🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

O ESTRANGEIRO VAI VOLTAR?

Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual

Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas

Camille Lima
Camille Lima
25 de novembro de 2024
13:54 - atualizado às 13:55
brasil bolsa ibovespa ações expectativas gestores
Imagem: Shutterstock/Montagem: Giovanna Figueredo

Após meses de especulação sobre o que poderia aumentar o interesse dos estrangeiros pelo Brasil, o mercado financeiro agora percebe o retorno desses investidores à bolsa brasileira mais como uma fábula contada na Faria Lima do que uma realidade tangível — e, segundo o BTG Pactual, essa tendência não deve mudar no curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na avaliação dos analistas, para além do problema fiscal brasileiro, há um punhado de questões globais que inibem o retorno dos gringos ao Brasil — especialmente após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Dos últimos meses para cá, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que complica a vida dos formuladores de políticas locais e prejudica o panorama para investir na região. 

Na visão dos analistas, existem seis principais fatores que podem amplificar o impacto negativo sobre os ativos de risco locais — como é o caso da bolsa brasileira e de fundos de ações e multimercados, por exemplo.

Confira a seguir:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

1 - A gestão de Trump nos EUA

Um dos motivos que podem prejudicar o retorno dos gringos para o Brasil está nos Estados Unidos — mais especificamente, do lado da inflação e das curvas de juros após a volta de Trump à presidência.

Leia Também

Na visão do BTG, a nova gestão do republicano deve gerar implicações negativas para mercados emergentes, a começar pelo dólar mais forte no mundo inteiro, maior inflação e esticamento da curva de juros por lá.

Trump já deixou claro que adotará uma postura agressiva em relação à China, que concederá estímulos maiores às empresas norte-americanas e aumentará tarifas para negócios estrangeiros.

Segundo os analistas, isso eleva as chances de novas tensões econômicas e geopolíticas entre as duas maiores economias do mundo e, por consequência, impactar diretamente o crescimento global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

2 - Inflação dos Estados Unidos em xeque

Outra questão nos Estados Unidos levanta preocupações sobre a volta dos estrangeiros para a bolsa brasileira: a inflação.

Isso porque o mercado teme o potencial inflacionário das políticas do republicano para a economia norte-americana, com medidas fiscais e tarifárias que podem ter efeito direto na alta de preços por lá.

Mesmo nos dados mais recentes, os EUA já demonstraram uma estagnação no processo de desinflação. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro subiu 0,2% no comparativo mensal, a 2,6% ao ano. Em setembro, o indicador havia subido 0,2% na base mensal e 2,4% no comparativo anual. 

“O caminho da desinflação parece menos linear, com (alguns) sinais de estagnação, sugerindo um cronograma mais longo para atingir a meta de 2%, em nossa opinião. Potencialmente em 2026?”, disseram os analistas do BTG Pactual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

3 - Por que os juros nos EUA afetam o Brasil?

Ainda de olho na macroeconomia norte-americana, a curva de juros é uma questão crucial para uma eventual retomada dos investimentos estrangeiros no Brasil — e a situação parece ter piorado recentemente.

Em meio à expectativa de inflação maior nos EUA, os yields (rendimentos) dos Treasurys — os títulos de dívida do governo norte-americano —  também subiram na terra do Tio Sam.

Nas últimas semanas, o yield dos T-notes de 10 anos chegou a 4,40%. Você confere com detalhes o que são os títulos do Tesouro norte-americano e por que a alta das taxas nos EUA mexe com a bolsa brasileira aqui.

“Como o principal determinante do custo de capital global, esse movimento é um claro obstáculo para os fluxos para mercados emergentes, bem como para os níveis de valuation”, escreveram os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É por isso que os juros nos EUA também pesam sobre os investimentos na América Latina — especialmente diante da perspectiva de taxas mais elevadas por mais tempo na maior economia do mundo.

Para o BTG, a expectativa para os juros nos EUA ao fim de 2025 é de “apenas” 3,80%, o que indica uma forte revisão em relação às perspectivas anteriores, de uma taxa terminal de 2,80%.

O presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, inclusive desanimou o mercado nas últimas semanas ao sinalizar uma postura mais cautelosa sobre a flexibilização do aperto monetário por lá.

Em meados de novembro, Powell afirmou que o forte crescimento econômico dos EUA permite que a autoridade monetária tenha tempo para decidir até que ponto e quão rápido os juros devem cair a partir de agora

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

4 - A economia da China 

Mas os EUA não são os únicos obstáculos no caminho dos gringos de volta ao Brasil. 

Na realidade, um dos pontos fundamentais para a equação que determinará os rumos do apetite dos estrangeiros vem de outro continente — mais especificamente, da China.

De acordo com os analistas, a economia chinesa tem forte influência sobre o destino dos recursos dos gringos — e, nas últimas semanas, o cerco só parece ter apertado para Pequim.

Para além da guerra comercial com os EUA e os potenciais impactos da política protecionista de Trump, a China recentemente também enfrentou outra decepção com a “terapia de choque” de estímulos à economia local.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nas últimas semanas, Pequim anunciou um pacote de 10 trilhões de yuans (R$ 8 trilhões, no câmbio atual) para um período de 5 anos com intuito de dar suporte à dívida dos governos locais.

Para o BTG Pactual, o anúncio foi uma “decepção”, uma vez que não continha medidas para dar suporte ao consumidor e também não forneceu garantias de que os mercados imobiliários se estabilizarão.

Em meio a perspectivas menos animadoras, os economistas começaram a reduzir as projeções de crescimento da economia chinesa para o ano que vem — já antecipando os efeitos de uma eventual escalada da guerra comercial com os EUA depois das eleições.

5 -  Pressões de commodities

Isso nos leva a outra questão: o peso sobre as commodities.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Afinal, o dólar mais forte no mundo inteiro e as perspectivas de crescimento chinês mais fracas começaram a pesar sobre os preços das matérias-primas. 

“As principais commodities importantes para a região — como petróleo, minério de ferro, celulose e aço — continuam com excesso de oferta, com baixas expectativas de uma recuperação em 2025”, destacaram os analistas.

6 - O peso dos EUA sobre o Brasil

O motivo final de preocupação citado pelo BTG Pactual é, na verdade, um apanhado de todos os outros pontos acima mencionados.

A economia mais forte dos EUA, reforçada pela desregulamentação, ganhos de produtividade e cortes de impostos, tende a dar mais suporte aos mercados de ações locais e favorecer os ativos norte-americanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, nesse ambiente, não haveria motivos para mercados emergentes, como é o caso do Brasil, brilharem aos olhos dos estrangeiros — o que pode manter limitados os fluxos de investimentos gringos para cá, segundo o banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar