estrutura final ou cronograma para eventuais operações envolvendo o controle da Reag Investimentos.
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Atualmente, o bloco de controle da Reag Investimentos é composto pela Reag Holsa e pelo fundo “Reag Alpha Fundo de Investimento Financeiro em Ações”, que detêm, juntos, cerca de 87% do capital social da gestora.
Confira a composição acionária da Reag Investimentos:
- Acionista controlador: 63,93%
- Pessoas vinculadas à holding: 23,45%
- Ações em tesouraria: 0,14%
- Ações em circulação no mercado: 11,68%
Reag sob investigação sobre envolvimento com o PCC
Na semana passada, a sede da Reag na Faria Lima foi alvo de mandado de busca e apreensão da Receita Federal.
A ação fez parte da Operação Carbono Oculto — uma das maiores investigações contra o crime organizado no Brasil, que incluiu 350 alvos em todo o país.
Fundada em 2013 por João Carlos Mansur, a Reag rapidamente se consolidou como a maior gestora independente do país. Hoje, ocupa a oitava posição entre todas as gestoras brasileiras, com cerca de R$ 299 bilhões em ativos sob gestão.
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Segundo as autoridades, o esquema investigado envolve R$ 23 bilhões em lavagem de dinheiro, com estimativa de R$ 1,4 bilhão em tributos federais sonegados e R$ 7,6 bilhões em impostos estaduais.
O coração dessa operação estava nas fintechs, corretoras e gestoras de investimentos, que se tornaram peças-chave no esquema. Segundo as autoridades, as fintechs se transformaram em uma espécie de “banco paralelo invisível” para o PCC.
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