Cuidado com o que deseja: Tentativa de golpe, FIIs de papel e tijolo, reabertura da China e outras notícias do dia
Em Brasília, os danos materiais ainda estão por ser calculados, enquanto o prejuízo maior almejado pelos golpistas, o da ruptura da democracia, não se materializou. No que se refere aos mercados, é provável que a instabilidade afaste os investidores do Brasil

Ter cuidado com o que se deseja é uma atitude prudente. E não é de ontem nem de hoje que bolsonaristas radicais desejam uma intervenção, eufemismo para golpe. A intervenção finalmente veio, mas contra eles.
Milhares de golpistas tomaram a Praça dos Três Poderes no domingo. Provaram a quem ainda duvidava que os temores de uma emulação tupiniquim do ataque ao Capitólio dos Estados Unidos eram bastante reais.
O Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) foram depredados pelos invasores, muitos dos quais foram a Brasília com todas as despesas pagas por financiadores da tentativa de golpe.
Diante do descaso e da conivência das autoridades locais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção no setor de segurança do governo do Distrito Federal.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, tentou salvar a própria pele. Entregou em sacrifício seu secretário de segurança pública, Anderson Torres, que até outro dia era ministro da Justiça sob Jair Bolsonaro. Horas depois, o STF afastou Ibaneis do cargo por 90 dias.
De um condomínio de luxo nos Estados Unidos, Bolsonaro repudiou apenas as acusações de ter servido de inspiração aos golpistas.
Leia Também
Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?
Centenas de pessoas foram presas durante a noite e a madrugada. E, embora o interventor federal Ricardo Capelli afirme que a situação está sob controle, bolsonaristas radicais interditavam rodovias de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso na manhã de hoje.
Na capital paulista, golpistas atearam fogo em pneus e bloquearam a Marginal Tietê perto da entrada pela rodovia Castello Branco.
Em Brasília, os danos materiais da imitação da invasão do Capitólio norte-americano ainda estão por ser calculados, mas será uma conta com muitos zeros. Já o prejuízo maior almejado pelos golpistas, o da ruptura da democracia, não se materializou.
No que se refere aos mercados financeiros, é provável que a sensação de instabilidade e de insegurança afaste os investidores do Brasil em uma semana que começa positiva nas bolsas de valores estrangeiras.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
ATAQUES ANTIDEMOCRÁTICOS
E agora, ‘Mercado’? Gestores divergem sobre tamanho da crise após cenas de terrorismo e destruição em Brasília — mas concordam que bolsa, juros e dólar devem ter dia difícil. De um lado, alguns especialistas acreditam em um acontecimento pontual, sem desdobramentos em uma crise institucional. Do outro, gestores apontam que o investidor estrangeiro pode ficar preocupado e que o xadrez político volta a se movimentar.
DE OLHO NO BRASIL
Estados Unidos, União Europeia e ONU saem em apoio ao governo brasileiro. “Condenamos os ataques à Presidência, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal hoje”, escreveu o secretário de Estado dos EUA. Veja a repercussão internacional completa da invasão à Praça dos Três Poderes.
DESDOBRAMENTOS DO CASO
Voltou atrás: mesmo desembargador que havia suspendido aumento de capital da Gafisa (GFSA3) derruba liminar. A assembleia de acionistas deve acontecer nesta segunda-feira. Desde o começo de dezembro até o pregão da última sexta-feira (06), as ações GFSA3 sobem mais de 270%.
REABERTURA
China alivia políticas contra a covid-19 e reabre fronteira fechada há três anos com Hong Kong. Além disso, o país deve liberar viagens estrangeiras e o retorno dos residentes sem a necessidade de novas quarentenas.
NOVAS FONTES DE ENERGIA
Taxação do sol: governo quer facilitar geração de energia solar em casa e estuda ampliar subsídios para baixa renda. O programa poderia envolver linhas de crédito com juros mais baixos para famílias de classe média e fontes de financiamento para comunidades vulneráveis.
NÃO SE PERCA
Vai pagar o IPVA 2023? Confira as datas de pagamento de acordo com o seu estado. Todas as 27 unidades da federação publicaram o calendário atualizado para o pagamento parcelado do imposto sobre veículos automotivos. Veja a agenda.
ESPECIAIS SD
Onde investir em 2023: FIIs de papel devem ser as estrelas do ano, mas há oportunidades de lucro com tijolo. Os fundos imobiliários que aplicam em ativos físicos ficarão às margens do tabuleiro para quem busca posições mais seguras; mas, para quem quer FIIs com bons portfólios e desconto nas cotas, as melhores opções podem estar nesse segmento.
Uma boa semana para você!
Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria
Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências
Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China
Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP
Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve
O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF
Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?
A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.
A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje
Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria
A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos
Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério
Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA
Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho
Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica
Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso
Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje
Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira
O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje
Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF
Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente
Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico
Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado
A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq
O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje
Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia
Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout
O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?
Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade
As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana
Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul
No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master