Dando um hype no Ibovespa: Hypera (HYPE3) sobe forte, mas acumula queda de 15% no ano — é hora de comprar?
Os papéis da empresa do setor farmacêutico estão no pódio do Ibovespa nesta segunda-feira (29), embalados pelos resultados financeiros do primeiro trimestre
A Hypera (HYPE3) registrou lucro 15% maior nos três primeiros meses de 2024 e receita 8% acima do resultado obtido no mesmo período do ano passado — um desempenho que faz as ações da empresa do setor farmacêutico se valorizarem mais de 5% e subirem no pódio das maiores altas do Ibovespa.
No mês de abril, no entanto, os papéis acumulam perda de 8,4% e, no ano, de 15%. Chegou a hora de aumentar a cartela de ativos comprando HYPE3? Entre os bancões, o único consenso é que não é o momento de se desfazer das ações. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
Segundo o Citi, que já esperava a reação positiva dos papéis na bolsa hoje, não é hora de comprar. O banco norte-americano tem recomendação neutra para as ações da Hypera e preço-alvo de R$ 31 — o que representa um potencial de valorização de 8,6% em relação ao fechamento da sexta-feira (26).
- Os balanços do 1T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Para o BTG Pactual, também não é o momento de comprar. O banco de investimentos manteve a recomendação neutra para os papéis da Hypera, com preço-alvo de R$ 39. Considerando o fechamento de sexta-feira (26), o potencial de ganho é de 36%.
Outro banco que tem recomendação neutra para as ações da empresa é o Santander, com preço-alvo de R$ 41,50 — o que representa um potencial de valorização de 45,4% sobre o último fechamento.
Do lado dos que indicam a compra de HYPE3 estão Itaú BBA, Goldman Sachs e Bank of America. Confira o preço-alvo de cada um deles e o potencial de valorização com base no último fechamento:
Leia Também
- Itaú BBA: R$ 42, upside de 47%
- Goldman Sachs: R$ 39, upside de 39%
- Bank of America: R$ 56, upside 96%
O balanço da Hypera
A Hypera divulgou na sexta-feira (26), após o fechamento do mercado, lucro líquido das operações continuadas (ajustado) de R$ 391,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma alta de 15,4% ante o mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido somou R$ 388,9 milhões, 14,6% acima do registrado um ano antes.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas foi de R$ 647,8 milhões, aumento de 10,2% em base anual. A margem Ebitda subiu 0,9 ponto porcentual (p.p.) em relação ao ano anterior, para 35,5%.
A receita líquida da Hypera cresceu 7,6% entre janeiro e março na comparação com os mesmos três meses do ano anterior, para R$ 1,826 bilhão.
Segundo a empresa, o resultado foi impulsionado pelo crescimento recente das vendas diretas ao consumidor (sell-out, em inglês) no varejo farmacêutico, sobretudo, pelo desempenho positivo do segmento de skincare, produtos de prescrição e similares.
A companhia encerrou março com dívida líquida de R$ 7,436 bilhões, acima do montante de R$ 7,380 bilhões observado no quarto trimestre de 2023.
NOVO OZEMPIC? FARMACÊUTICA BRASILEIRA TRARÁ 'CÓPIA' PARA O PAÍS
Antes de decidir o que fazer com HYPE3
O Citi considera que a Hypera reportou resultados mornos no primeiro trimestre do ano, com vendas em linha com as estimativas do banco, impulsionadas pela melhoria do sell-out, mas com a margem bruta influenciada por uma pior diluição de custos fixos, ou seja, capacidade ociosa de produção e um mix de vendas com margem mais baixa.
“O sell-out orgânico continua aquém do crescimento da indústria, com as margens brutas caindo e onde a empresa tem tentado atuar com a disciplina de SG&A. Além disso, as piores condições de capital de giro continuam a impedir um processo de desalavancagem mais rápido”, diz o Citi em relatório.
O BTG, por sua vez, avalia que os resultados do primeiro trimestre da Hypera vieram em linha com as expectativas do banco, destacando positivamente a forte geração de fluxo de caixa livre para os acionistas (FCFF), que saltou de R$ 98 milhões em 2023 para R$ 319 milhões neste ano.
- Empiricus Research libera +100 relatórios gratuitos em plataforma exclusiva; libere seu acesso aqui
O banco avalia que houve uma melhoria nos estoques, o que significa que a empresa está gerenciando melhor seus níveis de inventário. No entanto, houve um leve aumento no prazo médio dos recebíveis (de 116 dias para 122) e uma redução no prazo médio de pagamento (de 108 dias para 93), o que indica que a empresa pode estar enfrentando desafios na gestão de contas a receber.
O Itaú BBA destaca que, embora tenha havido um crescimento abaixo das expectativas em certas categorias de produtos, a Hypera teve pontos positivos no balanço, entre eles, o controle rigoroso das despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A).
O Goldman Sachs chama atenção para o crescimento da receita, que superou as expectativas do banco de alta de 6% — embutindo um impacto mais significativo da tendência negativa no segmento de medicamentos para doenças agudas do que o apresentado.
O Santander, por sua vez, diz que o capital de giro esteve sob pressão, com o ciclo de caixa deteriorando-se em 4 dias em relação ao trimestre anterior.
“Observamos, no entanto, que os estoques começaram a melhorar, o que, em nossa opinião, é outro destaque positivo, pois a empresa poderá retomar as operações normais na fábrica, potencialmente levando a uma melhoria na margem bruta”, diz o banco.
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.