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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

DE VOLTA AO RADAR

CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA

O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda

Camille Lima
Camille Lima
18 de dezembro de 2025
16:08 - atualizado às 16:09
Empresário Nelson Tanure
O empresário Nelson Tanure - Imagem: Divulgação

A xerife do mercado de capitais resolveu desenterrar um capítulo que parecia encerrado há mais de dois anos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo sancionador para investigar a oferta pública de aquisição (OPA) da Alliança Saúde — antiga Alliar — realizada pelo empresário Nelson Tanure.  

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No foco da investigação estão o fundo Fonte de Saúde FIP Multiestratégia, administrado pela Trustee DTVM, de Tanure, e a MAM Asset Management, gestora pertencente ao grupo do Banco Master. 

A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Seu Dinheiro.  

O processo sancionador foi instaurado em 26 de novembro deste ano, mais de dois anos depois da conclusão da oferta que levou Tanure a comprar a participação dos acionistas minoritários da rede de laboratórios. 

Vale destacar que a ação vem na esteira de uma extensa investigação pela autarquia dessa operação, que já se estende desde 2022, segundo documento ao qual o Seu Dinheiro teve acesso. 

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O processo sancionador é usado para apurar e punir infrações às normas do mercado de capitais. Até então, as investigações não tinham o objetivo de aplicar penalidades. 

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O fundo FIP Fonte de Saúde, envolvido na investigação, tem 20,62% da companhia. O fundo Lormont Participações, com 46,19% da Alliança, também é controlado pelo empresário. Outros dois fundos têm participação na empresa de saúde: YVRAC FIP, com 10,86% e FIP Saúde Crédito, com 9,14%. 

A OPA de Nelson Tanure na Alliança Saúde (ex-Alliar) 

A reabertura do caso reacende uma trama que dominou as notícias do mercado financeiro entre 2022 e 2023.  

Em 2021, o empresário entrou na Alliança (na época, Alliar) com a compra de 25% da fatia que pertencia ao Pátria. A partir de então, Tanure foi gradualmente aumentando a fatia até chegar a uma participação de mais de 50% do capital, assumindo oficialmente o controle em abril de 2022. 

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Pelas regras da CVM, a troca de controle impõe a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) para permitir a saída dos acionistas minoritários nas mesmas condições negociadas com o controlador.  

Tanure tentou, por mais de um ano, evitar essa etapa — mas encontrou resistência dos minoritários e acabou não conseguindo escapar de uma OPA. Somente em agosto de 2023 veio a oferta: um desembolso de R$ 891 milhões que elevou a participação do empresário para 93,3% das ações da companhia.  

À época, o episódio parecia resolvido. Agora, porém, voltou ao radar do regulador. 

É tudo questão de timing 

Agora, o foco da área técnica da CVM não está no fato de a oferta ter sido ou não realizada, mas sim no tempo que ela levou para acontecer.  

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Segundo o processo, a autarquia quer apurar a responsabilidade do fundo Fonte de Saúde e da MAM Asset por terem realizado a OPA obrigatória “em prazo muito além daquele que é ordinariamente previsto” pela regulamentação.  

Naquele momento, a regra exigia que a oferta fosse protocolada em até 30 dias após a caracterização da alienação de controle — prazo que, na avaliação da CVM, não teria sido respeitado. 

Procurado pelo Seu Dinheiro, Tanure afirmou, por meio de nota, que “desconhece qualquer processo sancionador sobre esse tema” e acrescentou que a OPA “seguiu o curso natural previsto na legislação, foi aprovada pelos órgãos de controle e resultou na aquisição do controle da companhia”. 

Uma fonte próxima à gestora questiona o momento da abertura do processo da CVM. Vale lembrar que a MAM Asset pertence ao Banco Master, que foi liquidado pelo Banco Central em novembro e está no centro de investigações recentes.   

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No mercado, o momento da iniciativa do regulador também causou estranhamento. Uma fonte próxima à gestora questiona por que a CVM decidiu abrir o processo agora, em um momento em que todos os holofotes recaem sobre o Banco Master, ao qual a MAM Asset está ligada. Vale lembrar que o Master foi liquidado pelo Banco Central em novembro e hoje encontra-se no centro de investigações. 

“É um absurdo total. Foi feita a OPA, com 98% de sucesso, em quase um bilhão de reais. E a CVM abre um processo dois anos depois? Por que teria demorado tanto?”, disse a fonte à reportagem. 

Contudo, é importante lembrar que apenas o processo sancionador é tão recente. A investigação da CVM propriamente dita teve início em 2022. 

Segundo apuração da reportagem, os envolvidos já contrataram advogados para conduzir a defesa e, internamente, a avaliação é positiva. Os escritórios estariam “convencidos de que conseguirão derrubar esse processo”, diante do histórico da operação e das aprovações já concedidas à época. 

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