Moro acusa Bolsonaro de sabotar reformas de Paulo Guedes e o combate à corrupção
Ex-juiz ainda foi irônico ao dizer que atual presidente se gabou de conseguir evitar a invasão da Ucrânia no momento em que Putin reconhece a autonomia de territórios separatistas e envia tropas à região, arrancando aplausos da plateia
A melhor defesa é o ataque. Em meio a uma queda nas pesquisas, essa foi a estratégia do pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos) durante evento do BTG Pactual nesta terça-feira (22).
O ex-juiz escolheu o presidente Jair Bolsonaro (PL) como principal alvo, acusando-o de não ter vontade política para combater a corrupção e de boicotar as iniciativas do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Moro também não poupou o petista Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusou de ser contrário às reformas que podem destravar o crescimento do país e inibir a democracia.
Apresentando-se como uma terceira via para as eleições de outubro deste ano, o ex-juiz caiu pela primeira vez nas pesquisas de opinião.
Na sondagem divulgada na segunda-feira (21) pela CNT, Moro aparece com 6,4% dos votos, atrás de Lula (42,2%), Bolsonaro (28%) e empatado na margem de erro com pedetista Ciro Gomes (6,7%). O ex-juiz tinha 8,9% na última pesquisa, divulgada em dezembro de 2021.
Não recebi apoio de Bolsonaro, diz Moro
Moro afirmou que aceitou o cargo de ministro da Justiça no atual governo porque tinha um projeto para o país baseado na consolidação do combate à corrupção, à criminalidade violenta e ao crime organizado, mas não recebeu apoio de Bolsonaro.
Leia Também
São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner
“Em 2019 houve uma profunda queda na criminalidade violenta. Também fomos bem sucedidos contra o crime organizado. Infelizmente não recebi apoio de Bolsonaro para combater a corrupção e tive que deixar o governo”, disse.
Na sequência, o pré-candidato do Podemos citou a Petrobras, afirmando que a estatal foi envolvida em um esquema de corrupção e que sua missão era romper com esse sistema. Aqui, mais uma vez, ele disse não ter suporte do presidente.
“Fui para o governo para consolidar o propósito de acabar com esse sistema, mas quando vi que não havia o menor interesse em seguir no caminho de combate a corrupção, fui embora. Há falta de vontade do presidente no combate à corrupção”, disse.
Guedes e a sabotagem presidencial
O ex-juiz se comparou com o atual ministro da Economia ao afirmar que Guedes tem uma boa agenda econômica, porém, diferente daquela de Bolsonaro.
“Guedes é um liberal que está em um governo que não é liberal, então não tem como essa agenda funcionar. Passei pelo mesmo que ele. Se um ministro não tem apoio do presidente e é sabotado, não dá para começar nada. É o caso de Guedes e foi o meu contra a corrupção”, afirmou.
Além de não ter interesse no combate à corrupção, Moro acusou Bolsonaro de não ter compromissos com reformas que promoveriam o crescimento sustentado do Brasil.
“Em 2019, antes da pandemia, Bolsonaro já tinha deixado a reforma administrativa para depois porque ele não queria prejudicar sua reeleição e é por isso que defendo o fim do segundo mandato. O texto da reforma administrativa está no Congresso, mas é ruim, é fingir que algo está sendo feito”, afirmou.
Ironias após a visita de Bolsonaro à Rússia
Bolsonaro fez uma viagem relâmpago à Rússia na semana passada em meio a iminência da invasão da Ucrânia. Assim que voltou de lá, o presidente brasileiro chegou a dizer que, coincidência ou não, foi só ele colocar os pés em Moscou para que Vladimir Putin anunciasse a retirada de parte de suas tropas que ameaçavam Kiev.
O conflito, no entanto, ganhou novos contornos, com Putin reconhecendo ontem a autonomia de dois territórios separatistas da Ucrânia – Donetsk e Luhansk. Foi o suficiente para Moro não poupar Bolsonaro de ironias.
“O Brasil é uma potência que foi capaz de ir até a Rússia e acabar com uma guerra. Agora está tudo bem como todos sabem”, disse o ex-juiz arrancando aplausos da plateia presente na conferência.
Moro x Lula
Embora tenha gastado a maior parte de seu arsenal contra Bolsonaro de olho no eleitorado do presidente, Moro não se esqueceu de outro rival e gastou algumas de suas balas com Lula.
O presidenciável do Podemos disse que sua campanha será baseada em reformas - tributária, administrativa e ética - e acusou o petista de não agir nesse sentido, obstruindo a expansão do país.
“Lula e Dilma não foram reformistas. Lula teve oito anos e não fez uma reforma. Recentemente, ele ainda falou com orgulho que isso não era necessário e que ainda iria revogar a reforma trabalhista”, afirmou.
Moro ainda se disse diferente de Lula e Bolsonaro quando o assunto é democracia. “Acredito na democracia. Não acho que devemos intimidá-la ou desgastá-la. O meu projeto é diferente do deles. Sou reformista. Não vou revogá-las ou abandoná-las”, disse.
O ex-juiz afirmou ainda que não há uma escolha possível na eleição de outubro entre o petrolão ou a rachadinha, referindo-se aos esquemas de corrupção que marcaram o governo do PT e a família Bolsonaro, embora não tenha citado nomes.
Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar
A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média
Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários
Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária
Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)
Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais
Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito
O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março
Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026
O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa
David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026
Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária
Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa
Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados
Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações
O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e
Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje
Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá
Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros
O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda
Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica
O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais
Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços
Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda
Aprenda com os bilionários: 5 hábitos financeiros de Elon Musk e Warren Buffett que podem te ajudar a construir patrimônio
Hábitos de bilionários como Warren Buffett, Elon Musk e Jeff Bezos mostram como visão de longo prazo, disciplina, diversificação e juros compostos podem impulsionar a construção de patrimônio
Este parque marcou uma geração, quase quebrou — e agora mira recuperar os tempos de ouro
Hopi Hari encerra recuperação judicial, reduz dívida e anuncia R$ 280 milhões em investimentos até 2028
Lei da água gratuita: as cidades e Estados onde bares e restaurantes são obrigados a oferecer água potável sem custo
Brasil vive um cenário fragmentado: leis estaduais caíram, outras sobreviveram, e um projeto nacional tenta unificar a regra
Por que o BTG espera que os lucros disparem até 17% no ano que vem — e que ações mais ganham com isso
Banco projeta lucro R$ 33,78 bilhões maior para empresas: parte dessa alta vem das empresas que vendem principalmente no mercado doméstico,pressionado com os juros altos
Penas menores para Bolsonaro e condenados pelo 8 de janeiro? Câmara dos Deputados aprova redução; confira o que acontece agora
O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados de tentativa de golpe de Estado, mas trecho foi retirado
Mega-Sena 2949 acumula e vai a R$ 38 milhões, enquanto Timemania salta para R$ 64 milhões; veja as loterias da Caixa
Hoje é dia de sorteios da +Milionária (R$ 11 milhões), da Quina (R$ 600 mil) e da Lotomania (R$ 1,6 milhão); amanhã entram em cena a Mega-Sena e a Timemania.
Câmara aprova regras mais rígidas contra devedor contumaz; texto vai para sanção de Lula
Quando a Fazenda identificar um possível devedor contumaz, deverá enviar notificação e conceder prazo de 30 dias para pagamento da dívida ou apresentação de defesa
O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta
Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro