A Americanas (AMER3) tem futuro? Varejista quer aprovar plano de recuperação ainda em 2023 e projeta Ebitda bilionário daqui a dois anos
Após a homologação do plano, a Americanas espera concluir a reestruturação em 90 dias e vê futuro em rede de lojas físicas complementada por operação digital
Há vida depois da fraude contábil bilionária para a Americanas (AMER3)? Após a reapresentação dos resultados de 2021 e da divulgação do balanço atrasado de 2022, a varejista espera virar mais uma página da crise ainda neste ano.
Entre os próximos passos está a realização da assembleia de credores para aprovar o plano de recuperação judicial da companhia, que possui dívidas de R$ 42,5 bilhões.
A expectativa é que a aprovação ocorra em dezembro, de acordo com Camille Faria, a diretora financeira da Americanas.
O plano prevê a conversão de até R$ 12 bilhões de dívidas em ações, além de uma capitalização de outros R$ 12 bilhões, que já foi garantida pelos acionistas de referência — o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
A empresa também propôs o pagamento da dívida em um leilão reverso. Ou seja, quem oferecer o maior desconto, partindo de um mínimo de 70%, leva.
Após a homologação do plano, a Americanas espera concluir a reestruturação em 90 dias. "Esse não é um cronograma-limite e pode se alongar", afirmou a diretora, em teleconferência com analistas.
Leia Também
TOUROS E URSOS - A ‘mamata’ do 1% ao mês com renda fixa acabou. E agora?
Americanas (AMER3) prevê ter caixa líquido em 2025
Na apresentação ao mercado, a administração da Americanas também tentou mostrar o que pode ser um retrato operacional da companhia após a reestruturação.
O negócio terá como alicerce a rede de lojas físicas, de acordo com Leonardo Coelho, CEO da Americanas. A operação digital deve complementar a atuação, principalmente como marketplace, como plataforma de vendas de terceiros.
"O digital da Americanas não vai ser um concorrente em tamanho de um 'Mercado Livre', pelo menos no curto prazo. Mas vai será um braço importante para a companhia", disse Coelho.
A varejista também quer usar a AME, empresa de serviços financeiros do grupo, para oferecer ofertas de cashback e programa de fidelidade aos clientes.
Já o processo de venda de ativos, como a Hortifruti Natural da Terra e a Uni.Co, permanece suspenso, mas continua no radar, segundo o CEO.
A Americanas estabeleceu como meta (guidance) chegar ao "fim do túnel" da crise no fim de 2025. A expectativa da companhia é chegar lá com uma posição de caixa líquido (incluindo os recebíveis de cartões) — contra uma dívida líquida de R$ 26,3 bilhões no fim de 2022.
Ainda dentro do guidance para 2025, a companhia espera alcançar um Ebitda (indicador que o mercado costuma usar como medida de geração de caixa) de R$ 2,2 bilhões. Considerando o pagamento de aluguéis, o Ebitda deve ser da ordem de R$ 1,5 bilhão.
- De ‘maior lucro da história’ a prejuízos bilionários: Americanas (AMER3) republica balanços de 2021 e 2022 e reconhece fraude de R$ 25,2 bilhões; veja os números
- Americanas (AMER3) suspende venda do Hortifruti Natural da Terra; veja por que a varejista mudou de ideia mesmo com potencial interessado
- Lemann e sócios aceitam colocar mais dinheiro na Americanas e AMER3 dispara 10% fora do Ibovespa
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
