Fiscal frouxo? Os gastos do governo fora do Orçamento não preocupam André Esteves, do BTG — e aqui está o porquê
Para o banqueiro, um dos problemas é que a política fiscal brasileira se mostra extremamente frouxa hoje, enquanto a monetária está “muito apertada”

Há meses, o mercado discute sobre os impactos das políticas parafiscais na atual gestão do Brasil. Mas para André Esteves, presidente do conselho e sócio do BTG Pactual, os gastos públicos fora do Orçamento não são motivo de preocupação.
“Por enquanto, o parafiscal não preocupa porque ele é muito pequeno. Se pensar em como era há 10 anos, tínhamos muito menos governança sobre essas políticas. Em algum momento, chegamos a ter R$ 600 bilhões de dívida subordinada do Tesouro em bancos públicos, com tarifas congeladas e as duas maiores estatais do país em situação financeira periclitante. Não estamos nem perto disso agora”, avaliou Esteves, durante a CEO Conference 2025, evento promovido pelo BTG.
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Na avaliação do economista, um dos fatores que sustentam a visão mais construtiva é que “a economia se privatizou” e que a governança de diversas entidades também melhorou nos últimos anos.
“Não estou vendo nada, do ponto de vista parafiscal, que me preocupe”, destacou o sócio do BTG.
A visão de André Esteves sobre o fiscal e os juros
Em relação às políticas implementadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, André Esteves vê as escolhas como parte intrínseca de qualquer mandato democrático.
“Faz parte do ‘governar’ escolher entre ter políticas como o Vale Gás e ter que abrir mão de outras coisas. Isso é uma escolha de qualquer governo democraticamente eleito.”
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No entanto, o economista reconhece que programas que operam fora do Orçamento formal, como o Vale Gás, podem afetar a credibilidade das contas públicas ao alterar as expectativas do mercado.
Ainda assim, ele argumenta que essas ações parafiscais têm um impacto financeiro limitado e que esse tipo de iniciativa é “imaterial do ponto de vista financeiro”.
Para o banqueiro, a economia brasileira começou a sinalizar um desaquecimento que deve conter o excesso de pressão inflacionária.
Questionado sobre um eventual temor de que a política monetária não estivesse mais sendo capaz de conter a inflação, Esteves afirma que “o que mais preocupa é uma combinação de políticas que poderiam ser muito mais otimizadas”.
“Não estamos vivenciando uma história de inflação divergente, em que os mercados precificam 5% em vez de 3%, depois 6%, depois 8%, depois 10%, depois 15%. Isso não está acontecendo nos preços. Temos uma inflação entre 5% e 6% meio que precificada para a perpetuidade, o que obviamente é um desafio para o Banco Central, que está agindo tecnicamente e realizando um ciclo agressivo de juros”, afirmou.
A questão é que a política fiscal brasileira se mostra extremamente frouxa hoje, enquanto a monetária está apertada, com a taxa básica de juros (Selic) na casa dos 13,25% ao ano e com a expectativa de subir ainda mais nos próximos meses.
“É como se você estivesse dirigindo um carro com um pé no freio e outro no acelerador. O mais razoável hoje seria uma combinação em que não se elevasse tanto os juros e se apertasse o fiscal. Essa seria a combinação economicamente mais otimizada, mas, por algum motivo, não é o que estamos fazendo.”
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