Santander corta a dose para Hypera e preço-alvo diminui — ainda vale a pena comprar HYPE3?
O preço-alvo dos papéis da empresa do setor farmacêutico passou de R$ 55 para R$ 51,50, o que representa um potencial de valorização de 41% em relação ao fechamento de quarta-feira (19)
A diferença entre o veneno e o remédio é a dose. No caso de Hypera, as ações HYPE3 ainda são prescritas pelo Santander para quem quer ter exposição ao setor farmacêutico — mas o banco cortou o preço-alvo dos papéis da companhia.
De acordo com a nova atualização, a indicação de compra para HYPE3 foi mantida, mas o preço-alvo passou de R$ 55 para R$ 51,50 para 2023 — o que representa um potencial de valorização de 41% com relação ao fechamento de quarta-feira (19).
Cálculos do Santander mostram que Hypera seria negociada a 17 vezes o preço sobre o lucro (P/L) em 2023, implicando em uma reavaliação de 12,6x ao valor que as ações eram negociadas, de R$ 37,55, no último dia 19.
“Os negócios altamente resilientes da Hypera, com a melhora do momento operacional e do risco perfil, devem impulsionar a reclassificação”, disse o Santander em relatório.
Por volta de 12h45, as ações HYPE3 caíam 0,82% na B3, cotadas a R$ 36,36. Os papéis acumulam perda mensal de 12% e em um ano, de 4,22%.
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Hypera: uma dose de otimismo
O Santander tem uma boa dose de otimismo em relação a Hypera ainda que a empresa possa enfrentar alguns efeitos colaterais.
O banco espera que a empresa continue ganhando participação de mercado por meio do desenvolvimento e lançamento de novos produtos, mas reconhece que:
- o potencial início de ano fraco;
- os riscos associados à possível exclusão de benefícios fiscais;
- a possível reforma tributária no Brasil.
De acordo com o Santander, a avaliação de Hypera permanece atraente mesmo sob o cenário no qual o banco exclui o planejamento tributário (IoC) durante 2024.
Os efeitos colaterais de HYPE3
Todo remédio tem efeitos colaterais. Para as ações não é muito diferente e a Hypera não escapou a essa regra.
Entre os riscos associados à companhia, o Santander cita um possível cancelamento do benefício fiscal de juros sobre capital próprio (JCP) — segundo o banco, este é um risco que pode surgir dos esforços do governo para melhorar o quadro fiscal.
“Neste ponto, embora acreditemos que a empresa possa garantir benefícios fiscais de IoC em 2023, ela continua a representar riscos negativos para nossas estimativas de resultado final de médio prazo”, diz o Santander em relatório.
Além disso, cálculos do banco sugerem que as estimativas de lucro líquido podem diminuir em média cerca de 11% em 2024 e 2025. Como resultado, o múltiplo aumentaria para 12x contra 11x em 2024 — segundo o Santander, continuaria a parecer atraente contra a média histórica de 15x.
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