Com varejo em crise, ainda existem oportunidades de compra? Para o JP Morgan, é o caso das ações de três empresas de vestuário; veja quais
As ações do varejo brasileiro do segmento de vestuário e joias caíram 20% em média no mês passado, o que espaço para compra
Diversas empresas de varejo têm enfrentado dificuldades financeiras no Brasil, e as ações estão refletindo isso. Porém, alguns movimentos podem ter sido exagerados, e o JP Morgan vê oportunidades, elevando a recomendação de neutro para compra das ações de três empresas do segmento de vestuário e joias.
São elas Vivara (VIVA3), Arezzo (ARZZ3) e Lojas Renner (LREN3). Já para as ações da Alpargatas (ALPA4) e do Grupo Soma (SOMA3) a recomendação foi mantida em neutro.
Para o banco, os papéis de muitas empresas sofreram com fatores como uma taxa de juros elevada, o que atrapalha o consumo, e discussões no governo sobre possíveis aumentos de impostos.
No entanto, é preciso considerar que as perspectivas de crescimento também são mais baixas porque as operações de algumas empresas estão amadurecendo.
A conclusão é que ainda pode ocorrer volatilidade no setor, devido a incertezas em relação a impostos e ao cenário macroeconômico, mas que a desvalorização de alguns papéis foi exagerada.
Com essas incertezas no radar, os analistas fizeram a seleção das três ações, considerando quatro ângulos:
Leia Também
- Qualidade dos resultados financeiros, considerando a porcentagem do resultado final que vem dos resultados operacionais e não de incentivos fiscais ou juros sobre capital próprio (JCP);
- O risco potencial de queda para o valor justo projetado da ação no caso de alterações fiscais relacionadas ao ICMS e JCP;
- A avaliação com base na relação entre o preço e o lucro (P/E) em 2024, sob diferentes cenários;
- As perspectivas de crescimento das empresas.
JCP (Juros Sobre Capital Próprio) pode acabar em breve; entenda por que e veja onde investir para poder continuar recebendo proventos de empresas da Bolsa.
Vivara é a preferida entre as recomendações de compra
Para o JP Morgan, entre as três recomendações de compra, a Vivara se destaca e “vem imprimindo tendências distintas do resto da indústria, com crescimento acelerado de sua expansão na bandeira Life”.
Em relação à rentabilidade, a avaliação é que as tendências também são positivas, uma vez que a maturação das lojas deve ajudar na área operacional e começar a compensar outras pressões negativas.
A previsão é que uma nova fábrica deve continuar a trazer maior eficiência na produção e reduzir os custos do produto, sem impactar a proposta de valor da Vivara.
Além disso, lembram que os riscos de execução são menores dado o ambiente competitivo fraco para joias - um cenário diferente do segmento de vestuário - e de maior resiliência.
“A Vivara também seria a única ação que, em nossas estimativas, não enfrentaria riscos negativos decorrentes da potencial remoção da subvenção do imposto de renda do ICMS e do JCP”, disseram os analistas, em relatório.
Por esses fatores, além da recomendação elevada para compra, o preço-alvo ao final de 2024 foi elevado para R$ 34 por ação, frente ao preço-alvo anterior, em 2023, de R$ 26.
Compra: Arezzo e Renner mantêm bons números
Em relação à Arezzo, a previsão é que a rede de sapatos terá “sólidos resultados no segundo semestre deste ano”, com ajuda de uma estrutura mais enxuta e uma normalização gradual do capital de giro.
Além disso, os analistas calculam que o risco de queda para as ações da Arezzo é limitado a 10% no caso de alterações no ICMS e no JCP.
O preço-alvo para o papel foi reduzido para R$ 74,00 ao fim de 2024, frente ao preço-alvo anterior de R$ 93,50. Porém, mesmo assim, representa potencial de alta de 20%.
Já a avaliação do JP Morgan sobre a Lojas Renner é que a empresa tem mais riscos do que Vivara e Arezzo, mas ainda possui números de qualidade, principalmente quando comparada a outros pares do varejo de vestuário.
No caso de um cenário de estresse (alterações no ICMS e JCP), as ações da companhia ainda seriam o nome mais barato no segmento.
O preço-alvo de 2024 foi definido em R$ 15,50, abaixo do preço anterior de R$ 19, pois levou em consideração fatores como um custo mais alto de capital próprio.
Grupo Soma e Alpargatas: perspectivas de crescimento confusas
Em relação ao Grupo Soma, os analistas destacaram que as perspectivas de crescimento ainda não são claras e que a empresa possui a maior exposição a incentivos fiscais de ICMS dentre os seus pares.
Por isso, o preço-alvo foi reduzido de R$ 11,00 para R$ 6,50. No caso de mudanças no ICMS, ainda estimaram que a ação tem potencial de queda de 20%.
No caso da Alpargatas, a ação é a mais cara entre as empresas analisadas pelo banco no segmento, embora os analistas ainda acreditem que a marca Havaianas tem grandes oportunidades nos mercados internacionais.
O preço-alvo também foi reduzido, para R$ 8,50 por ação, frente a R$ 9, também incluindo um custo de capital próprio mais elevado.
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%