🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

ONDE INVESTIR

Até 9% acima da inflação e isento de IR: onde investir para aproveitar as altas taxas de juros da renda fixa em dezembro

BTG e Itaú BBA indicam títulos do Tesouro Direto e papéis de crédito privado incentivados com rentabilidades gordas em cenário de juros elevados no mercado

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
9 de dezembro de 2024
18:20 - atualizado às 17:50
Juros e inflação em alta
Juros em alta tornam a renda fixa mais atrativa para os investidores. Imagem: Canva

Com o aumento da percepção de risco fiscal no Brasil após a divulgação do decepcionante pacote de cortes de gastos pelo governo Lula, os juros futuros têm vivido uma trajetória de alta, com a expectativa de que o Banco Central tenha que "caprichar" no aperto monetário a fim de reancorar as expectativas para a inflação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta segunda-feira (09), vimos a piora das estimativas para Selic, dólar e IPCA por parte dos economistas ouvidos pelo relatório Focus do BC, que passaram a estimar inflação acima do teto da meta para 2025 pela primeira vez.

Já para a reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) que será realizada nas próximas terça e quarta-feira (10 e 11), a previsão majoritária do mercado passou a ser de aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, ante uma expectativa anterior que variava entre 0,50 e 0,75 ponto percentual.

Tal cenário sacrifica os ativos de risco, como é o caso das ações, e aumenta a atratividade da renda fixa, principalmente os títulos pós-fixados, indexados à Selic e ao CDI, que também são os de menor volatilidade de preços.

Mas entre os títulos mais voláteis, caso dos prefixados e indexados à inflação, embora a alta dos juros de mercado desvalorize os papéis, quem os puder comprar agora consegue contratar retornos gordos se os levar até o vencimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No Tesouro Direto, outros papéis indexados à inflação além do Tesouro IPCA+ 2029 já ultrapassam ou se aproximam do retorno de 7% ao ano + IPCA, um patamar considerado muito elevado historicamente.

Leia Também

Este tipo de papel ainda oferece proteção contra a inflação, surgindo como uma boa pedida para objetivos de longo prazo, isto é, superiores a cinco anos, mas sua volatilidade costuma ser alta.

No caso dos títulos de crédito privado incentivados e isentos de imposto de renda para a pessoa física, mesmo com a grande procura neste ano, que acabou aumentando seus preços e reduzindo os retornos, ainda é possível encontrar papéis com rentabilidades atrativas em relação aos seus títulos públicos correspondentes (Tesouro IPCA+, no Tesouro Direto).

Há papéis desse tipo pagando cerca de 9% ao ano + IPCA, com isenção de IR. Mas é preciso lembrar que, além de terem prazos longos e alta volatilidade de preços, esses títulos de dívida também têm risco de crédito, isto é, o investidor fica exposto à saúde financeira e à capacidade de pagamento da empresa ou projeto que emitiu o papel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não há, como nos casos dos títulos bancários (CDBs, LCIs e LCAs), proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Para que o investidor pessoa física não se arrisque demais, grandes instituições financeiras que contam com uma equipe de análise de crédito de emissores preparam relatórios com indicações mensais de títulos públicos e privados que tenham boa relação risco-retorno para compra.

Para o mês de dezembro, o BTG Pactual e o Itaú BBA emitiram relatórios com indicações para o investidor aproveitar as taxas gordas na renda fixa neste momento. Confira a seguir as recomendações:

Itaú BBA indica quatro títulos públicos do Tesouro Direto

Entre os títulos públicos, os quais podem ser adquiridos via Tesouro Direto, o Itaú BBA indicou um pós-fixado, um prefixado e dois indexados à inflação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Tesouro Selic 2027: as altas esperadas para a taxa Selic tendem a elevar a remuneração dos títulos pós-fixados, como é o caso do Tesouro Selic. Segundo o Itaú BBA, espera-se que esse cenário de aperto monetário se mantenha para os próximos trimestres, o que explica esta indicação, cujas funções são prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e rentabilizar o capital acima da inflação.
  • Tesouro Prefixado 2027: com estimativas no mercado de que a Selic possa ultrapassar os 15% em 2025, mantendo-se acima de 14% nos anos subsequentes, os prefixados de prazo intermediário (vencimentos em dois ou três anos) tornam-se atrativos, na visão do Itaú BBA, pois o banco acredita numa "trajetória mais branda para a taxa Selic à frente". A remuneração do título com vencimento em 2027 está em 14,91% ao ano, nesta segunda-feira.
  • Tesouro IPCA+ 2029 e Tesouro IPCA+ 2045: o Itaú BBA se mantém otimista com os títulos indexados à inflação de longo prazo. "Embora seja esperada continuidade do cenário de taxa Selic elevada nos próximos trimestres, em horizontes mais longos o retorno de títulos pós-fixados deve convergir para o nível de equilíbrio ao redor de 5,00% a.a. acima da inflação, abaixo portanto dos níveis oferecidos nos títulos indexados à inflação", justifica o banco. Nesta segunda, o papel de vencimento em 2029 oferece remuneração de 7,40% ao ano + IPCA; já o que vence em 2045 paga 6,84% ao ano + IPCA.

Crédito privado incentivado: títulos de renda fixa isentos de imposto de renda chegam a pagar mais de 9% ao ano mais IPCA

Já entre os títulos de renda fixa privada, o Itaú BBA recomenda em dezembro quatro papéis para o público geral e outros quatro para os investidores qualificados, aqueles que têm mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras.

O BTG Pactual, por sua vez, recomenda apenas dois títulos do tipo para o público geral, sendo os demais voltados para investidores qualificados ou profissionais (aqueles que têm mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras).

No entanto, os papéis voltados ao público geral indicados pelo BTG estão com remunerações em torno dos 9% ao ano mais IPCA.

Um dos papéis para investidores qualificados aparece entre as recomendações de ambos os bancos: a debênture da Intervias (IVIAA0) com vencimento em 15 de maio de 2038, que nesta segunda-feira chegava a pagar 7,82% ao ano + IPCA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

VEJA TAMBÉM: ONDE INVESTIR ANTES DE 2024 ACABAR: Criptomoedas, ações, FIIs, dividendos e BDRs para DEZEMBRO

Todos os títulos de renda fixa privada recomendados (CRIs, CRAs e debêntures incentivadas) são de longo prazo (embora possam ser vendidos no mercado secundário antes do vencimento) e isentos de imposto de renda para o investidor pessoa física.

Vale lembrar que, no caso das recomendações de renda fixa, não se trata de carteiras recomendadas, com o objetivo de superar um índice de mercado específico.

Além disso, a retirada de um ativo de um mês para o outro não significa necessariamente uma recomendação de venda, apenas que, para novos aportes, aquele papel já não oferece a mesma relação risco-retorno atrativa de antes, de acordo com os critérios dos analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vejamos as indicações do Itaú BBA e do BTG Pactual para dezembro:

BTG Pactual

InvestimentoVencimentoRetorno anualRating Local
CRI Cogna (22E1321749)16/07/299,11% + IPCAAA+
Debênture Chesf - Eletrobras (CHSF13)**15/06/317,36% + IPCAAAA
CRI JHSF (24J2539865)*16/10/348,03% + IPCAN/A
Debênture Intervias (IVIAA0)*15/05/387,82% + IPCAAAA
Debênture Equatorial Goiás (CGOS16)*15/05/367,36% + IPCAAAA
CRI Rede D'Or (23L1737623)*15/12/387,61% + IPCAAAA
Debênture Iguá Rio de Janeiro (IRJS14)15/05/438,61% + IPCAAA+
Debênture Iguá Rio de Janeiro (IRJS15)*14/02/448,61% + IPCAAAA
CRA Grupo Cereal (CRA02400AHV)*16/11/291,05% + CDIAA
(*) Somente investidor qualificado.
(**) Somente investidor profissional.
Fonte: BTG Pactual.

Itaú BBA

InvestimentoVencimentoRetorno anualRating Médio
CRA Atacadão (Carrefour Brasil) (CRA022008SZ)15/08/277,10% + IPCAAAA
Debênture Rota das Bandeiras (CBAN12)15/07/346,90% + IPCAAAA
Debênture Águas do Rio (RIS424)15/09/427,70% + IPCAAA+
Debênture Rio+ Saneamento (SABP12)15/11/437,70% + IPCAAAA
CRI Grupo Mateus (22C1362141)*17/07/347,40% + IPCAAAA
Debênture PRIO (PEJA23)*15/04/347,10% + IPCAAA+
Debênture Intervias (IVIAA0)*15/05/387,30% + IPCAAAA
Debênture Águas do Rio (RIS422)*15/01/427,70% + IPCAAA+
(*) Somente investidor qualificado.
Fonte: Itaú BBA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVO TESOURO NA BOLSA

Com renda fixa em alta, B3 lança índice que acompanha desempenho do Tesouro Selic

16 de outubro de 2025 - 15:50

Indicador mede o desempenho das LFTs e reforça a consolidação da renda fixa entre investidores; Nubank estreia primeiro produto atrelado ao índice

ESTRATÉGIA APERTADA

Fim da ‘corrida aos isentos’: gestores de crédito ficam mais pessimistas com as debêntures incentivadas com isenção de IR garantida

9 de outubro de 2025 - 17:41

Nova pesquisa da Empiricus mostra que os gestores estão pessimistas em relação aos retornos e às emissões nos próximos meses

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa recomendada para outubro paga IPCA + 8,5% e 101% do CDI — confira as opções de debêntures isentas, CDB e LCA

9 de outubro de 2025 - 16:02

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

AINDA NÃO SERÁ DESTA VEZ

LCI, LCA, FII e fiagro mantêm isenção de imposto de renda; veja as novas mudanças na MP 1.303/25, que deve ser votada até amanhã (8)

7 de outubro de 2025 - 13:00

Tributação de LCIs e LCAs em 7,5% chegou a ser aventada, mantendo-se isentos os demais investimentos incentivados. Agora, todas as isenções foram mantidas

RENDA FIXA CORPORATIVA

Problemas de Ambipar (AMBP3) e Braskem (BRKM5) podem contaminar títulos de dívida de outras empresas, indica Fitch

3 de outubro de 2025 - 19:34

Eventos de crédito envolvendo essas duas empresas, que podem estar em vias de entrar em recuperação judicial, podem aumentar a aversão a risco de investidores de renda fixa corporativa, avalia agência de rating

RENDA FIXA

Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?

2 de outubro de 2025 - 18:21

Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula

APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

A HORA É AGORA

Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord

21 de setembro de 2025 - 13:03

Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano

SIMULAÇÃO

Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora

18 de setembro de 2025 - 13:17

Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe

AGF DAY

Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3

18 de setembro de 2025 - 12:02

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência

VALE A PENA?

Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima

9 de setembro de 2025 - 17:16

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho

CARTEIRA RECOMENDADA

Chamada final para retornos de 15% ou IPCA + 7%? Analistas indicam o melhor da renda fixa para setembro, antes de a Selic começar a cair

9 de setembro de 2025 - 12:45

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

VALE O RISCO?

CDB do Banco Master a 185% do CDI ou IPCA + 30%: vale a pena investir agora? Entenda os riscos e até onde vai a garantia do FGC

8 de setembro de 2025 - 15:19

Os títulos de renda fixa seguem com desconto nas plataformas de corretoras enquanto a situação do banco Master continua indefinida

PRÊMIO PELO RISCO

Liquidação no mercado secundário dispara retorno de CDBs do Banco Master: de IPCA + 30% a 175% do CDI

5 de setembro de 2025 - 16:20

Sem a venda para o BRB, mercado exige prêmio maior para o risco aumentado das dívidas do banco e investidores aceitam vender com descontos de até 40% no preço

COMPRAR OU VENDER?

Como ficam os CDBs do banco Master e do Will Bank após venda ao BRB ser barrada? Retornos chegam a 25% ao ano ou IPCA + 19%

4 de setembro de 2025 - 14:39

A percepção de risco aumentou e investidores correm para vender seus títulos novamente, absorvendo prejuízos com preços até 40% menores

VISÃO DO GESTOR

SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina

3 de setembro de 2025 - 17:30

Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito

RESILIENTES COM PRAZO

Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s

3 de setembro de 2025 - 14:22

Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela

RISCO SEM PRÊMIO?

Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?

22 de agosto de 2025 - 17:46

Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

21 de agosto de 2025 - 12:07

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar