Uma ‘ajudinha’ para Milei? Petrobras (PETR4) vai ceder gás natural boliviano à Argentina
Enquanto o país aguarda pela conclusão da construção de um gasoduto no norte, a cessão ajudará a suprir a demanda durante os meses de inverno

A Petrobras (PETR4) cederá à Argentina uma parte de sua cota de gás natural comprada da Bolívia a partir de julho. A medida faz parte de um acordo fechado com a empresa Energia Argentina (Enarsa) e prevê a destinação de até 5 milhões de metros cúbicos por dia.
O gás cedido será utilizado para garantir o suprimento de usinas termelétricas, demandas residenciais e industriais na província de Salta e outras localidades da região norte argentina.
A cessão ocorrerá durante os meses de inverno, enquanto o país vizinho aguarda pela conclusão do gasoduto norte, licitado recentemente. Após a conclusão das obras, a região norte da Argentina será atendida com gás vindo das reservas dos campos de Vaca Muerta.
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Os detalhes do acordo entre a Petrobras (PETR4) e a Enarsa
A cessão do gás faz parte de um memorando de entendimentos assinado em 18 de abril entre Petrobras e Enarsa. O contrato preliminar não é vinculante e indica o alinhamento das companhias para o início de uma parceria.
O acordo possui prazo de até três anos e é voltado para estudo de colaborações no segmento de gás natural. O projeto vai possibilitar o intercâmbio de informações, a avaliação de alternativas para cooperação e a complementariedade energética entre as duas empresas.
Além disso, também promove a coordenação de ações para maior garantia de fornecimento de gás natural para a Argentina durante o inverno, período de maior demanda no país.
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De acordo com a Petrobras, não haverá qualquer impacto para o abastecimento de gás no Brasil nem custo financeiro adicional para a empresa.
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Uma mãozinha da Petrobras
Vale destacar que a Energía Argentina Sociedad Anónima (Enarsa) é uma empresa estatal criada em 2004 e controlada pela Secretaria de Energia do Ministério de Infraestrutura argentino. A companhia é voltada principalmente para a exploração do petróleo, gás natural e também da eletricidade.
Atualmente, a empresa atua em um dos projetos mais importantes do governo de Javier Milei: a construção do gasoduto Néstor Kirchner.
Coordenado pela Enarsa, a iniciativa vai expandir a capacidade de transporte de gás para os centros comerciais e, assim, diminuir a dependência argentina de importação de gás natural liquefeito (GNL).
A questão da importação de combustíveis vem trazendo dores de cabeça para o governo de Milei. Em março deste ano, o Banco Central da Argentina (BCRA) não possuía dólares para pagar a entrega de GNL e anunciou que o pagamento seria realizado por meio de carta de crédito.
Em outubro de 2023, a falta de dólares para a importação do gás gerou uma crise de abastecimento no país.
A parceria entre Enarsa e Petrobras é outra frente para evitar o problema. Com o acordo, a expectativa, confirmada agora, era que a empresa brasileira liberasse parte dos volumes de GNL boliviano, sobre os quais possui prioridade de importação, para a Argentina em meio à queda de produção na Bolívia.
Em troca, a estatal Enarsa deve pagar pela importação de remessas de gás natural liquefeito (GNL) que são descarregadas em um dos terminais de regaseificação no Brasil.
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O projeto de Milei: Enarsa na mira do presidente argentino
Atualmente, a Enarsa é comandada pelo advogado Juan Carlos Doncel Jones, que possui longo histórico no setor energético. O novo presidente da empresa também participou do processo de privatizações que ocorreu na Argentina durante 1998.
A atuação de Doncel Jones está em linha com os planos de Javier Milei, que anunciou que a estatal Enarsa fazia parte do pacote de medidas Ley Ómnibus, barrada pelo Congresso em abril. Uma reedição do projeto, a Ley de Bases, também inclui a companhia
O projeto do presidente Milei é uma das promessas do governo e vem enfrentando entraves no Congresso argentino. As medidas buscam centralizar o poder no Executivo, alterar a distribuição de impostos e alterar regras para endividamento e privatizações.
A Enarsa está entre as empresas que o pacote busca privatizar com a aprovação da mudança nas regras do processo de desestatização.
*Com informações de Estadão Conteúdo, La Nación, Le Monde Diplomatique Brasil, La Política Online e Ámbito Financiero
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