🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

O ASTRO DO TESOURO DIRETO

Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%

Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
22 de novembro de 2024
7:07 - atualizado às 18:07
Tesouro IPCA+ imbatível no longo prazo
Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo, superando a Selic, diz Inter. Imagem: ChatGPT/Seu Dinheiro

Com retornos que beiram os 7% ao ano acima da inflação oficial até o vencimento, os títulos públicos indexados à inflação, vendidos no Tesouro Direto como Tesouro IPCA+, são uma boa pedida para investir agora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, no curto prazo, esses títulos de renda fixa são altamente voláteis, pois quando suas taxas avançam, movidas pelas perspectivas do mercado de alta para a taxa básica de juros, seus preços caem – e muitas vezes o tombo é forte.

Trata-se do fenômeno da marcação a mercado, no qual, a cada dia, o preço dos títulos públicos (e outros ativos de renda fixa) é atualizado a preço de mercado, de acordo com as perspectivas para os juros no futuro, o que aumenta ou reduz sua remuneração no vencimento.

Isso porque, embora a rentabilidade contratada na compra seja garantida até o vencimento, caso o investidor deseje vender seu título antes do fim do prazo, ele deverá fazê-lo a preço de mercado, incorrendo em um ganho ou uma perda, a depender dos preços de compra e de venda do papel

Neste ano, por exemplo, os títulos Tesouro IPCA+ de prazos mais longos acumulam perdas de mais de 5%, algo que o investidor de renda fixa normalmente não espera ver em sua carteira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O motivo é o avanço dos juros futuros (as projeções do mercado para os juros) com a volta das pressões inflacionárias, devido à alta do dólar e ao crescimento econômico robusto, mas também com os temores em relação às contas públicas.

Leia Também

Volátil no curto prazo, mas imbatível no longo prazo

Mas, apesar da alta volatilidade no curto prazo, que pode levar o investidor a perdas caso precise se desfazer do seu título antes do vencimento, o Tesouro IPCA+ é imbatível como investimento de longo prazo, afirma o analista de renda fixa do banco Inter, Rafael Winalda, em relatório publicado neste mês.

Winalda destaca que, no curto prazo, os títulos Tesouro IPCA+, sobretudo os de prazo mais longo e mais voláteis, de fato estão perdendo da taxa básica de juros, a Selic.

Ele compara a variação em 12 meses do índice IMA-B, que mede o desempenho de uma cesta de títulos Tesouro IPCA+ de múltiplos vencimentos, e do IMA-B5+, que faz o mesmo para títulos com vencimentos de mais de cinco anos, com a alta da Selic, que baliza o desempenho de aplicações mais conservadoras, como o título público Tesouro Selic.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto a Selic subiu 9,3% no período, o IMA-B teve alta de apenas 1,2%, e o IMA-B5+ caiu 2,9%.

Winalda também demonstrou que, em janelas de 12 meses, o IMA-B ora supera a Selic, ora fica abaixo da taxa básica. Para ele, isso corrobora dois pontos: a necessidade de o investidor manter sua carteira de investimentos diversificada e a volatilidade do Tesouro IPCA+ no curto prazo.

No longo prazo, no entanto, o jogo se inverte, diz o analista. Analisando janelas de 60 meses (5 anos) e considerando um retorno de 7% ao ano + IPCA versus a variação da Selic, a rentabilidade indexada à inflação vence a taxa básica nos períodos mais longos desde 2011.

"Como a realidade da economia brasileira era bem diferente no início do século, passando por amplas reformas, diminuição da dívida, entre outros, a Selic superava os 20% ao ano, tornando-a bem mais atrativa do que muitos investimentos. Agora com outra dinâmica, mesmo com o patamar de juros atual, o IPCA+ tende a performar melhor em janela de horizonte maior", diz Winalda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já ao comparar o retorno do IMA-B com o da Selic de 2018 para cá, o analista constata que o índice de títulos públicos indexados à inflação venceu a taxa básica com folga, conforme mostra o gráfico:

"Devido ainda às altas taxas de inflação no Brasil e os prêmios de juros também elevados, o IMA-B acaba sendo uma opção muito rentável, principalmente alongando a janela", diz o relatório.

Tesouro IPCA+ emitido em 2004 rendeu quase o dobro do CDI

Por fim, Winalda analisou o desempenho em 20 anos do Tesouro IPCA+ emitido em 2004 e que venceu no último mês de agosto. O retorno acumulado do papel foi de 1.337%, ou cerca de 14% ao ano, quase o dobro dos 717% do CDI (taxa de juros que reflete a Selic) no período. Já a inflação foi de 315%.

"Ter aplicado em 2004 e só vendido no vencimento, 20 anos de aplicação, você teria multiplicado seu capital por 14 vezes", diz o analista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

A HORA É AGORA

Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord

21 de setembro de 2025 - 13:03

Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano

SIMULAÇÃO

Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora

18 de setembro de 2025 - 13:17

Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe

AGF DAY

Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3

18 de setembro de 2025 - 12:02

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência

VALE A PENA?

Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima

9 de setembro de 2025 - 17:16

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho

CARTEIRA RECOMENDADA

Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair

9 de setembro de 2025 - 12:45

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

VALE O RISCO?

CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC

8 de setembro de 2025 - 15:19

Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida

PRÊMIO PELO RISCO

Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI

5 de setembro de 2025 - 16:20

Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço

COMPRAR OU VENDER?

Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%

4 de setembro de 2025 - 14:39

A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores

VISÃO DO GESTOR

SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina

3 de setembro de 2025 - 17:30

Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito

RESILIENTES COM PRAZO

Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s

3 de setembro de 2025 - 14:22

Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela

RISCO SEM PRÊMIO?

Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?

22 de agosto de 2025 - 17:46

Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

21 de agosto de 2025 - 12:07

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

24/7

Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026

17 de agosto de 2025 - 15:55

Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores

BATALHA DA RENDA FIXA

Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?

13 de agosto de 2025 - 6:01

Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos

CARTEIRA RECOMENDADA

Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto

8 de agosto de 2025 - 15:00

BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras

DOIS ANOS

Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais

6 de agosto de 2025 - 14:29

Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores

GARANTA JÁ O SEU ISENTO

De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores 

23 de julho de 2025 - 16:58

A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas

adia, mas paga

De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas

19 de julho de 2025 - 14:15

Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar