Com ‘mundaréu’ de dinheiro gringo chegando à bolsa brasileira, Ibovespa aos 140 mil é só o começo, afirma gestor da Bradesco Asset
Na avaliação de Rodrigo Santoro Geraldes, head de equities na gestora, o cenário virou completamente para a bolsa brasileira — e nem mesmo a falta de corte de juros deve atrapalhar a valorização das ações locais em 2025

Os investidores não devem assistir à tão sonhada queda dos juros ainda em 2025, muito menos ver as preocupações com o fiscal se dissiparem ao longo dos próximos meses. Mas, para a Bradesco Asset, nada disso é motivo para abandonar o otimismo com a bolsa brasileira.
Na avaliação de Rodrigo Santoro Geraldes, head de equities na gestora, que hoje administra mais de R$ 940 bilhões em ativos, o cenário virou completamente para a bolsa brasileira desde o ano passado — e nem mesmo a falta de corte na Selic deve atrapalhar a valorização das ações locais.
- SAIBA MAIS: Onde investir para buscar ‘combo’ de dividendos + valorização? Estes 11 ativos (ações, FIIs e FI-Infras) podem gerar renda passiva atrativa
Tanto é que o Ibovespa consecutivamente bateu suas máximas históricas nas últimas semanas, acumulando valorização superior a 14% desde o início do ano.
Para o gestor, porém, os 140 mil pontos recém atingidos são “fichinha”: a bolsa brasileira está mais do que preparada para renovar os recordes conquistados neste ano.
“Ainda vemos espaço para a bolsa continuar subindo. Seguimos bastante otimistas, porque os valuations estão bastante atrativos e a alocação dos investidores em renda variável continua bem baixa, então é uma mola bastante comprimida. Temos visto um carrego muito positivo para a bolsa. É como se a gente estivesse sendo pago para esperar”, afirmou Santoro, em entrevista ao Seu Dinheiro.
Leia Também
Por trás da visão otimista da Bradesco Asset para a bolsa brasileira
Até então, o excepcionalismo do mercado norte-americano vinha tornando os Estados Unidos o grande aspirador de pó de dinheiro do mundo, drenando o fluxo de investimentos de mercados emergentes.
Mas, agora, dadas as incertezas em torno do ritmo da atividade econômica por lá e as perspectivas de dólar mais fraco, emergentes como o Brasil voltaram a brilhar aos olhos dos investidores estrangeiros.
“O cenário externo está mais favorável para a bolsa brasileira neste ano, porque qualquer pequena mudança no portfólio dos gringos em alocação para mercados emergentes representa um mundaréu de dinheiro para o Brasil”, afirmou Santoro.
No panorama doméstico, segundo ele, três fatores se sobrepõem: uma maior proximidade do fim do aperto monetário, empresas com valuations descontados entregando bons resultados, e a possibilidade de uma mudança de governo nas eleições de 2026.
- E MAIS: Alta nas projeções para o IPCA em 2025 abre oportunidades para o investidor buscar retornos reais de 8,36% ao ano; confira recomendações
Banco Central não deve cortar juros em 2025, diz gestor
Apesar da visão “bastante otimista” para a bolsa brasileira, a avaliação do gestor da Bradesco Asset é que Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, não deve começar a dilacerar os juros ainda neste ano.
Pelo contrário: Santoro acredita que até novos aumentos possam estar na mesa, aliás.
“Acreditamos que esse patamar de juros elevado deve permanecer por um período mais longo. Não esperamos cortes de juros ainda neste ano e existe, sim, o risco de novas elevações. A probabilidade tem aumentado, apesar de não ser o nosso cenário base”, disse Santoro.
Diante de uma atividade econômica ainda resiliente — vide o PIBão do Brasil no primeiro trimestre — e de estímulos fiscais que se contrapõem à política monetária, o espaço para quedas da Selic parece cada vez mais apertado.
“A brincadeira que gosto de fazer é que o Banco Central está ligando o ar condicionado para esfriar a economia e o governo está abrindo a janela. A gente sabe que a conta não vai ficar barata”, acrescentou.
Hoje, a Bradesco Asset aposta em uma queda de juros somente em junho de 2026, com a Selic encerrando o ano que vem na casa de 13% ao ano.
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora
BARI11 se despede dos cotistas ao anunciar alienação de todos os ativos — mas não é o único FII em vias de ser liquidado
O processo de liquidação do BARI11 faz parte da estratégia da gestora Patria Investimentos, que busca consolidar os FIIs presentes na carteira
GGRC11 quer voltar a encher o carrinho: FII negocia aquisição de ativos do Bluemacaw Logística, e cotas reagem
A operação está avaliada em R$ 125 milhões, e o pagamento será quitado por meio de compensação de créditos
Onde investir em setembro: Cosan (CSAN3), Petrobras (PETR4) e mais opções em ações, dividendos, FIIs e criptomoedas
Em novo episódio da série, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho nos mercados interno e externo na esteira das máximas do mês passado
Abre-te, sésamo! Mercado deve ver retorno de IPOs nos EUA com tarifas de Trump colocadas para escanteio
Esse movimento acontece quando o mercado de ações norte-americano oscila perto de máximas históricas, apoiando novas emissões e desafiando os ventos políticos e econômicos contrários
Quando nem o Oráculo acerta: Warren Buffett admite frustração com a separação da Kraft Heinz e ações desabam 6% em Nova York
A divisão da Kraft Heinz marca o fim de uma fusão bilionária que não deu certo — e até Warren Buffett admite que o negócio ficou indigesto para os acionistas
Ibovespa cai com julgamento de Bolsonaro e PIB; Banco do Brasil (BBAS3) sofre e dólar avança
O Ibovespa encerrou o pregão com queda de 0,67%, aos 140.335,16 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou as negociações a R$ 5,4748, com alta de 0,64%
Petrobras (PETR4), Bradesco (BBDC4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP em setembro; confira
Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) distribuem dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas em setembro
Agora seria um bom momento para a Rede D’Or (RDOR3) comprar o Fleury (FLRY3), avalia BTG; banco vê chance mais alta de negócio sair
Analistas consideram que diferença entre os valuations das duas empresas tornou o negócio ainda mais atrativo; Fleury estaria agora em bom momento de entrada para a Rede D’Or efetuar a aquisição
As três ações do setor de combustíveis que podem se beneficiar da Operação Carbono Oculto, segundo o BTG
Para os analistas, esse trio de ações na bolsa brasileira pode se beneficiar dos desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o PCC; entenda a tese
XP Malls (XPML11) vende participação em nove shoppings por R$ 1,6 bilhão, e quem sai ganhando é o investidor; cotas sobem forte
A operação permite que o FII siga honrando com as contas à pagar, já que, em dezembro deste ano, terá que quitar R$ 780 milhões em obrigações
Mercado Livre (MELI34) nas alturas: o que fez os analistas deste bancão elevarem o preço-alvo para as ações do gigante do e-commerce
Os analistas agora projetam um preço-alvo de US$ 3.200 para as ações do Meli ao final de 2026; entenda a revisão
As maiores altas e quedas do Ibovespa em agosto: temporada de balanços 2T25 dita o desempenho das ações
Não houve avanços ou recuos na bolsa brasileira puxados por setores específicos, em um mês em que os olhos do mercado estavam sobre os resultados das empresas