Itaú BBA rebaixa recomendação de Banco do Brasil (BBAS3) e BTG (BPAC11) e elege o novo ‘top 3’ dos bancos
As mudanças de preferência foram impulsionadas pelas incertezas no mercado de capitais e pelo cenário favorável ao crédito para o consumo
As mudanças no cenário econômico em relação ao mercado de capitais e de crédito fizeram o Itaú BBA mudar as recomendações para as ações de alguns dos principais bancos do país.
Segundo o BBA, o otimismo com o setor bancário deve beneficiar algumas instituições, enquanto outras podem não ter o mesmo cenário favorável, e sim mais desafios.
Esse é o caso do BTG Pactual (BPAC11) e do Banco do Brasil (BBAS3), que tiveram as ações rebaixadas pelos analistas do BBA para market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente a neutro), em relatório divulgado nesta segunda-feira (8).
Agora, o Banrisul (BRSR6) substitui o BB como banco estatal favorito, tendo a ação elevada de market perform para outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra).
A recomendação do Santander (SANB11) também foi elevada para outperform pelos analistas do BBA, passando a integrar o novo ‘top 3’ — formado também por Banrisul e Nubank (ROXO34).
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Os novos favoritos
O otimismo contínuo com o negócio de crédito ao consumidor foi um dos fatores que influenciaram o BBA a elevar a recomendação do Santander.
Leia Também
O banco espanhol vem sendo influenciado pelo cenário de geração de empregos, salários mais elevados e inflação mais baixa. Além disso, o BBA prevê o crescimento dos lucros, impulsionado por avanços internos.
Segundo os analistas da instituição, o Santander é o favorito entre os grandes bancos do Brasil. O preço-alvo para SANB11 agora é de R$ 33 – o representa um potencial de valorização de 22% em relação ao fechamento anterior (R$ 27,11).
Para o BBA, a exposição comercial de cerca de 85% do Banrisul ao estado do Rio Grande do Sul fez com que as ações do banco caíssem para 0,4 vez Preço/Valor Patrimonial.
Apesar da tragédia recente no estado, o BBA acredita que as medidas de alívio à crise, como a oferta de crédito, devem até compensar possíveis riscos de crédito em empresas.
Por conta disso, o preço-alvo da ação para o banco estatal gaúcho é de R$ 17 — um potencial de valorização de cerca de 47% com relação ao fechamento anterior (R$ 11,53).
BTG e BB rebaixados: incerteza no mercado de capitais
Por outro lado, o BBA rebaixou a recomendação do BTG Pactual para neutra e reduziu o preço-alvo para R$ 35 — representando agora um potencial de valorização de 7% em relação ao fechamento anterior.
Segundo os analistas, a curva de juros mais alta no Brasil e as incertezas devem impactar o mercado de capitais e os investimentos de forma direta.
Além disso, os spreads corporativos se estreitaram significativamente, enquanto um ambiente de taxas mais altas geralmente é negativo para a inadimplência, afirma o banco no relatório.
Entretanto, o BTG ainda é um nome importante de recomendações do BBA no longo prazo, especialmente pela participação de mercado e eficiência de gestão para impulsionar lucro.
Outro banco rebaixado pelo BBA, o Banco do Brasil agora tem preço-alvo de R$ 31, o que representa um potencial de valorização de 16% em relação ao fechamento anterior (R$ 26,73).
Embora o banco estatal ainda tenha potencial em longo prazo, o BBA acredita que o Banco do Brasil pode ter menos catalisadores para uma reclassificação.
No entanto, o banco ainda é um nome forte entre os outros players devido ao portfólio de serviços para o segmento de agronegócio e corporativo.
“Prevemos que o BB experimentará uma desaceleração significativa no impulso dos lucros em 2025, com um crescimento modesto de 4% no lucro por ação”, afirma o BBA.
LEIA MAIS: É hora de comprar Weg (WEGE3): ação que já subiu 20% no ano ainda pode avançar mais
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas