Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
O Grupo Toky (TOKY3), formado pela união da Mobly e da Tok&Stok, deu um passo importante para resolver suas dívidas. Ela também está trabalhando para organizar seu estoque e conseguir atender clientes na reta final do ano, sempre mais agitado para o varejo.
A empresa anunciou que o conselho de administração aprovou um aumento do capital social da companhia e a conversão de uma dívida em ações da companhia.
Os créditos detidos pela Domus Aurea Serviços de Tecnologia Ltda., no montante de R$ 25,37 milhões, foram transformados em novas ações ordinárias. O valor foi de R$ 1 por ação, praticamente uma média do valor dos últimos 60 dias de negociação.
A Domus é uma consultoria de TI e detinha debêntures da Tok&Stok. Em 2023, ela havia pedido a falência da empresa por não pagamento das dívidas. Os papéis foram recomprados pelo grupo de móveis e decorações a 34,13% do valor nominal acrescido da remuneração, um significativo desconto.
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A operação resultará na redução de aproximadamente R$ 221 milhões de suas dívidas, ou cerca de 32% do endividamento bruto consolidado.
"A aquisição das debêntures anteriormente detidas pela Domus e o aumento de capital ora aprovado são o primeiro passo da companhia para a redução da alavancagem consolidada e melhoria da sua estrutura de capital, e demonstram a confiança de nossos credores no futuro da companhia", disse o grupo em fato relevante.
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A empresa quer mostrar que está em recuperação. Ainda está no vermelho: o prejuízo líquido do terceiro trimestre foi de R$ 15,2 milhões, melhora de 32,2%.
O volume de vendas mais que dobrou: atingiu R$ 494 milhões, alta de 150% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a receita líquida atingiu R$ 339,8 milhões, crescimento de 125,2%.
O Ebitda do Grupo Toky atingiu uma margem de 20,9%, revertendo o resultado negativo no mesmo período de 2024.
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A margem bruta consolidada foi de 48,3%, uma melhora em relação ao 3T24, impulsionada por negociações estratégicas com fornecedores e pela contribuição positiva da Tok&Stok, que opera com margem bruta superior à da Mobly.
A empresa também diz que os custos logísticos melhoraram com a maior eficiência na gestão e a reestruturação após a integração das operações. Um exemplo é a transferência da operação de móveis nacionais da Tok&Stok de Extrema, MG, apara o centro de distribuição da Mobly em Cajamar, SP.
No entanto, a margem foi pressionada pela diferença nos preços dos estoques da Tok&Stok que foram comprados na aquisição e o seu valor de venda final, além de período promocional.
O alto custo da briga entre os sócios da Mobly e Tok&Stok
Além disso, a discussão entre os sócios afetou profundamente sua operação.
A empresa diz que, apesar dos bons números, ela foi afetada pelas discussões societárias, "que geraram insegurança momentânea em nossos fornecedores, causando grande dificuldade para que a empresa conseguisse repor seus níveis de estoque e atender aos pedidos de vendas dentro de seu curso normal de operação", disse ela na demonstração de seus resultados.
Com isso, ela sofreu com falta de produtos, aumento de prazo de entrega, perda de vendas e aumento de cancelamentos.
O impacto estimado por esses fatores foi de aproximadamente R$41,6 milhões na receita líquida e R$12,3 milhões no Ebitda do trimestre.
O próximo teste da companhia será mostrar que seus níveis e estoque e entregas estão adequados para atender os consumidores no último trimestre do ano, o mais forte para o varejo, tradicionalmente.
Guerra de cadeiras: como foi a fusão
As duas empresas se uniram em 2024, criando a maior empresa de móveis e decorações da América do Sul.
Porém, desde então, acumula desavenças entre os acionistas. De um lado, a família francesa Dubrule, fundadora da Tok&Stok há mais de 50 anos. Do outro, os três jovens fundadores da Mobly, que surgiu em 2011.
Os Dubrule venderam o controle da empresa em 2012 para o fundo de private equity americano Carlyle, absorvido pela gestora brasileira SPX em 2021. A Mobly, que fez seu IPO em 2021, comprou o controle da SPX em 2024.
Desde então, a família francesa luta para readquirir o controle da companhia. Ela entrou com um pedido de oferta pública de aquisição (OPA), pela metade do preço da ação MBLY3, à época. Como moeda de troca, os fundadores prometeram injetar até R$ 100 milhões na empresa caso a OPA fosse aprovada.
A Mobly acusou a família de conluio com a empresa alemã dona de 42% da empresa e de "crime contra o mercado", a Justiça suspendeu a OPA, e a discussão envolveu até o cancelamento do plano de saúde de ex-conselheiros ligados à família fundadora, que já tinha drenado R$ 5,2 milhões do caixa da empresa.
Em agosto, a companhia perdeu um acionista de peso. A home24 vendeu 42,75% do total de papéis emitidos pela empresa. Com as operações, os executivos da companhia alemã, Philipp Christopher Steinhäuser e Marc Dominic Appelhoff, renunciaram aos cargos no conselho de administração do Grupo Toky.
Com a retirada da oferta de OPA, melhora de alavancagem e receitas maiores, a empresa busca mostrar que resolveu seus conflitos internos.
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