Haddad encanta o mercado, a briga dos bancos com a Oi (OIBR3) e a joia de Warren Buffett; confira os destaques do dia
Uma das passagens mais conhecidas da Odisseia — épico que narra a tentativa de Ulysses de retornar ao seu lar após a longa guerra de Troia — é o encontro do heroico rei de Ítaca e a ilha das sereias.
Ele havia sido alertado pela feiticeira Circe que essas criaturas e seus belos cantos mortais poderiam encantá-lo a tal ponto que ele poderia se esquecer até mesmo de quem era. Ciente disso, pediu para que a sua tripulação o mantivesse bem preso ao mastro do navio.
Hoje, quando os olhos do mercado financeiro se voltaram para o evento BTG Conference — com grandes nomes do mercado e do alto escalão do governo — os investidores pareciam muito bem amarrados a seus mastros de ceticismo. Afinal, a crise entre o governo federal e o Banco Central é uma ferida recente e inesperada, e parece estar longe de cicatrizar.
Mas, ao contrário do que ocorreu com o herói grego, a tática parece não ter dado muito certo para os agentes do mercado na primeira fila da palestra de Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula.
Ele pode até não ter declarado paz ao Banco Central e à sua política de manter a Selic acima da casa dos 13%, mas encantou a todos ao garantir que a nova âncora fiscal brasileira, que substituirá o semi-aposentado teto de gastos, deve chegar ao Congresso meses antes do inicialmente previsto.
Considerados grandes figuras imortais do mercado, Rogério Xavier, da SPX, e Luis Stuhlberger, da Verde, também fizeram coro às palavras de Haddad, mas seguindo uma melodia diferente — a de que uma revisão da meta de inflação não seria um pecado tão perverso assim.
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Envolto pelo belo canto das sereias do mercado, o Ibovespa deixou a cautela internacional e renovou o seu otimismo com o futuro, fortalecendo-se ao longo do dia para fechar o pregão em alta de 1,62%, aos 109.600 pontos.
Apesar do alívio na curva de juros, o dólar à vista avançou 0,41%, a R$ 5,2197, de olho em dados mais fortes do que o esperado da economia americana.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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AGORA VAI?
Banco se rende ao Nubank (NUBR33) e eleva recomendação para a ação pela primeira vez; papéis sobem forte após balanço. Além da indicação, o preço justo passou de US$ 3,10 para US$ 5,50 com o resultado acima do esperado.
DISPUTA NOS TRIBUNAIS
Bancos partem para cima da Oi (OIBR3) e dizem que recuperação judicial anterior não acabou; saiba o que está em jogo. A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, logo seguidos pelo Bradesco, apelaram contra a decisão que suspendeu a cobrança de dívidas da operadora.
REPARAÇÃO
Fundos de investimento estrangeiros pedem arbitragem contra IRB (IRBR3) por perdas sofridas por fraude no balanço. Mais de 150 investidores gringos buscam indenização por prejuízos decorrentes do tombo nas ações da companhia depois que escândalo veio à tona em 2020; valor da causa é estimado em R$ 10 milhões.
REVISANDO O PORTFÓLIO
A joia de Warren Buffett: Berkshire Hathaway ignora balanço enfraquecido da Apple e investe mais US$ 3,2 bilhões na maçã. Com a compra de mais 20,8 milhões de papéis no quarto trimestre, a participação da holding do Oráculo de Omaha na fabricante de iPhones subiu para 5,8%.
PROMETEU POUCO E ENTREGOU MUITO
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