🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

O ESTRANGEIRO VAI VOLTAR?

Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual

Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas

Camille Lima
Camille Lima
25 de novembro de 2024
13:54 - atualizado às 13:55
brasil bolsa ibovespa ações expectativas gestores
Imagem: Shutterstock/Montagem: Giovanna Figueredo

Após meses de especulação sobre o que poderia aumentar o interesse dos estrangeiros pelo Brasil, o mercado financeiro agora percebe o retorno desses investidores à bolsa brasileira mais como uma fábula contada na Faria Lima do que uma realidade tangível — e, segundo o BTG Pactual, essa tendência não deve mudar no curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na avaliação dos analistas, para além do problema fiscal brasileiro, há um punhado de questões globais que inibem o retorno dos gringos ao Brasil — especialmente após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Dos últimos meses para cá, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que complica a vida dos formuladores de políticas locais e prejudica o panorama para investir na região. 

Na visão dos analistas, existem seis principais fatores que podem amplificar o impacto negativo sobre os ativos de risco locais — como é o caso da bolsa brasileira e de fundos de ações e multimercados, por exemplo.

Confira a seguir:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

1 - A gestão de Trump nos EUA

Um dos motivos que podem prejudicar o retorno dos gringos para o Brasil está nos Estados Unidos — mais especificamente, do lado da inflação e das curvas de juros após a volta de Trump à presidência.

Leia Também

Na visão do BTG, a nova gestão do republicano deve gerar implicações negativas para mercados emergentes, a começar pelo dólar mais forte no mundo inteiro, maior inflação e esticamento da curva de juros por lá.

Trump já deixou claro que adotará uma postura agressiva em relação à China, que concederá estímulos maiores às empresas norte-americanas e aumentará tarifas para negócios estrangeiros.

Segundo os analistas, isso eleva as chances de novas tensões econômicas e geopolíticas entre as duas maiores economias do mundo e, por consequência, impactar diretamente o crescimento global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

2 - Inflação dos Estados Unidos em xeque

Outra questão nos Estados Unidos levanta preocupações sobre a volta dos estrangeiros para a bolsa brasileira: a inflação.

Isso porque o mercado teme o potencial inflacionário das políticas do republicano para a economia norte-americana, com medidas fiscais e tarifárias que podem ter efeito direto na alta de preços por lá.

Mesmo nos dados mais recentes, os EUA já demonstraram uma estagnação no processo de desinflação. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro subiu 0,2% no comparativo mensal, a 2,6% ao ano. Em setembro, o indicador havia subido 0,2% na base mensal e 2,4% no comparativo anual. 

“O caminho da desinflação parece menos linear, com (alguns) sinais de estagnação, sugerindo um cronograma mais longo para atingir a meta de 2%, em nossa opinião. Potencialmente em 2026?”, disseram os analistas do BTG Pactual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

3 - Por que os juros nos EUA afetam o Brasil?

Ainda de olho na macroeconomia norte-americana, a curva de juros é uma questão crucial para uma eventual retomada dos investimentos estrangeiros no Brasil — e a situação parece ter piorado recentemente.

Em meio à expectativa de inflação maior nos EUA, os yields (rendimentos) dos Treasurys — os títulos de dívida do governo norte-americano —  também subiram na terra do Tio Sam.

Nas últimas semanas, o yield dos T-notes de 10 anos chegou a 4,40%. Você confere com detalhes o que são os títulos do Tesouro norte-americano e por que a alta das taxas nos EUA mexe com a bolsa brasileira aqui.

“Como o principal determinante do custo de capital global, esse movimento é um claro obstáculo para os fluxos para mercados emergentes, bem como para os níveis de valuation”, escreveram os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É por isso que os juros nos EUA também pesam sobre os investimentos na América Latina — especialmente diante da perspectiva de taxas mais elevadas por mais tempo na maior economia do mundo.

Para o BTG, a expectativa para os juros nos EUA ao fim de 2025 é de “apenas” 3,80%, o que indica uma forte revisão em relação às perspectivas anteriores, de uma taxa terminal de 2,80%.

O presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, inclusive desanimou o mercado nas últimas semanas ao sinalizar uma postura mais cautelosa sobre a flexibilização do aperto monetário por lá.

Em meados de novembro, Powell afirmou que o forte crescimento econômico dos EUA permite que a autoridade monetária tenha tempo para decidir até que ponto e quão rápido os juros devem cair a partir de agora

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

4 - A economia da China 

Mas os EUA não são os únicos obstáculos no caminho dos gringos de volta ao Brasil. 

Na realidade, um dos pontos fundamentais para a equação que determinará os rumos do apetite dos estrangeiros vem de outro continente — mais especificamente, da China.

De acordo com os analistas, a economia chinesa tem forte influência sobre o destino dos recursos dos gringos — e, nas últimas semanas, o cerco só parece ter apertado para Pequim.

Para além da guerra comercial com os EUA e os potenciais impactos da política protecionista de Trump, a China recentemente também enfrentou outra decepção com a “terapia de choque” de estímulos à economia local.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nas últimas semanas, Pequim anunciou um pacote de 10 trilhões de yuans (R$ 8 trilhões, no câmbio atual) para um período de 5 anos com intuito de dar suporte à dívida dos governos locais.

Para o BTG Pactual, o anúncio foi uma “decepção”, uma vez que não continha medidas para dar suporte ao consumidor e também não forneceu garantias de que os mercados imobiliários se estabilizarão.

Em meio a perspectivas menos animadoras, os economistas começaram a reduzir as projeções de crescimento da economia chinesa para o ano que vem — já antecipando os efeitos de uma eventual escalada da guerra comercial com os EUA depois das eleições.

5 -  Pressões de commodities

Isso nos leva a outra questão: o peso sobre as commodities.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Afinal, o dólar mais forte no mundo inteiro e as perspectivas de crescimento chinês mais fracas começaram a pesar sobre os preços das matérias-primas. 

“As principais commodities importantes para a região — como petróleo, minério de ferro, celulose e aço — continuam com excesso de oferta, com baixas expectativas de uma recuperação em 2025”, destacaram os analistas.

6 - O peso dos EUA sobre o Brasil

O motivo final de preocupação citado pelo BTG Pactual é, na verdade, um apanhado de todos os outros pontos acima mencionados.

A economia mais forte dos EUA, reforçada pela desregulamentação, ganhos de produtividade e cortes de impostos, tende a dar mais suporte aos mercados de ações locais e favorecer os ativos norte-americanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, nesse ambiente, não haveria motivos para mercados emergentes, como é o caso do Brasil, brilharem aos olhos dos estrangeiros — o que pode manter limitados os fluxos de investimentos gringos para cá, segundo o banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar