Mais um diretor da Ambipar (AMBP3) deixa o cargo em meio a investigação pela CVM; desta vez, saída foi do CFO, há pouco mais de um ano no posto
João Daniel Piran de Arruda passou 15 anos no Bank of America (BofA) antes de entrar na Ambipar; veja quem será o novo CFO
Uma figura de peso decidiu sair do alto escalão da Ambipar (AMBP3). Após pouco mais de um ano na diretoria financeira da empresa de gestão de resíduos, o CFO João Daniel Piran de Arruda deixou a posição.
Embora a empresa não tenha explicado os motivos da saída, já foi definido quem assumirá seu lugar: Ricardo Rosanova Garcia, atual diretor de relações com investidores (DRI), que agora acumulará ambas as funções.
No grupo Ambipar, Garcia também já atuou como diretor financeiro da Ambipar Environment até o ano passado.
- VEJA TAMBÉM: Descubra como os gigantes do mercado estão investindo: o podcast Touros e Ursos traz os bastidores toda semana. Acompanhe aqui
A nomeação de Arruda para a diretoria financeira em 2024 foi bem recebida pelo mercado, especialmente em um momento em que a Ambipar enfrentava críticas sobre a transparência e comunicação com os investidores.
O executivo trouxe consigo uma bagagem de mais de 20 anos de experiência, especialmente no setor de gestão de resíduos, energia, saneamento e infraestrutura.
Antes de ingressar na Ambipar, Arruda passou quase 15 anos no Bank of America (BofA), estreitando um relacionamento com a empresa de gestão de resíduos.
Leia Também
Agora, com a saída do CFO, a Ambipar afirma que segue comprometida com “a continuidade do desenvolvimento das atividades financeiras e de relações com investidores, e no fortalecimento da estrutura de capital e de governança”.
A empresa disse também que pretende “consolidar cada vez mais a confiança do mercado e assegurar maior transparência e geração de valor a seus acionistas e demais investidores”.
As ações da Ambipar (AMBP3) operam em queda nesta terça-feira (23). Por volta das 11h45, os papéis recuavam 2,55% na bolsa brasileira, cotados a R$ 13,74. Em 12 meses, porém, a empresa ainda acumula valorização de 81% na B3.
Mudanças no alto escalão
Mas as mudanças não param por aí. Uma semana antes da saída de Arruda, a Ambipar (AMBP3) anunciou outra alteração significativa em seu alto escalão.
Pedro Borges Petersen, até então diretor de relações com investidores, deixou o cargo para assumir o posto de "senior advisor" de operações.
Além disso, Petersen também deixou a posição de DRI da Environmental ESG Participações, uma empresa do grupo Ambipar.
A mudança ocorre no contexto de um processo administrativo sancionador da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que investiga uma suposta irregularidade relacionada à recompra de ações da Ambipar em possível descumprimento do limite de 10% das ações em circulação (free float).
Além de Petersen, o fundador da Ambipar, Tércio Borlenghi Junior, e outros membros da alta gestão também estão sendo investigados.
Entenda as polêmicas na Ambipar (AMBP3)
No pano de fundo das mudanças na alta gestão, a Ambipar (AMBP3) passou por uma escalada vertiginosa das ações na bolsa desde maio do ano passado, em um movimento que capturou a atenção do mercado.
A alta teve início após uma série de aquisições dos papéis na bolsa pelo controlador da companhia, Tércio Borlenghi Junior.
Além disso, a própria Ambipar foi a mercado com um programa de recompra de ações. No relatório da área técnica, a CVM aponta que a companhia usou os papéis para quitar obrigações, o que gerou um ganho de cerca de R$ 260 milhões graças à alta das cotações.
A entrada de fundos da Trustee DTVM, que têm Nelson Tanure como cotista, impulsionou ainda mais os papéis. Outros fundos que compraram ações da Ambipar e surfaram a disparada — Kyra e Texas — têm o Banco Master como beneficiário, segundo a CVM.
Esse movimento resultou em um fenômeno conhecido como short squeeze, em que investidores que apostavam na queda das ações foram forçados a cobrir suas posições, ampliando ainda mais a valorização na bolsa.
Essa combinação de fatores resultou em um salto brusco no preço das ações, que saíram de R$ 8,00, no fim de maio, para atingir o pico de R$ 268, em dezembro.
Há alguns meses, a área técnica da CVM chegou a levantar a hipótese de que a cotação das ações poderia ter sido inflada artificialmente.
No fim de junho, a autarquia sugeriu que o controlador da Ambipar poderia ser obrigado a realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) devido às compras feitas em conjunto com os fundos ligados ao Banco Master e ao empresário Nelson Tanure.
O objetivo, segundo a CVM, seria usar as ações como garantia em um leilão envolvendo a EMAE.
Após a saída do presidente da autarquia, porém, a diretoria da CVM rejeitou a proposta e decidiu que o controlador da Ambipar não precisaria realizar a OPA — decisão que gerou desconforto no mercado e abriu espaço para críticas.
Em agosto, a empresa aprovou um desdobramento das ações, na proporção de 1 para 10. A operação ampliou a base acionária da Ambipar para 1,67 bilhão de papéis ordinários.
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
