Hora de pular fora de Braskem (BRKM5)? BTG corta preço-alvo das ações — e nem potencial troca de controle é suficiente para empolgar
A tese de investimento do banco para Braskem é que os spreads petroquímicos estão ruins e há poucos catalisadores no horizonte para as ações BRKM5 hoje

Está na hora de vender as ações da Braskem (BRKM5)? Para o BTG Pactual, o espaço para valorização dos papéis na bolsa brasileira é limitado — e cautela deveria ser a palavra-chave neste momento.
A tese de investimento do banco para Braskem continua relativamente simples: os spreads petroquímicos (a diferença entre o preço de venda da resina e o custo da matéria-prima) estão ruins — e há poucos catalisadores no horizonte para as ações hoje.
“Até que vejamos uma virada mais definitiva nos spreads globais, que, por enquanto, ainda parece improvável, mantemos uma visão cautelosa sobre a empresa”, escreveram os analistas.
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Na visão do BTG, o maior gatilho para uma potencial de valorização para a Braskem viria de um cenário de mudança de controle, que acionaria os direitos de tag along para os acionistas minoritários.
No entanto, a transação ainda é incerta, e não há garantias de que, se ocorrer, o tag along será disparado.
“Na ausência disso, vemos espaço limitado para uma reavaliação (re-rating) prolongada”, dizem os analistas.
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Por conta dessa incerteza, o BTG revisou sua projeção para as ações da Braskem. O banco decidiu cortar o preço-alvo de R$ 14 para R$ 13 nos próximos 12 meses.
Apesar da redução, a cifra ainda representa uma valorização potencial de 25% frente ao fechamento anterior.
Braskem (BRKM5) e as tendências fracas de spreads petroquímicos
O BTG segue cauteloso em relação aos resultados da Braskem (BRKM5), diante dos spreads comprimidos dos petroquímicos.
“A Braskem permanece estruturalmente menos competitiva, com suas operações principais no Brasil ainda dependentes de nafta de alto custo”, disse o BTG.
Embora acreditem que a empresa deva continuar gerando caixa positivo, os analistas destacam que a flexibilidade financeira da Braskem permanece restrita pelos spreads petroquímicos fracos e a exposição a insumos de alto custo.
Apesar das projeções de normalização dos spreads nos próximos dois a três anos, o banco destaca que o tempo e a intensidade dessa recuperação são incertos.
Até lá, a geração de caixa da Braskem provavelmente continuará limitada.
Nos níveis atuais, o BTG avalia que a Braskem negocia a um múltiplo de 8,5 vezes o valor de firma sobre o Ebitda estimado para 2025.
Esse patamar de valuation é considerado caro pelos analistas, dado o risco de novas revisões para baixo nos lucros no próximo ano.
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Troca de controle na Braskem (BRKM5)
Para o BTG Pactual, há pouco tempo, notícias sobre a saga de controle da Braskem (BRKM5) eram vistas como um possível motor de valorização para as ações BRKM5.
Afinal, a expectativa era de que uma mudança de controle poderia acionar a cláusula de poison pill do estatuto da Braskem e permitir que os investidores saíssem com um prêmio.
No entanto, os desenvolvimentos recentes apontam para um caminho diferente: os bancos credores estão avançando nas negociações com a Petrobras para implementar uma estrutura de controle compartilhado via fundos, incluindo a seleção conjunta de CEO.
Enquanto isso, a proposta de Nelson Tanure, que aparentemente não inclui direitos de tag-along, ainda não foi formalmente apresentada aos bancos.
“Embora o debate sobre governança evolua, a probabilidade de um evento que desbloqueie valor para os minoritários parece menor do que o esperado inicialmente”, prevê o BTG.
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Há um potencial upside fora do radar
Na leitura dos analistas, o potencial upside regulatório, a partir de medidas comerciais e fiscais em discussão no Brasil, continua sendo um tema negligenciado pelo mercado.
Do lado comercial, as autoridades estão avaliando tarifas antidumping sobre produtos como PVC. Nas contas do BTG, até um aumento modesto de 1 ponto percentual nos impostos de importação poderia gerar cerca de US$10 milhões em Ebitda para a Braskem.
Além disso, a extensão do incentivo Reiq (Regime Especial da Indústria Química) está sendo debatida na Câmara dos Deputados. Se estabelecido a uma taxa efetiva média de cerca de 3,65%, poderia contribuir com mais US$ 200 milhões em Ebitda anual, segundo os analistas.
“Embora nenhuma dessas medidas seja garantida, e não esperamos que o mercado coloque-as nos preços até que mais clareza surja, o potencial combinado representa um upside significativo para nossas estimativas”, disse o BTG.
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