Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Se a bruxa está solta nesta sexta-feira (31) de Halloween certamente não é na bolsa brasileira. Pelo quinto pregão seguido, o Ibovespa terminou em recorde — e dessa vez acima dos 149 mil pontos: +0,51%, aos 149.540,43 pontos, o que levou a um ganho acumulado de 2,26% em outubro e de 2,30% na semana.
Os sucessivos recordes do Ibovespa nesta semana levaram algumas casas a prever que o índice vai fechar o ano cruzando a linha dos 150 mil pontos — em relatório recente, o JPMorgan projetou 155 mil pontos, já a Santander Corretora estima 160 mil pontos.
O motor da alta desta semana foi, em especial, o ambiente positivo que cercou o acordo entre a China e os EUA, que acabou sendo fechado na quinta-feira (30).
- LEIA TAMBÉM: Conheça as análises da research mais premiada da América Latina: veja como acessar os relatórios do BTG Pactual gratuitamente com a cortesia do Seu Dinheiro
O entendimento incluiu a redução imediata das tarifas sobre produtos chineses de 57% para 47%, enquanto Pequim concordou em continuar o fluxo de terras raras, minerais críticos e ímãs "de forma aberta e livre".
A expectativa de alívio no tarifaço dos EUA ao Brasil também ajudou, além da volta do apetite por risco e do resultado trimestral de algumas das principais empresas da bolsa.
Mas ainda vale o alerta: o Ibovespa em 150 mil pontos ou mais depende de um conjunto de fatores, em especial, o ciclo de corte de juros — nos EUA e aqui.
Leia Também
Nesta semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortou pela segunda vez no ano a taxa por lá, colocando-a na faixa entre 3,75% e 4,00% ao ano.
O sinal de Jerome Powell depois da reunião não caiu muito bem para o mercado: o presidente do Fed disse que novas reduções dos juros não estavam garantidas daqui para frente — o que ajudou a derrubar as bolsas de Nova York na ocasião.
De qualquer forma, a decisão do Fed de cortar os juros nesta semana pode ajudar o Banco Central brasileiro a mudar de tom e abrir espaço para uma nova rodada de reduções na Selic.
É dado como certo pelo mercado que o Copom vai anunciar na próxima semana a manutenção da taxa em 15%, em um comunicado que deve jogar um balde de água fria nas apostas de redução dos juros ainda neste ano.
A temporada de balanços do terceiro trimestre, que vai até o dia 15 de novembro, também pode dar mais impulso para a bolsa, à medida que os números positivos sobre a saúde financeira das empresas são divulgados.
A Vale (VALE3), por exemplo, encerrou a sessão de hoje com alta de 2,27%, cotada a R$ 65,26, ajudando nos ganhos do Ibovespa depois de apresentar os resultados financeiros no dia anterior. Você pode conferir aqui todos os detalhes do desempenho da mineradora no período.
Gostosuras ou travessuras: Ibovespa sobe, dólar cai
O dólar à vista por aqui foi na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana majoritariamente se valorizou nesta sexta-feira (31). A divisa fechou com leve queda de 0,02%, cotada a R$ 5,3803.
Mesmo com uma queda de 0,23% na semana, o dólar terminou outubro com ganhos de 1,08%, após recuo de 1,83% em setembro. No ano, a moeda norte-americana acumula perda de 12,94% em relação ao real, que apresenta o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas em 2025.
O economista sênior do Inter, André Valério, lembra que o real se fortaleceu no início da semana, com um cenário externo favorável para ativos de risco e com menor tensão comercial.
- VEJA TAMBÉM: BANCO CENTRAL sob PRESSÃO: hora de baixar o tom ou manter a SELIC nas alturas? - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
E as bolsas em Nova York?
Os bons resultados trimestrais devolveram o ânimo aos investidores lá fora, ajudando as bolsas de Nova York a encerrarem a sessão desta sexta-feira em alta.
O Dow Jones subiu 0,09%, aos 47.562,87 pontos, com ganho de 0,7% na semana. Já o S&P 500 avançou 0,26%, aos 6.840,20 pontos, com ganho semanal de 0,71%, e o Nasdaq teve alta de 0,61%, aos 23.724,96 pontos, registrando 2,2% de ganhos na semana. Os índices avançaram 2,51%, 2,27% e 4,70% no mês, respectivamente.
O destaque da sessão foi o Nasdaq, cujo desempenho foi puxado principalmente pela Amazon, que saltou de 9,58% após divulgar resultados acima do esperado. A Apple, que também trouxe dados que superaram as projeções, registrou queda de 0,38%.
Depois de alcançar US$ 5 trilhões em valor de mercado nesta semana, a Nvidia registrou caiu 0,20% hoje na esteira de acordos com a Samsung, Hyundai e outras grandes empresas da Coreia do Sul.
Na Europa, a maioria das principais bolsas terminou o dia em queda, com os investidores reagindo aos dados de inflação e aos balanços das empresas na região. Na Ásia, as bolsas também fecharam em baixa em sua maioria, com exceção do Japão, que atingiu recorde embalado pelos acordos comerciais entre EUA e China.
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros