MRV (MRVE3): prévia de resultados alivia tensão, mas futuro da construtora segue como ponto de controvérsia entre analistas
Os analistas chegaram à conclusão unânime de que a companhia teve uma boa performance no quarto trimestre, mas divergem quanto ao que esperar para 2024

De forma inesperada, a publicação da prévia de resultados da MRV (MRVE3) se tornou um dos eventos mais aguardados do mercado neste início de ano.
Isso porque os dados operacionais do quarto trimestre vieram a mercado em um dia no qual as ações da construtora desabaram 11% na B3 em meio a rumores de corte nas projeções de margens e lucros para este ano.
A preocupação tinha justificativa, já que a prévia poderia confirmar os temores e desencadear uma nova queda brusca dos papéis na sessão desta sexta-feira (12).
E esse parecia ser o caso perto da abertura da bolsa, quando as ações chegaram a tombar 5,7% na mínima do dia.
Mas, para alívio dos acionistas, o tamanho do tombo começou a diminuir ainda pela manhã. Os papéis reduziram a queda chegaram até mesmo a inverter o sinal, mas, por volta das 12h30, voltaram ao campo negativo com recuo de 0,72%, a R$ 8,33.
O arrefecimento das perdas ocorreu à medida que os investidores digeriram os dados revelados pela prévia e que os analistas chegaram à conclusão unânime de que a companhia teve uma boa performance no quarto trimestre.
Leia Também
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
Por outro lado, a volatilidade das ações nesta sexta-feira mostra que a prévia operacional do quarto trimestre não foi suficiente para diminuir as incertezas do mercado sobre os resultados futuros da MRV.
Os destaques da prévia da MRV (MRVE3)
“A MRV reportou números operacionais sólidos, liderados por uma combinação de vendas robustas e melhorias contínuas no consumo de caixa operacional de sua divisão de desenvolvimento imobiliário no Brasil”, afirma o Santander.
A construtora quebrou recordes de vendas líquidas tanto no 4T23 quanto no acumulado do ano.
O segmento incorporação do grupo — que inclui as marcas MRV e Sensia — registrou um Valor Geral de Vendas (VGV) líquidas de R$ 2,3 bilhões no quarto trimestre, alta de 55,8% ante o mesmo período do ano anterior. No ano, o indicador alcançou os R$ 8,5 bilhões, com um avanço de 45% em relação a 2022.
Para o Itaú BBA, a prévia confirma que a recuperação da companhia está “em andamento”. “Os números mostram que a empresa está no caminho certo para melhorar a lucratividade. Tanto as vendas como a geração de caixa ficaram em linha com as nossas estimativas, dando algum suporte às nossas expectativas de níveis de lucro líquido mais normalizados”, escrevem os analistas.
ONDE INVESTIR EM 2024: AÇÕES, RENDA FIXA, DIVIDENDOS, FIIS, BDRs E CRIPTOMOEDAS - INDICAÇÕES GRÁTIS
O que será do futuro?
Vale destacar que, apesar da prévia ter aliviado os temores em relação ao presente, o futuro da companhia ainda é incerto — e, nesse quesito, não há unanimidade entre os analistas.
O BBA, por exemplo, cortou em 40% as projeções para o lucro líquido da construtora em 2024 e 2025, que passaram a ser de R$ 370 milhões e R$ 670 milhões, respectivamente.
De acordo com o banco, a redução reflete a queda no volume de vendas da Resia — incorporadora norte-americana que é subsidiária da MRV — e a expectativa de maiores
maiores despesas financeiras, principalmente em razão de juros relativos a obrigações da carteira pró-soluto.
Já a Guide Investimentos acredita que, apesar dos rumores de que a companhia pode apresentar um lucro muito menor do que o consenso de mercado em 2024, a construtora “deve surfar as melhores condições do Minha Casa Minha Vida e cumprir o seu guidance para 2025”.
Para a corretora, os temores de queda no guidance não justificam o tombo da MRV, que acumula perdas de 25% na B3 neste ano.
“De acordo com os nossos cálculos, mesmo não atribuindo qualquer valor para Resia, no caso do cumprimento do guidance para 2025, as ações da companhia já estariam subavaliadas, reforçando a nossa tese de que a queda dos papéis é exagerada”, argumentam os analistas
Quando nem o Oráculo acerta: Warren Buffett admite frustração com a separação da Kraft Heinz e ações desabam 6% em Nova York
A divisão da Kraft Heinz marca o fim de uma fusão bilionária que não deu certo — e até Warren Buffett admite que o negócio ficou indigesto para os acionistas
Ibovespa cai com julgamento de Bolsonaro e PIB; Banco do Brasil (BBAS3) sofre e dólar avança
O Ibovespa encerrou o pregão com queda de 0,67%, aos 140.335,16 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou as negociações a R$ 5,4748, com alta de 0,64%
Petrobras (PETR4), Bradesco (BBDC4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP em setembro; confira
Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) distribuem dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas em setembro
Agora seria um bom momento para a Rede D’Or (RDOR3) comprar o Fleury (FLRY3), avalia BTG; banco vê chance mais alta de negócio sair
Analistas consideram que diferença entre os valuations das duas empresas tornou o negócio ainda mais atrativo; Fleury estaria agora em bom momento de entrada para a Rede D’Or efetuar a aquisição
As três ações do setor de combustíveis que podem se beneficiar da Operação Carbono Oculto, segundo o BTG
Para os analistas, esse trio de ações na bolsa brasileira pode se beneficiar dos desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o PCC; entenda a tese
XP Malls (XPML11) vende participação em nove shoppings por R$ 1,6 bilhão, e quem sai ganhando é o investidor; cotas sobem forte
A operação permite que o FII siga honrando com as contas à pagar, já que, em dezembro deste ano, terá que quitar R$ 780 milhões em obrigações
Mercado Livre (MELI34) nas alturas: o que fez os analistas deste bancão elevarem o preço-alvo para as ações do gigante do e-commerce
Os analistas agora projetam um preço-alvo de US$ 3.200 para as ações do Meli ao final de 2026; entenda a revisão
As maiores altas e quedas do Ibovespa em agosto: temporada de balanços 2T25 dita o desempenho das ações
Não houve avanços ou recuos na bolsa brasileira puxados por setores específicos, em um mês em que os olhos do mercado estavam sobre os resultados das empresas
Ibovespa é o melhor investimento do mês — e do ano; bolsa brasileira pagou quase o dobro do CDI desde janeiro
O principal índice de ações brasileiras engatou a alta em agosto, impulsionado pela perspectiva de melhora da inflação e queda dos juros — no Brasil e nos EUA
Agora é a vez do Brasil? Os três motivos que explicam por que ações brasileiras podem subir até 60%, segundo a Empiricus
A casa de análise vê um cenário favorável para as ações e fundos imobiliários brasileiros, destacando o valor atrativo e os gatilhos que podem impulsionar o mercado, como o enfraquecimento do dólar, o ciclo de juros baixos e as eleições de 2026
Ibovespa ignora NY, sobe no último pregão da semana e fecha mês com ganho de 6%
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia em alta, rondando aos R$ 5,42, depois da divulgação de dados de inflação nos EUA e com a questão fiscal no radar dos investidores locais
Entram Cury (CURY3) e C&A (CEAB3), saem São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3): bolsa divulga terceira prévia do Ibovespa
A nova composição do índice entra em vigor em 1º de setembro e permanece até o fim de dezembro, com 84 papéis de 81 empresas
É renda fixa, mas é dos EUA: ETF inédito para investir no Tesouro americano com proteção da variação do dólar chega à B3
O T10R11 oferece acesso aos Treasurys de 10 anos dos EUA em reais, com o bônus do diferencial de juros recorde entre Brasil e EUA
Ibovespa sobe 1,32% e crava a 2ª maior pontuação da história; Dow e S&P 500 batem recorde
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia com queda de 0,20%, cotado a R$ 5,4064, após dois pregões consecutivos de baixa
FIIs fora do radar? Santander amplia cobertura e recomenda compra de três fundos com potencial de dividendos de até 17%; veja quais são
Analistas veem oportunidade nos segmentos de recebíveis imobiliários, híbridos e hedge funds
Batalha pelo galpão da Renault: duas gestoras disputam o único ativo deste FII, que pode sair do mapa nos dois cenários
Zagros Capital e Tellus Investimentos apresentam propostas milionárias para adquirir galpão logístico do VTLT11, locado pela Renault
Para o BTG, esta ação já apanhou demais na bolsa e agora revela oportunidade para investidores ‘corajosos’
Os analistas já avisam: trata-se de uma tese para aqueles mais tolerantes a riscos; descubra qual é o papel
Não é uma guerra comercial, é uma guerra geopolítica: CEO da AZ Quest diz o que a estratégia de Trump significa para o Brasil e seus ativos
Walter Maciel avalia que as medidas do presidente norte-americano vão além da disputa tarifária — e explica como os brasileiros devem se posicionar diante do novo cenário
É hora de voltar para as ações brasileiras: expectativa de queda dos juros leva BTG a recomendar saída gradual da renda fixa
Cenário se alinha a favor do aumento de risco, com queda da atividade, melhora da inflação e enfraquecimento do dólar
Dólar e bolsa sobem no acumulado de uma semana agitada; veja as maiores altas e baixas entre as ações
Últimos dias foram marcados pela tensão entre EUA e Brasil e também pela fala de Jerome Powell, do BC norte-americano, sobre a tendência para os juros por lá