JHSF (JHSF3) faz venda histórica a um FII próprio, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões e outras operações que movimentam os fundos imobiliários hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Então é (quase) Natal. Há quem já tenha dado o ano como encerrado e está apenas esperando o Papai Noel chegar com os presentes. Mas, para os investidores de fundos imobiliários, a reta final de 2025 segue agitadíssima.
Nesta quinta-feira (11), os presentes embaixo da árvore vieram de cinco FIIs diferentes, que agitam o mercado com operações de peso. A JHSF (JHSF3) passou pela chaminé chamando a atenção ao anunciar a venda de R$ 5,235 bilhões em imóveis para o fundo JHSF Capital Desenvolvimento.
Segundo a empresa, a transação envolve a maior oferta pública inicial (IPO) de cotas de um fundo da história do mercado de capitais brasileiro.
Já a Iguatemi (IGTI3) agitou os mercados com a venda de participações minoritárias em quatro shopping centers do portfólio da empresa ao XP Malls (XPML11). O valor total da operação foi de R$ 372 milhões, segundo comunicado.
Mantendo a tradição de ser um dos fundos mais famintos do ano, o TRX Real Estate (TRXF11) não esperou a ceia e voltou a abocanhar novos imóveis. O FII anunciou a aquisição de cinco galpões logísticos por R$ 402,8 milhões.
Por fim, o fundo imobiliário V2 Prime Properties (VPPR11) não quis ficar de fora da festa e comunicou ao mercado que vai ganhar três novos inquilinos. De acordo com o documento, o FII assinou dois contratos de locação no edifício Evolution e um no Itower, todos localizados em Baurueri (SP).
Leia Também
Confira os detalhes de cada operação:
A venda de mais de R$ 5 bilhões da JHSF para FII
A JHSF anunciou que concluiu a estruturação da venda de estoques, lotes e produtos por R$ 5,24 bilhões, por meio de fato relevante divulgado na noite de ontem (10).
Segundo informações do Estadão, a operação envolvia um pacote de 496 lotes, casas e apartamentos. Caso o número seja confirmado, essa seria uma das maiores vendas de imóveis residenciais de uma só vez na história do mercado imobiliário brasileiro.
Já em comunicado desta quarta-feira, a companhia informou que a transação superou a estimativa inicial de R$ 4,6 bilhões porque decidiu incluir imóveis adicionais, que antes seriam destinados ao negócio de renda recorrente. Em setembro, a empresa já havia mostrado interesse na venda dos ativos com o objetivo de separar as divisões dos negócios da JHSF.
O comprador dos ativos foi o novo fundo imobiliário JHSF Capital Desenvolvimento, gerido pela JHSF Capital e administrado pela XP Investimentos. Os recursos do FII foram garantidos por Bradesco, Itaú e XP Investimentos.
A JHSF será cotista subordinada do fundo, detendo 24,9%, como forma de comprometimento com o futuro dos imóveis. Já as cotas restantes serão dos cotistas seniores do FII.
O pagamento pela venda será dividido em duas parcelas: R$ 3,49 bilhões na liquidação, marcada para 15 de dezembro de 2025, e R$ 1,74 bilhão em dezembro de 2026.
O FII nasce como condomínio fechado, com prazo de 10 anos, e terá como foco ativos ligados aos seguintes empreendimentos:
- Boa Vista Village, em Porto Feliz (SP);
- Boa Vista Estates, em Porto Feliz (SP);
- Reserva Cidade Jardim, na Cidade Jardim (SP);
- São Paulo Surf Club Residences, na Cidade Jardim (SP);
- Fazenda Santa Helena, Bragança Paulista (SP);
A conclusão da operação fortalece a empresa, já que, com a captação, a gestora JHSF Capital praticamente dobra de tamanho, passando a administrar mais de R$ 10 bilhões em ativos.
Além disso, a JHSF ainda permanecerá com um estoque de terrenos (landbank) que possuem um valor geral de vendas (VGV) de R$ 30 bilhões.
A JHSF classificou a transação como “transformacional”, destacando que a nova estrutura melhora a eficiência entre os negócios de incorporação e renda recorrente, reforça a posição de capital da companhia e destrava valor de projetos futuros.
XP Malls enchendo o carrinho: a transação com o Iguatemi e o BBIG11
A Iguatemi (IGTI3) anunciou a venda de participações minoritárias em quatro shopping centers do portfólio ao XP Malls (XPML11) por R$ 372 milhões, segundo comunicado.
A operação inclui a 9% do Iguatemi Alphaville (SP), 23,96% no Iguatemi Ribeirão Preto (SP), 18% no Iguatemi São José do Rio Preto (SP) e 7% no Praia de Belas (RS).
O valor total da transação corresponde a um cap rate (taxa de capitalização) médio de 8%. O pagamento será feito em três parcelas, sendo R$260,4 milhões à vista, R$37,2 milhões no primeiro aniversário do fechamento corrigido pela variação do CDI e R$74,4 milhões no segundo aniversário, também contando com correção.
Mas o XPML11 não parou por aí e decidiu abocanhar um outro shopping de peso em São Paulo. O fundo anunciou a compra da participação de 9% detida pelo fundo BB Premium Malls (BBIG11) no Pátio Higienópolis.
Segundo o documento enviado ao mercado, a operação foi no valor de R$ 236,7 milhões. O pagamento será quitado de duas formas: a primeira parcela de R$ 177, 5 milhões será paga à vista na data fechamento, e o saldo remanescente será quitado por meio da compensação de créditos na subscrição do BBIG11 na futura emissão de cotas do XP Malls.
FII TRXF11 com mais cinco galpões no portfólio
O TRXF11 voltou a encher o trenó e anunciou a compra de cinco galpões logísticos por R$ 402,8 milhões. Esta é a quarta aquisição do FII só em dezembro.
Os galpões estão nas cidades de Guarulhos (SP), Cabreúva (SP), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Com o negócio, o fundo adicionou uma área bruta locável (ABL) de 107,1 mil metros quadrados, segundo o documento divulgado ao mercado na noite de quarta-feira (10).
Segundo o TRXF11, os imóveis estão ocupados, com contratos na modalidade típica, possuindo prazo médio de vigência de aproximadamente cinco anos.
Com a aquisição, o portfólio total do FII passa a ter 110 imóveis, distribuídos em 1,2 milhão de metros quadrados de ABL e 2,46 milhões de metros quadrados de terrenos.
Além disso, nesta manhã, o TRXF11 anunciou a conclusão da compra de 14 agências bancárias da Caixa e do Santander Brasil por R$ 140 milhões. A operação havia sido anunciada no final de novembro, quando o FII também abocanhou 100% do shopping ViaBrasil Pampulha e 50% do ViaShopping Barreiro, ambos em Minas Gerais, num investimento total de R$ 257,7 milhões.
VPPR11 na rota da redução da vacância
Já a gestora do fundo imobiliário V2 Prime Properties (VPPR11) quer entrar na lista dos bonzinhos do Papai Noel e está levando o compromisso de zerar a vacância à sério.
Após conseguir dois novos inquilinos em abril, a gestora vai fechar o ano com outros três locatários. Segundo documento enviado ao mercado, o FII fechou um contrato de locação com uma empresa do setor financeiro para ocupar todo o 20º do condomínio Evolution, na cidade de Barueri (SP).
Segundo o documento, o espaço possui 1.734,34 metros quadrados, enquanto o aluguel mensal será de R$ 104 mil, o que representa aproximadamente R$ 60 por metro quadrado.
Além disso, o fundo também vai ganhar um novo inquilino no 12º andar do mesmo prédio. O VPPR11 celebrou um contrato de locação com uma empresa do setor de treinamentos para a sala 1204, que possui aproximadamente 436,02 metros quadrados.
Segundo a gestora, o contrato tem duração de três anos, com valor mensal de R$ 21,8 mil, representando aproximadamente R$ 50 por metro quadrado.
Para fechar o ano com chave de ouro, o FII fechou um acordo de locação com uma empresa do setor de facilities para ocupar a sala 1601, do 16º andar do condomínio Itower, também localizado em Baurueri (SP).
O ativo possui aproximadamente 379,80 metros quadrados, enquanto o valor mensal será de R$ 23 mil, aproximadamente R$ 60 por metro quadrado.
Com as locações, a ocupação física do Edifício Evolution aumenta de 54,3% para 60,7%. Já a ocupação do Edifício Itower aumenta de 94,12% para 96,08%.
Além disso, a vacância total do VPPR11 também será reduzida, passando de 31,15% para 26,33%.
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período