Cemig (CMIG4) decepcionou com balanço fraco, mas dividendos animam as ações
Além do balanço, a Cemig também publicou sua projeção de investimentos para o período de 2023/2027, no total de R$ 42,2 bilhões
 
					Apesar dos números do quarto trimestre de 2022 terem sido considerados fracos pela maior parte dos analistas que comentaram os resultados após o balanço, a segunda-feira (27) é de alta superior a 2% para as ações da Cemig (CMIG4) — e a razão é um gordo pagamento de dividendos.
Se no operacional o tom é de decepção, a decisão de pagar dividendos adicionais de R$ 249 milhões elevou o ânimo dos investidores, uma vez que isso eleva o dividend yield (a rentabilidade do rendimento) para 9,5%. O valor, no entanto, ainda precisa ser aprovado em assembleia.
Por volta das 14h, o papéis CMIG4 subiam 1,79%, a R$ 10,82. Acompanhe a nossa cobertura de mercados.
Confira os números da Cemig
- Lucro líquido: R$ 1,407 bilhão, alta de 46,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 1,658 bilhão, avanço de 11,1% na base anual
- Receita líquida consolidada: alta de 1,0%, para R$ 9,753 bilhões.
- Dívida líquida: queda de 14,2%, a R$ 7,26 bilhões
- Endividamento bruto: R$ 10,579 bilhões, redução de 6,9%.
Além do balanço, a Cemig também publicou sua projeção de investimentos para o período de 2023/2027, no total de R$ 42,2 bilhões.
De acordo com a companhia, R$ 18,4 bilhões serão destinados para Distribuição, R$ 13,4 bilhões para Geração, R$ 3,5 bilhões para Transmissão, R$ 3,2 bilhões para Geração Distribuída, R$ 2,3 bilhões para Gás Natural, e R$ 1,4 bilhão para Inovação/TI.
O que diz o mercado?
Santander, JP Morgan e BTG Pactual foram alguns dos bancos de investimentos que divulgaram relatórios apontando os números do quarto trimestre da Cemig como fracos.
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Uma das maiores preocupações está ligada ao Ebitda abaixo das estimativas, corroído pelo aumento de despesas gerenciáveis do braço de distribuição.
Para os analistas do JP Morgan, a melhora expressiva do Ebitda recorrente se deve à evolução do resultado da subsidiária Santo Antonio e à melhoria de contratos da holding, sendo este o grande destaque do balanço. Mas o banco pontua que eventos não recorrentes e a provisão alta machucaram as margens do braço de distribuição da companhia.
Ainda que o valor tenha sido parcialmente compensado por uma alta do lucro bruto, os analistas chamam a atenção para o aumento no número de provisões de perdas e efeitos não recorrentes.
Para o Santander, o lucro líquido, que teve um crescimento trimestral de R$ 1,407 bilhão, foi impulsionado pelas subsidiárias de geração e transmissão e pela Gasmig.
Já o BTG Pactual destaca que o crescimento do volume total de energia vendida aumentou 10,9% na comparação anual, influenciado pelo aumento do volume de chuvas e pela estratégia da companhia na venda do estoque de energia.
Os três bancos de investimento possuem recomendação neutra para os papéis de CMIG4.
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