Hoje sim, hoje sim… hoje não! Apesar de resultado estelar, ação do Nubank chega a cair quase 10% em NY e se afasta do preço do IPO
Apesar do balanço com lucro acima das estimativas, ações do banco digital caem forte no exterior; preço estava prestes a alcançar patamar da abertura de capital
Ainda não deve ser hoje que o preço das ações do Nubank (NU) retornará a US$ 9, o preço do IPO do banco digital em 2021.
Apesar do resultado trimestral bem acima das estimativas dos analistas divulgado ontem, as ações do banco digital, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) chegaram a despencar quase 10% nesta quarta-feira (15), mas depois reduziram um pouco a queda.
Por volta das 12h30, os papéis NU recuavam 7,36%, para US$ 8,18. Logo depois da abertura, a baixa superava os 9,50%.
Com a bolsa brasileira fechada devido ao feriado de Proclamação da República, não é possível medir o impacto do desempenho nos BDRs (recibos de ações) ROXO34, que só devem refletir a queda amanhã.
Inicialmente, o movimento parece se dever a uma realização de lucros. Na semana, até o fechamento de ontem, as ações do Nubank haviam subido 3,64%, a US$ 8,83, criando a expectativa de que hoje poderiam finalmente retomar o patamar do IPO. No ano, os papéis NU acumulam alta de cerca de 100%.
ETF do Nubank (NDIV11) é nova opção na Bolsa para receber dividendos todo mês; vale a pena investir?
Os números do Nubank no terceiro trimestre
O Nubank chegou à temporada de resultados do terceiro trimestre dos grandes bancos com status de grande estrela. E não decepcionou. O banco digital registrou lucro líquido ajustado de US$ 355,6 milhões — equivalente a R$ 1,7 bilhão no câmbio atual.
Leia Também
A comparação com o terceiro trimestre de 2022 mais parece com a de outro banco, já que o lucro do Nubank entre julho e setembro de 2022 foi de apenas US$ 63 milhões. Ou seja, o resultado aumentou 464% de um ano para o outro — ou 426% sem o impacto do câmbio.
O lucro do terceiro trimestre superou de longe das estimativas dos analistas, que já eram otimistas e apontavam para US$ 276 milhões, de acordo com dados da Bloomberg.
Como se não bastasse, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) do Nubank alcançou o impressionante patamar de 25% no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado, esse indicador era de apenas 5%.
Assim, o Nubank conquistou a coroa de banco mais rentável entre os grandes de capital aberto que atuam no Brasil, superando os todo-poderosos Itaú Unibanco e Banco do Brasil.
Se considerarmos o lucro contábil, que exclui despesas sem efeito no caixa como a remuneração em ações dos executivos, o ROE do Nubank foi de 21%. Ainda assim, trata-se de um patamar em linha com Itaú e BB.
Inadimplência se mantém em alta
Praticamente todos os indicadores do resultado do Nubank vieram positivos, exceto pela inadimplência. O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco digital encerrou setembro em 6,1% — alta de 0,2 ponto percentual no trimestre e bem acima dos 4,7% de 12 meses antes.
Por outro lado, a inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) recuou pelo segundo trimestre consecutivo. Ou seja, esse pode ser um sinal de que o índice de calotes do banco digital está cada vez mais perto do pico.
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
