Com inadimplência sob controle, Bradesco (BBDC4) está pronto para colocar o pé no acelerador no consignado privado, revela CEO
De acordo com Marcelo Noronha, o banco se prepara para acelerar as concessões da modalidade, entrando com mais apetite no mercado
Enquanto alguns concorrentes se apressaram e até “queimaram a largada” na corrida pelo consignado privado, o Bradesco (BBDC4) começou com cautela, aguardando o momento certo para entrar com mais força no jogo. Agora, a estratégia começa a mostrar os frutos — e o banco se prepara para acelerar as concessões, revela o CEO Marcelo Noronha.
A cautela do Bradesco foi baseada nos receios em relação à complexidade da operação e à organização da escrituração.
A segunda parcela do consignado privado foi paga apenas no mês passado. Nesse cenário, o índice de inadimplência foi de mais de 16% para outros players, enquanto o do Bradesco chegaria a um terço dessa cifra, segundo Noronha.
Com a escrituração agora mais fluida, o banco se prepara para acelerar as concessões da modalidade, entrando com mais apetite no mercado.
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A estratégia do Bradesco (BBDC4) para o consignado privado
Na visão de Noronha, muitos dos concorrentes que entraram rapidamente no consignado privado assumiram um risco maior ao começar a operar antes de consolidar toda a organização necessária. Como resultado, diversos players agora enfrentam altos índices de inadimplência.
A título de referência, um dos bancos tradicionais que entraram com força no novo consignado privado foi o Banco do Brasil (BBAS3), que divulgará o balanço do segundo trimestre em 14 de agosto, após o fechamento dos mercados.
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Na leitura de Noronha, muitos rivais decidiram entrar na modalidade de crédito logo na primeira parcela da escrituração e hoje enfrentam uma inadimplência elevada por terem assumido um risco maior na entrada.
"Quem fez antes de ter a escrituração toda azeitada vai sofrer. O Bradesco não. Agora que estamos começando a rodar melhor, vamos aumentar nosso apetite. Aqui, vamos acelerar e ganhar mercado", afirmou Noronha em entrevista coletiva na sede do banco, em Osasco (SP), na Cidade de Deus.
A visão mais conservadora fica evidente na composição da participação de mercado do Bradesco no consignado, que ainda se concentra majoritariamente no crédito público e no INSS, com pouca exposição ao setor privado.
"Uma coisa é fazer consignado do INSS e do poder público; outra coisa é fazer consignado privado. Nesse caso, eu assumo o risco da empresa e do trabalhador que pode não estar trabalhando amanhã. É diferente", explicou Noronha.
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Até então, o Bradesco operava o consignado privado de forma restrita, atendendo apenas empresas com as quais já mantinha relacionamento e empregando políticas mais rígidas, como a exigência de pelo menos um ano de vínculo empregatício.
Agora, com uma postura mais agressiva, o banco planeja expandir sua atuação para trabalhadores de empresas privadas, com o objetivo de conquistar uma fatia maior do mercado de consignados.
De acordo com o CEO, a taxa de juros do banco para o consignado privado não é fixa devido à grande diferença de risco de crédito entre os clientes e empresas. "No Bradesco, a taxa é sob medida. Sempre defendemos que não houvesse tabelamento. Porque se você fizer isso, vai inibir os participantes do mercado.”
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