BB Seguridade (BBSE3) surfa alta da Selic e tem lucro 47% maior no 4T22; veja os números
A holding que reúne as participações do Banco do Brasil (BBAS3) em seguros e previdência registrou lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no quarto trimestre de 2022
Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trava uma batalha contra o Banco Central sobre a taxa básica de juros, uma empresa na bolsa não tem do que reclamar da Selic alta: a BB Seguridade (BBSE3).
A holding que reúne as participações do Banco do Brasil (BBAS3) em seguros e previdência registrou lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no quarto trimestre de 2022.
Trata-se de um avanço de 47,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, e uma boa parte desse avanço veio da alta da Selic. Isso porque as seguradoras operam com um nível alto de reservas para fazer frente ao pagamento de sinistros. E a maior esse dinheiro fica em aplicações que rendem juros.
Em 2022, o lucro da BB Seguridade cresceu impressionantes 53,7%, para R$ 6 bilhões. Vale lembrar que a base de comparação é mais fraca, já que em 2021 a Selic estava em níveis bem mais baixos.
Para se ter uma ideia, o resultado financeiro consolidado da companhia foi de R$ 1,1 bilhão no ano passado, contra apenas R$ 110 milhões em 2021. Ou seja, o ganho nas aplicações que rendem juros passou de 2,8% para 18% do lucro da BB Seguridade.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
BB Seguridade: Além da Selic
De todo modo, não foi apenas a alta da Selic que garantiu o lucro mais alto da BB Seguridade. O resultado operacional, que não considera as receitas com juros, cresceu 21% no quarto trimestre e 27,9% no ano como um todo, de acordo com a companhia.
Leia Também
O número ficou acima da projeção (guidance) da companhia, que esperava um crescimento entre 24% e 27% do lado operacional em 2022.
Das cinco empresas da holding, a Brasilseg foi o principal destaque positivo do lado operacional. A seguradora apresentou um resultado de R$ 2,3 bilhões no ano passado, alta de 83,5%. Na ponta negativa aparece a empresa de capitalização Brasilcap, cujo resultado operacional recuou 65,8% em 2022.
Projeções para 2023
Junto com o balanço, a BB Seguridade divulgou o guidance para este ano. Após o resultado forte de 2022, a holding espera uma desaceleração, mas ainda assim prevê um crescimento de dois dígitos.
A companhia espera um avanço entre 12% e 17% para o resultado operacional neste ano. Nos prêmios (receita) da Brasilseg, estimativa é de um crescimento de 10% a 15%. Por fim, a holding projeta um avanço entre 10% e 14% para as reservas de previdência da Brasilprev.
Resta saber se o desfecho da disputa entre Lula e o BC vai resultar em uma intervenção nas decisões sobre a Selic. Mas se o curso da política monetária for mantido, é provável que a linha financeira continue contribuindo para os resultados da empresa do Banco do Brasil.
BB Seguridade "promete pouco e entrega muito"
As ações da BB Seguridade (BBAS3), vale destacar, estão entre os destaques positivos da B3 neste início de ano, com uma alta de quase 20%. Nos últimos 12 meses, os papéis acumulam ganho da ordem de 25%, enquanto que o Ibovespa patina perto do zero a zero.
No pregão de hoje, contudo, a reação ao balanço não é negativa, em especial ao guidance para 2023 com a previsão de desaceleração.
Mas na visão de Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, o mercado talvez não se lembre que o primeiro guidance para 2022 da BB Seguridade também era muito conservador. Mas os números foram revisados para cima à medida que os resultados superaram as expectativas.
“Entre investir em companhias que prometem muito e entregam pouco ou companhias que prometem pouco e entregam muito, certamente preferimos investir nas que se enquadram no segundo grupo”, escreveu Hungria, em comentário sobre o balanço.
A Empiricus recomenda a compra das ações da BB Seguridade (BBSE3) na série Vacas Leiteiras, de ações de empresas pagadoras de dividendos.
Nas contas do Santander, o guidance da BB Seguridade indica que a holding pode registrar um lucro líquido próximo a R$ 7 bilhões em 2023.
Os analistas são mais céticos quanto à possibilidade de a empresa revisar para cima as estimativas para o ano. Ainda assim, o banco tem recomendação Outperform (equivalente a compra) para a ação BBSE3.
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo