O vilão da Vale (VALE3): o que fez o lucro da mineradora cair 9% no primeiro trimestre; provisões bilionárias de 2024 são atualizadas
A divulgação dos dados de produção na semana passada foi um alento para a Vale, que enfrenta um ano terrível na B3
A Vale (VALE3) começou o dia entre as maiores altas do Ibovespa, pegando carona no avanço de 3% do minério de ferro em Dalian, na China. Mas o herói desta quarta-feira (24) também foi o vilão dos resultados da mineradora no primeiro trimestre de 2024.
Com o preço menor do minério entre janeiro e março deste ano, lucro líquido da Vale alcançou US$ 1,687 bilhão, o que representa uma queda de 10% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já o lucro líquido atribuído aos acionistas da Vale somou US$ 1,679 bilhão no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma redução de 9% em base anual.
Vale lembrar que, na semana passada, a divulgação dos dados de produção foi um alento para a companhia, que enfrenta um ano difícil na B3. No acumulado do ano, as ações VALE3 registram queda de 14% em meio a dúvidas do mercado sobre o crescimento da China e disputas internas no comando da companhia.
De modo geral, os dados financeiros do primeiro trimestre não foram tão positivos como os de produção e vendas — embora os resultados menores constassem nas projeções de muitos analistas.
O Ebitda (indicador que o mercado usa como uma medida de geração de caixa) ajustado caiu 7% nos primeiros três meses do ano, para US$ 3,438 bilhões.
Leia Também
Já a receita líquida de vendas da Vale totalizou US$ 8,459 bilhões no primeiro trimestre de 2024, em linha com o desempenho do mesmo período do ano anterior.
A Vale explica que o desempenho mais fraco é decorrente, principalmente, dos menores preços realizados de finos de minério de ferro, níquel e cobre, parcialmente compensado por maiores volumes de vendas de minério de ferro e cobre.
A mineradora informou que os preços de referência do minério de ferro foram de US$ 123,6 a tonelada entre janeiro e março de 2024, 2% menor do que o praticado no mesmo período do ano anterior. Já o preço realizado dos finos de minério recuou 7%, para US$ 100,7 a tonelada.
Resultado do 1T24 da Vale pode traçar novos rumos no mercado brasileiro. Analistas vão comentar as perspectivas para os papéis da Vale após a divulgação do 1º balanço do ano. Inscreva-se AQUI para a transmissão gratuita.
De olho no endividamento
Um dos pontos que têm chamado atenção dos investidores é o endividamento da Vale. Em particular depois da notificação do governo sobre a cobrança pela renovação antecipada de concessões ferroviárias e também pela condenação pela tragédia de Mariana (MG) — um montante que chega a R$ 70 bilhões.
De acordo com o balanço divulgado hoje, a Vale encerrou o primeiro trimestre de 2024 com uma dívida líquida de US$ 10,105 bilhões, 23% acima dos US$ 8,226 bilhões do mesmo período de 2023.
A dívida líquida expandida, que inclui provisões relativas a Brumadinho e Samarco/Fundação Renova, atingiu US$ 16,388 bilhões, 14% acima do primeiro trimestre do ano anterior.
Já os investimentos da Vale somaram US$ 1,395 bilhão entre janeiro e março ante US$ 1,130 bilhão do mesmo período do ano anterior.
Já as provisões de Brumadinho somaram US$ 2,894 bilhões no primeiro trimestre, uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. As provisões com a Samarco e a Fundação Renova totalizaram US$ 3,978 bilhões entre janeiro e março, uma alta de 24% em base anual.
- LEIA TAMBÉM: Como ficam os investimentos em VALE3 depois da divulgação dos resultados de 1T24 da companhia?
Os resultados em reais
Além dos resultados em dólar, a Vale também divulga os resultados em reais. Na moeda brasileira, a mineradora reportou lucro líquido de R$ 8,332 bilhões, resultado 14,4% menor do que o obtido no mesmo período do ano anterior.
Já o lucro líquido atribuído aos acionistas totalizou R$ 8,291 bilhões entre janeiro e março deste ano, o que representa uma queda de 12,9% na comparação com igual período de 2023.
A receita líquida do período somou R$ 41,891 bilhões, resultado 4,44% menor na comparação anual.
As projeções da Bloomberg, em termos anuais, indicavam, lucro líquido de R$ 9,123 bilhões, queda de 6,3%, e receita de R$ 44,813 bilhões, alta de 2,2%.
Samarco: as provisões da Vale para o ano
Em um documento separado dos resultados financeiros, a Vale apresentou a atualização das estimativas anuais de desembolsos voltadas para a mitigação dos danos ocorridos no rompimento da barragem da Samarco.
A mineradora prevê US$ 2,9 bilhões em desembolso para 2024 relacionado a ações de descaracterização, acordos de Brumadinho, despesas incorridas e aportes para a Samarco e Fundação Renova.
A companhia também apresentou previsões para os próximos anos:
- 2025: US$ 2,7 bilhões
- 2026: US$ 2,4 bilhões
- 2027: US$ 2,1 bilhões
A Vale informou ainda que as previsões pode sofrer alterações dependendo das condições de mercado.
BAGUNÇA NA VALE? COSAN DIMINUI PARTICIPAÇÃO E REDUZ DÍVIDA EM R$ 2 BILHÕES
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos