Crise climática faz pressão nas ações da Rumo (RAIL3) — mas BofA revela por que você ainda deveria estar animado com a gigante de logística
Os analistas mantiveram recomendação de compra para RAIL3, mas reduziram o preço-alvo de R$ 33 para R$ 31 para os próximos 12 meses
As ações da Rumo (RAIL3) enfrentaram forte pressão na bolsa brasileira neste ano, em meio a previsões de redução das exportações de grãos diante das condições climáticas cada vez mais extremas no Brasil.
Desde janeiro, os papéis da empresa de logística recuaram cerca de 14% na B3. Se considerado apenas o período desde agosto, quando as ações atingiram novos picos, a desvalorização chega a 19%.
No entanto, para o Bank of America (BofA), a recente liquidação das ações na bolsa abriu uma oportunidade para quem quer se tornar sócio da maior operadora ferroviária do Brasil.
O BofA manteve recomendação de compra para RAIL3, mas reduziu o preço-alvo de R$ 33 para R$ 31 nos próximos 12 meses. Apesar do corte, a nova cifra ainda prevê ganhos da ordem de 60% em relação ao último fechamento.
As ações reagem em alta nesta quinta-feira (10). Por volta das 12h43, os papéis subiam 1,04%, a R$ 19,44.
Por trás do otimismo com as ações da Rumo (RAIL3)
Para o Bank of America, a Rumo tem uma história de crescimento de longo prazo, responsável pela maior parte do transporte de grãos por ferrovia no Brasil.
Leia Também
“Vemos um potencial de alta decente e um provável forte impulso operacional à frente, com a execução de seu plano de investimento e potencial expansão rápida das exportações de grãos do Brasil (favorecendo os preços do frete)”, escreveram os analistas, em relatório.
Mas antes de falar do futuro das ações da Rumo (RAIL3), é preciso voltar um pouco atrás e analisar o desempenho recente da empresa.
O início da temporada de plantio de 2024/25 no Brasil foi afetado por uma seca severa no estado do Mato Grosso (MT), uma situação incomum para anos de La Niña.
Esse fenômeno normalmente traz temperaturas mais altas e tende a gerar chuvas mais fortes no Norte e Nordeste e escassez de chuvas na região Sul.
Vale destacar que a Rumo costuma transportar soja no primeiro semestre do ano e milho no segundo semestre.
Em 4 de outubro, apenas 2,1% da área de soja em MT foi plantada, contra uma média histórica de 14% em igual intervalo.
No entanto, na visão dos analistas, a safra de soja parece garantida. “O plantio tardio historicamente não tem impacto na produção de soja, mas pode implicar em um risco maior para a 2ª safra de milho (safrinha).”
Desde agosto, as ações da Rumo (RAIL3) caíram quase 20%, pressionadas pelos temores de que os volumes e os rendimentos ferroviários poderiam estar em risco.
Em 2021, atrasos nas plantações de soja e milho — seguidos por uma perda na safra de milho — afetaram os rendimentos da Rumo em cerca de 7%.
Segundo o BofA, há um cenário semelhante para 2025 já precificado pelo mercado. Mas para os analistas, um resultado “ainda melhor” deve acontecer.
- Acesso gratuito a relatórios do BTG Pactual, Empiricus e mais: confira aqui os benefícios de se tornar membro do Clube de Investidores do Seu Dinheiro de maneira gratuita
Se o BofA está otimista, por que reduziu o preço-alvo?
Na avaliação do Bank of America, as ações da Rumo (RAIL3) estão com preço distorcido, com o mercado já embutindo =um cenário de baixa no qual as tarifas de frete da companhia caem entre 7% e 10% em termos nominais.
“Vemos as ações sendo negociadas a uma taxa interna de retorno (TIR) real atraente de 13% a 14%”, escreveram os analistas.
“Mantemos recomendação de compra em um valuation atrativo, com a Rumo provavelmente se beneficiando de um ciclo de aumento de tarifas que deve durar até 2028, quando a capacidade logística entrar em operação.”
Apesar da visão otimista para as ações, o Bank of America ainda assim reduziu o preço-alvo para o ano que vem.
Segundo os analistas, a queda no target acompanha a remoção da segunda e da terceira fases do projeto Lucas do Rio Verde (LRV) do cenário base do banco para a Rumo.
“Isso cortou o valor justo da LRV de R$ 4,40 por ação para R$ 1 por ação. Sob nossas novas premissas, o projeto total é avaliado em R$ 3 por ação. Portanto, agora vemos a segunda e a terceira fases como uma opcionalidade para a empresa.”
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
