HCTR11 despenca 31% em setembro e anota maior queda do IFIX; fundo imobiliário sofreu com calotes e cortou dividendos — relembre
O desempenho do FII é afetado pelo mesmo fator desde março deste ano: a inadimplência de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do portfólio
Em uma competição, terminar na primeira posição é sempre o objetivo de quem participa. Mas, no caso do fundo imobiliário Hectare CE (HCTR11) o pódio garantido neste mês é uma de qual todos fogem: o de FII que mais recuou no período.
Com um tombo de 31% em setembro, o HCTR11 registrou a maior queda entre os componentes do IFIX, índice que reúne os principais FIIs da B3. Confira abaixo:
| Ativo | Nome | Variação no mês |
| HCTR11 | HECTARE CE | -31,12% |
| DEVA11 | DEVANT RI | -13,32% |
| TORD11 | TORDESILHAS EI | -12,75% |
| VSLH11 | VERSALHES | -8,62% |
| RECT11 | REC RENDA IMOBILIÁRIA | -7,9% |
Veja também as maiores altas do IFIX no mês:
| Ativo | Nome | Variação no mês |
| HTMX11 | HOTEL MAXINVEST | 6,07 |
| TGAR11 | TG ATIVO REAL | 5,81 |
| HGRU11 | CSHG RENDA URBANA | 5,18 |
| XPIN11 | XP INDUSTRIAL | 4,51 |
| BTCI11 | BTG PACTUAL FUNDO DE CRI | 4,24 |
Corte nos dividendos derrubou cotas do HCTR11
O desempenho do HCTR11 é afetado pelo mesmo fator desde março deste ano: a inadimplência de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do portfólio, incluindo títulos ligados à Gramado Parks.
Outros três fundos que aparecem na lista das maiores quedas, DEVA11, TORD11 e VSLH11, também estão expostos grupo de turismo, hoteleiro e multipropriedades com empresas em recuperação judicial. A gestora do DEVA11, inclusive, afirmou que acionará a Justiça contra a emissora de CRIs inadimplentes.
Neste mês, porém, a queda foi ainda mais acentuada após o HCTR11 anunciar um corte nos dividendos. A cifra distribuído em setembro foi cerca de 65,9% inferior ao valor pago no mês passado e representa uma queda ainda maior, de 84%, ante os proventos pagos em agosto do ano anterior.
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Segundo um comunicado enviado ao mercado, a redução é “momentânea” e deve-se a restrições impostas pela queda no saldo contábil acumulado do FII.
O indicador, por sua vez, foi afetado pela “remarcação em períodos anteriores de alguns ativos a valor justo pelas regras contábeis vigentes”.
A gestão reforça que os resultados apurados em agosto e não distribuídos irão compor a base de cálculos dos rendimentos a serem pagos em períodos futuros, “quando houver novamente resultado contábil acumulado e lucro caixa que permita a distribuição”.
Outros problemas no portfólio do FII
O fundo não especificou quais ativos do portfólio foram remarcados para baixo. Mas vale relembrar que o Hectare CE é um dos FIIs alvo de inadimplência da Gramado Parks.
O grupo hoteleiro não é, porém, o único ativo que causa problemas ao portfólio do HCTR11. Entre os títulos inadimplentes estão CRIs ligados aos empreendimentos Therma de São Pedro, Aquan Prime e Gramado Bela Vista.
“Como é de conhecimento, nos últimos meses, alguns CRIs investidos têm enfrentado maior dificuldade em manter as razões de garantia e a habilidade de realizar pagamentos conforme o fluxo esperado, impactando negativamente no desempenho e resultado das operações”, cita o último relatório gerencial do fundo.
Alguns dos CRIs citados pela gestão foram emitidos com lastro em ativos do grupo Wish, outra rede hoteleira nacional. O fundo investe em dois títulos ligados à companhia que chegaram a ficar inadimplentes, mas, após negociações, estão em waiver — período de adiamento do pagamento de uma dívida.
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