Após deixar investidores no limbo, Gafisa (GFSA3) finaliza última etapa de grupamento de ações; relembre o caso
Vale destacar que o Seu Dinheiro repercutiu ontem a denúncia de um acionista a respeito da demora na conclusão do processo
Cinco meses após promover um grupamento de ações na B3, a Gafisa (GFSA3) concluiu o último passo da operação. Segundo comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (23), o leilão das frações — "sobras" dos papéis de investidores que não ajustaram sua posição antes do grupamento — enfim foi realizado.
A companhia atendeu a um ofício da B3 que a questionava sobre o cronograma estimado para a realização do processo. Vale destacar que o Seu Dinheiro repercutiu ontem a denúncia de um acionista a respeito da demora na conclusão do certame.
O grupamento dos papéis GFSA3 ocorreu em setembro do ano passado, mas o leilão das frações ainda não havia sido concluído, e a posição acionária de parte dos 39 mil investidores da construtora estava em um “limbo” formado pelas sobras pós-grupamento.
Procurada pela reportagem do Seu Dinheiro, a própria B3 indicou que havia pouco a se fazer. Isso porque não há um prazo estabelecido em regulamentação para a execução do leilão de frações, de acordo com a superintendente de listagem e supervisão de emissores da B3, Ana Lúcia Pereira.
Mas, de acordo com o manual de orientação para grupamento que também é produzido pela mesma B3, a prática de mercado é que o certame seja realizado em até dez dias após o encerramento do prazo para ajuste de posições.
No caso da Gafisa, correram cinco meses entre o fim dessa janela e o leilão — as ações GFSA3 acumularam uma queda de 26,5% nesse período. De acordo com o comunicado de hoje, os papéis foram vendidos por R$ 8,3317206 cada no certame, somando um total de R$ 157.610,73 a serem creditados aos ex-detentores das frações de ativos a partir de 3 de março.
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
- O SEGREDO DOS MILIONÁRIOS: as pessoas mais ricas do Brasil não hesitam em comprar ações boas pagadoras de dividendos. Veja como fazer o mesmo neste treinamento exclusivo que o Seu Dinheiro está liberado para todos os leitores.
Gafisa está imersa em polêmicas
Essa não é a primeira vez que a Gafisa se envolve em uma polêmica com seus acionistas. Os controladores da companhia travam há meses uma batalha pública com a gestora Esh Capital, uma de suas acionistas.
No embate mais recente, a gestora convocou uma assembleia para discutir a suspensão dos direitos políticos do empresário Nelson Tanure e outros investidores supostamente ligados a ele na incorporadora.
Segundo a Esh, Tanure deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na B3 após alcançar uma participação direta e indireta acima de 30% na companhia.
No entendimento da gestora, o empresário possui hoje uma participação de mais de 40% na incorporadora, que estaria oculta em veículos sob gestão da Planner Corretora, Trustee DTVM e do Banco Master. As instituições negam ligações com Tanure.
A chamada cláusula de "poison pill" (pílula de veneno) faz parte do estatuto da Gafisa e prevê a realização de uma oferta quando um acionista ultrapassa os 30% do capital. O mesmo estatuto prevê que o acionista pode ter a suspensão dos direitos na companhia caso não faça a OPA.
A proposta da Esh, porém, foi rejeitada pelos acionistas. Essa foi a segunda derrota da gestora em assembleias da Gafisa: ela também tentou barrar um aumento de capital da incorporadora, mas acabou perdendo a votação.
Já em outra frente, a Esh conseguiu uma liminar que impede a conversão de uma emissão de debêntures em ações da companhia.
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
