Inter (INBR32) bate recordes de lucro e rentabilidade no 2T24, mas um indicador em queda mantém os céticos em alerta
Lucro líquido do Inter no segundo trimestre de 2024 atingiu R$ 223 milhões e ROE passou dos 10%; veja os números do banco digital
No início de 2023, quando João Vitor Menin anunciou o plano “60-30-30” para o banco Inter (INBR32), os participantes do mercado reagiram com extremo ceticismo.
Afinal, o guidance de cinco anos implicava mais do que duplicar a base de clientes, quadruplicar a carteira de crédito e alcançar uma taxa de rentabilidade sobre patrimônio líquido (ROE) maior que a do Itaú. Tudo isso até o fim de 2027.
É quase desnecessário observar que a meta é ousada.
Um ano e meio depois, entretanto, o balanço do Inter referente ao segundo trimestre de 2024 começa a dar sinais de que os céticos talvez estejam errados.
O Inter reportou uma série de recordes no período.
O lucro líquido do banco atingiu R$ 223 milhões, um crescimento de 247% em relação ao mesmo período de 2023.
A receita avançou 24% no mesmo intervalo, alcançando R$ 2,4 bilhões.
Leia Também
Ainda nessa base de comparação, o volume de ativos sob custódia do Inter cresceu 3,7%, para R$ 105 bilhões.
O banco também estabeleceu novos recordes de lucratividade e número de clientes. E isso nos leva de volta ao plano “60-30-30”.
O Inter e o ‘60-30-30’
Para o Inter, o plano “60-30-30” significa alcançar até 2027 uma base de 60 milhões de clientes, um índice de eficiência de 30% e um ROE de 30%.
Ainda faltam três anos e meio do prazo para o banco da família Menin atingir essas metas, mas o Inter já está praticamente a meio caminho de alcançá-las.
A base de clientes do Inter passou de 27,8 milhões no segundo trimestre de 2023 para o nível recorde de 33,3 milhões no fechamento de junho deste ano.
A rentabilidade do Inter também nunca esteve tão alta. O ROE saiu de modestos 3,6% para 10,4% entre o segundo trimestre do ano anterior e o mesmo período de 2024.
Ainda não é um Itaú, que ontem reportou ROE de 22,4%, mas já é praticamente um Bradesco e sua rentabilidade de 10,8% sobre o patrimônio líquido.
Em relação à carteira de crédito, o Inter fechou o segundo trimestre de 2024 com R$ 35,7 bilhões em financiamentos concedidos. Trata-se de uma alta de 34,8% em relação a um ano antes.
A taxa de inadimplência dos clientes com débitos atrasados por 90 dias ou mais permaneceu estável, em 4,7%. Já as dívidas atrasadas de 15 a 90 dias diminuíram 0,3 ponto porcentual, para 3,9%.
Outro destaque é o crescimento de 33,9% do volume de depósitos na mesma base de comparação, atingindo agora R$ 47,8 bilhões.
Taxa de eficiência mantém céticos em alerta
Em meio a tantos indicadores positivos, a taxa de eficiência do Inter mantém os céticos em alerta.
Analistas do JP Morgan chamaram a atenção apenas para a diminuição da taxa de eficiência para 48% no segundo trimestre, de 53% um ano antes.
Na visão dos analistas do bancão norte-americano, o aumento robusto das receitas do Inter atenuou uma alta de 14,7% nas despesas, que atingiram R$ 660 milhões.
O balanço vem à tona em um momento no qual a ação do Inter (listada no Nasdaq e cujo BDR é negociado na B3 sob o ticker INBR32) acumula altas de 14% no que vai do ano e de 77% nos últimos 12 meses.
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho