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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

COMEÇO NEGATIVO

Ibovespa começa o ano em queda de mais de 3%, pressionado por incerteza sobre combustíveis e arcabouço fiscal

A forte baixa do Ibovespa foi influenciada pela queda de mais de 6% nas ações da Petrobras; o dólar subiu 1,5%, a R$ 5,36

Victor Aguiar
Victor Aguiar
2 de janeiro de 2023
19:18 - atualizado às 19:29
Lula com bandeira do Brasil e gráfico ao fundo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Shutterstock / Montagem Brenda Silva

Dois de janeiro de 2023: estamos num dia útil e, em tese, tudo funciona normalmente. Mas a teoria é bem diferente da prática: muita gente ainda está de férias ou em clima de festa. E, depois de um fim de semana cheio de comemorações, uma certa ressaca tomou conta do brasileiro nesta segunda — e uma dor de cabeça particularmente aguda foi sentida nos mercados financeiros, com o Ibovespa em queda e o dólar em alta.

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O primeiro pregão do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficará marcado como um dia de perdas firmes na bolsa e maior percepção de risco. Passados os fogos do réveillon e a festa popular em Brasília, a semana começou agitada para os investidores — o recesso prolongado vai ficar para o próximo ano.

E isso porque, já no primeiro dia do governo Lula, houve uma série de sinalizações importantes nos fronts político e econômico. Ainda durante a cerimônia de posse, o novo-velho-presidente voltou a dar declarações contrárias ao teto de gastos. E usou sua caneta para assinar uma medida que traz impacto direto às expectativas de inflação.

Via MP, Lula prorrogou a desoneração dos combustíveis: impostos federais sobre a gasolina e o etanol continuarão zerados por 60 dias e, para o diesel, por um ano. É uma decisão que freia o aumento nas bombas, mas que pode pressionar a dinâmica inflacionária num horizonte mais longo — é como se o inevitável estivesse sendo empurrado para frente.

Mais importante que isso: a medida foi interpretada como um primeiro atrito entre Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tinha se mostrado favorável ao fim da desoneração já em janeiro.

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"Nessa queda de braço, o Haddad já começou perdendo", disse um gestor de uma asset em São Paulo — segundo ele, a interpretação do mercado é a de que Lula dá a palavra final. "Há um avanço nos gastos do governo, há uma renúncia fiscal, mas não há contrapartidas que aumentem a arrecadação".

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Dito isso, é preciso fazer uma ressalva: os principais mercados globais tiraram o dia de folga. EUA, China e Reino Unido, entre outros, prorrogaram o descanso e ficaram fechados hoje — o que reduziu a liquidez por aqui e deu protagonismo à visão mais cautelosa dos investidores locais.

Nesse cenário, o Ibovespa terminou a sessão desta segunda em queda de 3,06%, aos 106.376 pontos. O recuo de 6,45% das ações da Petrobras (PETR4), em meio às dúvidas quanto à continuidade da política de preços com a nomeação do senador Jean Paul Prates (PT-RJ) para a presidência da estatal, puxou o índice para baixo.

O mercado de câmbio foi afetado pela mesma dinâmica: o dólar à vista fechou o dia em alta de 1,51%, a R$ 5,3597, enquanto a curva de juros passou por ajustes de alta em toda a sua extensão — com o cenário de inflação mais alta no médio prazo, os DIs refletiram apostas de continuidade da Selic em patamares elevados.

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Ibovespa: Petrobras (PETR4) em baixa, Méliuz (CASH3) em alta

Na bolsa, destaque negativo para as ações da Petrobras: os papéis PN (PETR4) desabaram 6,45%, a R$ 22,92, enquanto os ONs (PETR3) recuaram 6,67%, a R$ 26,17. Além do impasse em relação à desoneração dos combustíveis, o mercado também segue com o pé atrás com a mudança na administração da estatal.

O grande temor dos investidores diz respeito à possibilidade de alteração na política de paridade de preços da Petrobras com o exterior. "Ela [a política de preços] tem sido o grande trunfo, geradora de caixa para a Petrobras", disse o gestor, mostrando dúvidas quanto às medidas a serem adotadas por Jean Paul Prates.

No lado oposto, Méliuz ON avançou 3,39%, a R$ 1,22, e teve o melhor desempenho de todo o Ibovespa. As ações reagiram à venda do controle do Bankly, o braço de serviços financeiros da empresa de cashback, para o banco BV — a subsidiária foi avaliada em R$ 210 milhões.

Ibovespa: maiores altas e maiores baixas

Ponta negativa

CÓDIGONOME COTAÇÃO (R$) VARIAÇÃO
SMTO3São Martinho ON23,50-11,39%
SOMA3Grupo Soma ON9,25-8,78%
HAPV3Hapvida ON4,64-8,66%
LWSA3Locaweb ON6,42-8,55%
RDOR3Rede D'Or ON27,08-8,45%

Ponta positiva

CÓDIGONOME COTAÇÃO (R$)VARIAÇÃO
CASH3Méliuz ON1,22+3,39%
SUZB3Suzano ON48,98+1,53%
CSNA3CSN ON14,72+1,17%
IRBR3IRB ON0,87+1,16%
GOAU4Met. Gerdau PN13,05+0,62%

Juros em alta

No mercado de câmbio e juros, a preocupação quanto à dinâmica fiscal do país fez com que o dólar à vista operasse em alta durante todo o dia; esse movimento foi acompanhado pela curva de juros, que passou por ajustes positivos em seus principais vértices, tanto na ponta curta quanto na longa.

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Em linhas gerais, há a leitura de que a prorrogação da desoneração dos combustíveis vai adiar as pressões inflacionárias decorrentes do aumento do preço nas bombas. Ou seja: esse efeito será jogado para frente — o que, por sua vez, poderá fazer com que o BC mantenha a Selic em patamares elevados por mais tempo.

Veja abaixo a análise de Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter:

Confira também como ficaram os principais vencimentos da curva de juros nesta segunda:

  • Janeiro/24: de 13,45% para 13,51%;
  • Janeiro/25: de 12,69% para 12,91%;
  • Janeiro/26: de 12,59% para 12,87%;
  • Janeiro/27: de 12,60% para 12,91%;
  • Janeiro/30: de 12,67% para 12,89%.

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