Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

Após um balanço mais forte que o esperado no 3T24, o BTG Pactual colocou o pé no acelerador e revisou as projeções para as ações da Localiza (RENT3), refletindo também as tendências recentes do mercado automotivo e novas premissas macroeconômicas.
Em um novo relatório divulgado ao mercado nesta segunda-feira (18), os analistas do banco elevaram o preço-alvo para os papéis RENT3 de R$ 64 para R$ 68 em 2025.
O valor equivale a um potencial de valorização de 52% em relação ao fechamento anterior da ação. O banco também reiterou a recomendação de compra para os papéis da Localiza.
Por volta de 13h20, as ações da Localiza operavam com queda de 3,35%, cotadas a R$ 43,24.
Por que o BTG elevou o preço-alvo para Localiza (RENT3)?
Segundo o BTG, as revisões refletem os resultados acima do esperado no 3T24 e uma estabilização do mercado automotivo.
“Observamos sinais de normalização nos preços de carros usados, o que fortalece nossa visão de ganhos mais estáveis para a empresa”, diz o banco em relatório.
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Do ponto de vista macroeconômico, o BTG considerou a projeção de uma taxa Selic média de 13,08% ao ano para 2025, contra a estimativa anterior de 10,50%.
No relatório, os analistas também elevaram a projeção para o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Localiza para 2024 e 2025 em 3% e 4%, respectivamente. Para o lucro líquido, o aumento foi de 8% e 11% para os referidos períodos.
Apesar do impacto das taxas de juros elevadas nas despesas financeiras, o BTG acredita que o poder de precificação e as margens melhoradas da Localiza compensarão o efeito.
Preços de usados estáveis e maior volume de vendas
Em relação ao setor automotivo, os analistas do BTG observam uma melhora gradual na acessibilidade e maior disponibilidade de crédito para a compra de carros.
O banco cita como exemplo o número de salários mínimos necessários para comprar um carro novo — que caiu de 55 em 2022 para 47 anualmente.
O BTG lembra ainda que as vendas de carros novos e veículos comerciais leves cresceram 15% no acumulado do ano.
“A Localiza destacou em seus resultados que a queda nos preços de veículos usados estabilizou, e dados recentes da tabela Fipe mostram que outubro foi ainda melhor que o terceiro trimestre, o que deve continuar impulsionando a divisão de seminovos”, afirma.
Vale lembrar que, no último ano, a ação da Localiza está sob forte pressão, com os investidores colocando no preço a piora na depreciação dos veículos usados e seminovos.
No caso da locadora de automóveis, a depreciação é calculada com base na expectativa futura de preço de venda dos carros deduzida das despesas para vender.
Locadoras como a Localiza renovam frequentemente suas frotas, vendendo veículos usados para minimizar custos de manutenção e manter a competitividade no mercado. Quando os preços de carros usados caem, o valor obtido na venda desses veículos diminui.
Em 2024, os papéis acumulam queda de 30,4%. Em 12 meses, as perdas são um pouco menores: -26,7%. Em novembro, no entanto, RENT3 acumula ganho de 2,8%.
Melhorias nos resultados, mas sem grande reclassificação
Depois de um segundo trimestre difícil, os resultados da Localiza entre julho e setembro foram recebidos com alívio pelo mercado, inclusive pelos analistas do BTG.
Além da depreciação dos preços dos seminovos, a entrada de veículos chineses da BYD no país e os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul afetaram a empresa no 2T24.
Desta vez, a recuperação gradual do mercado automotivo e a estabilização dos preços de usados foram pontos importantes do balanço da empresa, divulgado na semana passada.
“O retorno sobre o capital investido (ROIC) aumentou significativamente e deve continuar subindo, com a Localiza ajustando tarifas e melhorando margens de aluguel por meio de uma frota mais nova e maior eficiência operacional”, afirmam os analistas do banco.
Apesar do cenário positivo, o BTG ainda não espera uma grande reclassificação das ações da locadora devido ao custo de capital em alta e a um crescimento mais lento. “No entanto, mesmo com esse obstáculo, a avaliação atual (P/L 12x para 2025) oferece uma oportunidade atrativa, reforçando nossa recomendação de compra”.
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