CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa
A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo

Dólar a R$ 5,50, alívio na curva de juros e, sobretudo, a notícia de que o mundo não caminha para uma terceira guerra mundial. Foi nesse cenário mais ameno que a bolsa brasileira despertou nesta terça-feira (25), embalando uma retomada do apetite ao risco e levando as ações da CVC (CVCB3) ao pódio das maiores altas do Ibovespa do dia.
Em meio ao cessar-fogo entre Irã e Israel e à sinalização do Banco Central sobre o fim do ciclo de alta da Selic, os papéis da companhia de turismo fecharam a sessão em alta de 4,80%, negociados a R$ 2,40. Na máxima do dia, o papel chegou a R$ 2,52, em alta de 10,04%.
Com o desempenho, a CVC passou a registrar valorização de 6,6% nos últimos 30 dias. No acumulado do ano, os papéis já sobem 72%.
- LEIA MAIS: Hora de ajustar a rota – evento “Onde investir no 2º semestre” vai reunir gigantes do mercado financeiro para revelar oportunidades de investimento
O que impulsiona a alta da CVC hoje
O bom humor com as ações CVCB3 está ligado, em parte, à desvalorização do dólar frente ao real, acompanhando o mercado de câmbio externo, com a recuperação do apetite ao risco dos investidores após o cessar-fogo entre Irã e Israel.
Além disso, o recuo nas taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto e médio prazo — reflexo direto da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) — traz fôlego adicional.
No documento, os diretores do Banco Central indicaram que o ciclo de aperto monetário foi “particularmente rápido e bastante firme”, sinalizando que os efeitos da taxa contracionista ainda estão por vir e indicando o fim das altas da Selic. Na última reunião, o Copom elevou os juros para 15% ao ano.
Leia Também
Segundo Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú, a ênfase na manutenção da política monetária em terreno restritivo por “um período bastante prolongado” sugere que o BC pode esperar várias reuniões antes de começar a reduzir os juros.
“Em episódios recentes (2015 e 2022), quando a redação era ‘período suficientemente longo’, o BC ficou em pausa por nove e sete reuniões, respectivamente”, lembrou Mesquita.
A projeção do Itaú é de que a Selic permaneça em 15% ao ano até o final de 2025, com o primeiro corte de juros acontecendo apenas em 2026.
- VEJA MAIS: Você pode receber um 'cardápio' semanal de títulos que podem render acima da Selic em 15%, disponibilizado como cortesia pelo Seu Dinheiro
Turismo com vento a favor
Na prática, um dólar mais baixo e uma taxa de juros estável por mais tempo favorecem o consumo das famílias — o que pode impulsionar a demanda por pacotes turísticos e reservas de hospedagem, especialmente para o exterior. Esse é um dos principais gatilhos que reforçam a valorização das ações da CVC nesta sessão.
Outro fator que turbina os papéis da companhia é a elevação de recomendação por parte do banco Barclays, que revisou a classificação da ação de “equal weight” (neutro) para “overweight”, equivalente à compra.
A nova visão da instituição sinaliza maior otimismo com o setor — e, por tabela, com o desempenho futuro da CVC.
*Com informações do Money Times
O excepcionalismo americano não morreu e três gestores dão as razões para investir na bolsa dos EUA agora
Nicholas McCarthy, do Itaú; Daniel Haddad, da Avenue; e Meera Pandit, do JP Morgan, indicam os caminhos para uma carteira de investimentos equilibrada em um momento de incertezas provocadas pelas tarifas de Trump, guerras na Europa e o DeepSeek da China
IRDM11 vai sair da bolsa? Fundo imobiliário quer incorporar Iridium Recebíveis ao portfólio
O FII possui exposição a títulos do mercado imobiliário que deram dor de cabeça para os investidores nos últimos anos
Ibovespa reverte perda e sobe na esteira da recuperação em Nova York; entenda o que levou as bolsas do inferno ao céu
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 5,5619, afastando-se das máximas alcançadas ao longo da sessão
BB Renda Corporativa (BBRC11) renova contratos de locação com o Banco do Brasil (BBAS3); entenda o impacto
O fundo imobiliário também enfrentou oscilações na receita durante o primeiro semestre de 2025 devido a mudanças nos contratos de locação
Fuga do investidor estrangeiro? Não para a sócia da Armor Capital. Mesmo com Trump, ainda tem muito espaço para gringo comprar bolsa brasileira
Para Paula Moreno, sócia e co-diretora de investimentos da Armor Capital, as tensões comerciais com os EUA criam uma oportunidade para o estrangeiro aumentar a aposta no Brasil
Quão ruim pode ser o balanço do Banco do Brasil (BBAS3)? O JP Morgan já traçou as apostas para o 2T25
Na visão dos analistas, o BB pode colher ainda mais provisões no resultado devido a empréstimos problemáticos no agronegócio. Saiba o que esperar do resultado
Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?
Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções
Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset
Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda
Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset
Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo
FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação
Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto
As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira
O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço
Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs
Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais
Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581
Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas
O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país
Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios